Interrogatório

1.1K 112 3
                                    

Eu estava ali a horas em silencio com aquele homem que não perdeu a compostura um minuto se quer, ele ficava me observando calado, como se esperasse que eu dissesse algo primeiro, estava nervoso, além de ele ser extremamente atraente, mesmo com o macacão laranja, eu não era muito experiente em interrogatórios, mas fazer o que, faço a Lyds me pagar uma porção de batatas depois.
- Então... Sr. Hale, o senhor é acusado de matar dez mulheres e crianças sem motivo algum, mas ninguém faz uma coisa dessas sem ao menos ter uma motivação ou um gatilho, por isso eu volto a perguntar, por que?- falei olhando seu arquivo.
-É simples Stiles, eu matei porque eu quis.- disse ele sorrindo.
- Se realmente não tem motivos, por que não matar homens também?
-Eu gosto dos homens, eles são como animais selvagens em certas situações.-disse ele em tom provocativo.
Aquilo de alguma maneira fez com que eu ficasse intrigado e até um pouco excitado com ele. Não Stiles, ele é um doente, só está manipulando você.
- Porque não me conta como conheceu e matou sua primeira vítima?... Hmm... Sra. Melissa McCall?
- Tudo bem.- concordou para a minha surpresa.
"Eu era um advogado renomado que trabalhava no escritório dos Hale com minha irmã, minha vida era perfeita, eu não tinha muitos namorados, vivia em um triplex no centro de Manhattan, tinha muito dinheiro e era de certa forma feliz e realizado, eu estava voltando para casa certa noite e uma loira muito bonita veio em minha direção do outro lado da rua e me perguntou se eu queria companhia, eu obviamente aceitei, ela falava demais e descobri que seu nome era Melissa, ela era sozinha e estava procurando" alguém para amar ", chegamos em minha casa e eu lhe ofereci um vinho, ela se sentou no sofá e continuou tagarelando, eu fui até a cozinha e peguei um pano, o enrolei em minha mão, peguei uma faca e guardei no cos da calça. Sentei ao lado dela e começamos a nos beijar, ela tirou a minha roupa e eu tirei a dela, fomos para o quarto juntos e eu a amarrei na cama, no começo ela achou a cena divertida mas quando eu retirei a faca com um pano e apontei para ela, eu vi aquela expressão de pavor e foi isso que me impulsionou a continuar, fui enfiando a faca lentamente em sua barriga, a sensação em minhas mãos era deliciosa e me deixava feliz, ela começou a gritar e eu coloquei a minha camisa no fundo de sua garganta, retirei a faca e comecei a perfura-la em vários lugares, foi lindo."

Eu ouvia tudo aquilo impressionado com a frieza com que ele contava a história, seus olhos brilhavam enquanto ele tentava gesticular mas era impedido pelas algemas. Fiquei olhando aquele ser sorrindo enquanto matava aquela mulher e isso me deu calafrios.
-Bom Sr. Hale, acho que acabamos por aqui.- falei me levantando.
- Sabe Stiles, se um dia você quiser saber como o seu pai foi morto, acho que seria uma conversa interessante.
-Você não sabe quem ele é e não sabe quem eu sou, só está me manipulando.
- Você é manipulável?
-Não.
-Então não estou manipulando você. E a propósito, o nome do seu pai era John, não era?
Eu não aguentei, dei meia volta e bati na mesa com força, olhando fixamente naqueles olhos.
-Não ouse mencionar o nome do meu pai nunca mais, você é um psicopata sem escrúpulos que nunca amou ninguém e não suporta que as pessoas ao seu redor sejam amadas!
-Você não me conhece e pelo visto não conhecia seu pai também, mas pelo menos você admitiu que eu sou um psicopata e que faço as coisas sem motivo. GUARDAS!- disse ele por fim.
Os guardas o retiraram da sala e ele disse um até mais com a boca, eu sem olhar direito para ele sai da sala atordoado, parei em frente de uma lata de lixo e coloquei toda aquela merda para fora, Lydia veio atrás de mim e fez eu me sentar em uma cadeira, pela cara dela eu devia estar extremamente pálido.
- Meu Deus, Stiles. O que houve la dentro?
E foi aí que eu comecei a ligar os pontos.
- Por que você me mandou interrogá-lo?
- Porque eu precisava sair, eu disse...
-Não, POR QUE você me mandou lá?
Lydia me puxou para um canto e falou:
-Se eu contasse no que ele estava envolvido, você não iria interrogá-lo, e você é bom no que faz.
-Não tinha esse direito, é a minha historia de que estamos falando, você não acha que eu já encontrei muitos doidos falando que sabem como ele foi morto?
-Eu sei Sti, eu...
-Não, dessa vez você passou dos limites.
Falei saindo da delegacia.

Sterek-perigoso e AtrativoOnde histórias criam vida. Descubra agora