Peguei uma lingerie preta, uma das minhas preferidas. Não fazia ideia de quem ia ser o homem de hoje, normalmente eu só pegava velhos nojentos, Carla parecia que me odiava por me jogar pra eles.
- Estou indo, me passa o endereço. - Peguei minha bolsa, na qual tinha meu celular, e uns dinheiros. Carla falou onde era o lugar.
Peguei um táxi e falei onde era o lugar, não faço ideia de onde é. O táxi parou num prédio, olhei pela janela e dei um trocado pra ele. Pisquei e sai. Entrei no lugar, era chique, óbvio que eu iria me dar bem. Fui até a recepção.
- Quarto 243. - Ele me olhou, olhou pro computador, e me olhou novamente. Então pegou um telefone e ligou pra um quarto, acho.
- Senhor Justin... Tem uma garota querendo entrar, posso mandar? - Ele deu um sorriso malicioso e eu olhei sério, ele estava zoando minha cara? - Ok, tudo bem. Pode ir. - E me falou como chegar lá.
Fui direto pro elevador, mas gostaria de ver cada lugar de lá, era lindo. Apertei o botão para o sétimo andar. Um homem entrou comigo e ficou me encarando.
- O que foi? Nunca viu? - Disse com um tom de voz grosso, as pessoas tinham algum preconceito com prostitutas? Ele parou de me encarar e começou a mexer em seu celular.
O elevador parou e eu sai, fui até o final daquele corredor enorme e vi o quarto. Toquei a companhia. Um garoto abriu a porta.
- Quero falar com o Justin. - Dei um sorriso malicioso e olhei pra ele.
- Sou eu. - Ele retribuiu o sorriso. O QUE? Ele parecia ter de 18 anos pra 21. Eu nunca tive esse tipo de clientela. Claro, eu reclamava, mas eu não sei lidar com isso.
Entrei no quarto, era lindo e chique. Não pude segurar minha pergunta.
- Quantos anos você tem? - Perguntei, olhando pro lugar.
- Ótimo, uma prostituta invadindo minha vida pessoal. - Ele disse aquilo depois de beber um gole da bebida que estava nas mãos dele. Falar isso fez meu corpo ferver. O tesão que eu senti foi todo embora.
- E qual é o problema? NÓS PROSTITUTAS SOMOS PESSOAS. - Eu gritei, e já me imagino com a Carla brigando comigo. Ele só deu uma risada e me deu metade do dinheiro.
- Anda, vamos. Quero fazer isso logo. - Ele disse, vindo até mim, colocando a mão em minha cintura, e me puxando. Devolvi o dinheiro pra ele, não queria mais nada, ele me desrespeitou. Peguei minha bolsa, fui até a porta.
- Vá a merda! - Abri a porta, sai e fechei com tudo.