Sterek-perigoso e Atrativo

Obrigado

Não tinha mais motivo para viver, ele estava morto e a culpa disso tudo é minha, passei a noite toda pensando em como ele foi generoso comigo, sem me conhecer de fato, ou em como ele ficava vermelho quando me via sem camisa, e agora estaria morto em um lugar qualquer.
Por isso, quando o promotor apareceu aqui e disse que a minha morte foi antecipada, eu não dei a mínima, fui retirado da cela as 14:00 e fui levado até a sala onde o meu sofrimento iria ter um fim, o medico não olhou na minha cara, apenas pediu para que eu deitasse de barriga para cima, eu fiz o que ele me mandou e ele amarrou as fivelas em meus braços, tronco o pernas, fechei os olhos e pensei em Stiles, em como queria vê-lo novamente, se fosse possível.
Respiro fundo e me preparo para morrer, mas então escuto um estrondo vindo da porta, o médico para o que estava prestes a fazer e olha em direção a porta, não consigo ver, então fico apenas olhando para a lâmpada acima da minha cabeça.
-Mas o que está acontecendo aqui?-disse o médico.
-Pode parar o que estava prestes a fazer, essa execução está anulada.
Eu conheço essa voz, só não consigo me lembrar quem é o dono. Espera... É o Stiles, será que eu morri e ele veio me buscar? Bato a cabeça com força na mesa para ver se sinto alguma dor, e com certeza eu estou vivo, porque fiquei tonto e com dor de cabeça.
-Stiles, o que está acontecendo?-perguntou Lydia.
-Está aqui, Lyds.

Pelo barulho, ele retirou alguma coisa do bolso e então apertou algum botão: " Foi ele quem matou todas essas pessoas? Não, apenas três..."
Essa voz, era dela... Como ele conseguiu? E ele estava vivo de fato, pelo menos agora eu podia morrer em paz.
-Você conseguiu, Sti.- falou Lydia.
-Eu sei.-disse ele em tom de alívio.
-Pode deixá-lo ir, vamos levar isso ao promotor.- disse Lydia ao médico.
Os dois saíram e eu escutei um barulho de rodas vindo em minha direção, consegui virar a cabeça e ver o rosto de Stiles, ele estava me encarando com a expressão séria.
-Stiles, você está vivo, agora posso morrer feliz.-falei tranquilo.
-Você vai morrer sim, se não levantar dai agora, e não vai ser nada feliz.- falou ele.

Olhei para meus braços e eles estavam livres, eu estava e graças a Stiles, olhei para ele que estava com a cara horrível e estava sentado numa cadeira de rodas, por que será que ele estava assim? Levantei e o encarei.
-Stiles?
Ele então se levantou com dificuldade da cadeira e continuou me olhando, do nada ele correu até a lata de lixo do jeito que podia e colocou tudo para fora umas três vezes, eu fiquei observando-o em silencio, ele foi até a pia e lavou a boca com sabão, que tipo de ser humano lava a boca com sabão?, ele ficou parado na minha frente e acertou um soco na minha cara, Eu o olhei confuso.
-Você é idiota? O QUE ESTAVA PENSANDO?
Eu num impulso o puxei para um abraço apertado, ele tinha cheiro de bebê e eu nunca fiquei tão feliz em vê-lo, ele retribuiu o abraço com um pouco de relutância, mas logo me apertou também e começou a chorar.
-Stiles, obrigado.
-Cala a boca pelo amor de Deus,vamos embora.-disse ele limpando os olhos.
-Tudo bem.
Eu comecei a andar pelo corredor e Stiles empurrava a cadeira quando Lydia nos encontrou e me abraçou:
-E ai, ja se pegaram?
Eu a fuzilei com o olhar e ela mostrou a língua para mim, Isaac veio logo atrás e falou:
-Você conseguiu, Stiles. A gravação foi enviada a promotoria e ele pode ser liberado enquanto aguardamos o julgamento.
-Obrigado, sr.
-Não agradeça, a próxima vez que fizer uma merda dessas, eu tomo seu distintivo.
-Desculpe, sr.
-Vão para casa, ja chamei um taxi.

Não acredito que eu estava livre por enquanto, eu sabia que teria que pagar alguma hora, mas pelo menos eu não iria ser morto, ajudei Stiles a entrar no taxi e sentei ao seu lado em silencio.
Ele estava quieto demais, o que era preocupante, não sabia o que tinha acontecido com ele onde quer que ele tem ido.
-Stiles...
-Agora não.