Verdade

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Acordei de manhã após meu breve cochilo e percebo que Stiles não está aqui, as vezes quando eu estou conversando com ele, eu tenho vontade de contar tudo a ele, não posso deixar que nada aconteça com ele. Passei " a noite toda" sonhando com minha família, ainda não podia acreditar que estavam mortas, e tudo isso por minha culpa, só de pensar nisso, senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto.
- Você está bem?- perguntou Stiles parado na porta.
-Sim. Eu estava tirando algo do meu olho.
-Uhum... Não vai perguntar onde eu estava?
Não.- respondi fechando a cara.
-Credo, eu fui comprar roupas para você. Agora se veste porque vamos sair.
-Onde vamos?
- Não importa agora.
Fui em direção ao banheiro, e encostei a porta, abri a sacola de roupa e dentro dela havia um conjunto de moletom preto, um boné e óculos escuros.
Sai do banheiro ja trocado e fomos em direção a garagem, achei que sairíamos com o carro da policia mas entramos em um Audi preto, levamos exatamente duas horas para chegarmos ao lugar misterioso, parecia ser um cemitério.
-Achei que você iria querer se despedir.- disse ele.
-Por que está fazendo isso?
- Porque mesmo tendo matado todas aquelas mulheres, você amava a sua família e acho que isso vai ser bom para você.
- O que, virou meu psicólogo agora?
- Não pode simplesmente me agradecer?
-Pelo que? Por me deixar ver o tumulo da minha família morta?
- Você é realmente inacreditável, eu fiz tudo isso e não recebo nem um obrigado.
- Eu não pedi nada disso, vamos embora.

O caminho todo de volta foi em silêncio, chegamos no apartamento, Stiles jogou as chaves na mesa da cozinha e pegou uma cerveja na geladeira, ele se virou para mim e me fitou por um instante, eu então falei:
-Senta.
-Dispenso.
- Eu disse senta.
Ele então sentou-se em uma cadeira e ficou em silencio.
-Há alguns anos atrás eu morava em um bairro muito perigoso, e quase todas as noites ocorriam assassinatos, um dia o seu pai foi investigar um no mesmo bairro onde eu morava, só que quando ele chegou no local eu ja estava investigando por conta própria. Ele deve ter achado aquilo muito engraçado porque deu uma risada e perguntou se eu queria fazer um serviço para ele...
-Que tipo de serviço?- disse ele interrompendo-me.
-Eu era um adolescente que fugiu de casa e precisava de dinheiro, então eu aceitei o serviço, eu mal sabia onde estava me metendo, John tinha combinado de nos encontrarmos na cafeteria perto do local onde eu entraria, ele então me entregou um pacote e foi embora.
- Só isso? E dai, você foi no lugar?
-Stiles, o que eu vou contar pode mudar o que você pensa a respeito de John.
-Conta de uma vez.
-Eu entrei em uma espécie de galpão, haviam varias pessoas trabalhando, parecia um tipo de agência clandestina, e na verdade era, eles encomendavam mortes de algumas pessoas. Todos ali ficaram me encarando e eu mostrei o pacote, entreguei a um deles que disse: Dê lembranças a John, aquele traidor.- terminei de falar e esperei que ele assimilasse tudo isso.
- Espera, você está querendo dizer que o MEU pai era um matador de aluguel?
-Sim.

Sterek-perigoso e AtrativoOnde histórias criam vida. Descubra agora