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Meu nome e Angelica Roberts desde que eu tinha meus dez anos meus pais nunca me deixaram sair depois que o sol se punha. Nunca entendi direito o porque disso, mais eu obedecia dava pra notar medo no olhar deles.

Papai? - Falei tirando sua atenção da televisão.

Oi filha? - Pergunta ele se virando para mim.

Porque não posso sair a noite? Queria muito ir ao aniversário da Belinha. - Falei com cara de tristeza.

Belinha era minha melhor amiga desde infância, ela sempre ia para as festas dos nossos amigos da época,  é  eu nunca ia.

Minha filha, já conversamos sobre isso, você já esta bem grandinha pra entender. Há perigos lá fora durante a noite,  quando ficar um pouco mais velha você ira entender melhor. -fala ele se levantando e indo em direção ao escritório ele passa horas por dia naquela parte da casa, eu sempre sou proibida de entrar lá.

Minha mãe me grita da cozinha, vou em direção a mesma pra saber o que ela deseja.

Oi mãe? - Falei entrando pela porta e me sento no balcão.

Filha o que quer pro jantar?  - Ela me pergunta como faz todos os dias.

Não sei mamãe, quero sorvete depois do jantar. - sai de lá e fui para o meu quarto, me deitei esperando o jantar.

[…]

Anos se passaram e eu ainda era proibida de sair. Estava eu em meu quarto deitada em minha cama pensando em todas as minhas noites em família, jantando com meus pais, de repente uma lembrança surgiu em minha cabeça, era aquele mesmo dia que meu pai prometeu me explicar o motivo de tanto medo. Me sento na cama abraçando as minhas pernas,  me pego chorando pensando no por que meus pais fizeram isso comigo, já tenho quase dezoito anos e ainda não posso ir a nenhuma festa ou qualquer coisa que seja durante a noite. Me levanto irritada e vou ate o escritório do meu pai, tenho certeza que ele está lá. Nunca me deixaram entrar naquele cômodo da casa, mais hoje eu estava decidida a descobrir o verdadeiro motivo de tanto segredo. Giro a maçaneta da porta e percebo que ela não esta trancada como de costume. Entro e dou de cara com várias armas de fogo, facas, e vários outros tipos, tem vidros e mais vidros com um líquido branco dentro, me assusto com tudo aquilo e começo a chorar, contínuo vasculhando cada centímetro daquele escritório, que na verdade está mais para um covil de um serial killer. A cada centímetro que ando me assusto mais,  tem várias armas, pra que meus pais precisariam tudo aquilo? Me sento em uma cadeira e espero eles chegaram. Não demora muito e eles entram cada um com uma arma na mão.

Filha o que esta fazendo aqui? - Meu pai pergunta. Antes mesmo de eu pensar em uma resposta ele continua. - Você não podia entrar aqui, o que eu te falei, por que entrou aqui.?

Ele me pergunta tudo de uma vez já gritando, estava irritado por me ver aqui.

Antes de eu responder qualquer pergunta pai, sou eu que preciso de respostas. - Digo me levantando e me aproximando deles, que já estão com as armas abaixadas. - O que significa isso tudo, para que todas essas armas, e porque eu não podia sair a noite, por acaso você são serial killers? E tem medo de alguém me sequestrar?

Minha mãe se aproxima de mim tentando me abraçar, eu recuso o abraço e me distâncio dela.

Filha, não somos serial Killers. - Meu pai diz com a cabeça abaixada. - Emily eu acho que já está na hora de contarmos tudo a ela. Senta ai filha o que tenhos pra te contar e muito complicado.

Fala ele se sentando na cadeira a minha frente. Minha mãe continua em pé com a cabeça abaixada já chorando, eu não estava entendendo absolutamente nada daquilo,  todas aquelas coisas espalhadas, armas e papeis. Eu começo a chorar sem perceber, não aguentava mais viver uma mentira com meus pais sempre escondendo as coisas de mim.

Olha filha você tem que acreditar que tudo isso foi pra te proteger, nos te amamos muito, e não faríamos isso se não... - interrompi meu pai. Estava cansada desde Blá Blá Blá.

Vá direto ao ponto pai, por favor! - Disse tentando me acalmar entre os soluços.

Ta bom. - Meu pai concorda de cabeça abaixada. - Filha, desde muito antes de você nascer eu e sua mãe já trabalhávamos com uma coisa que mudou nossa vida por completo, somos caçadores de vampiros. Eu sei vocês deve achar isso impossível, pra você vampiros não existem mais minha filha podemos provar isso.
Quando você nasceu eu e sua mãe paramos de caçar, mudamos de cidade, todos os vampiros pensavam que estávamos mortos. Mais a alguns anos atrás eles nos encontraram quando descobrimos isso voltamos a nos proteger, na verdade tínhamos que proteger você.

Mais como assim pai, o que eu tenho com isso tudo? - perguntei chorando, já não estava entendendo mais nada.

Deixa eu continuar filha. - Meu pai fala e eu confirmo com a cabeça. - depois que eles nos descobriram, investigaram nossas vidas por completo, descobriram que temos uma filha. Você filha esta correndo perigo constante. Você não saia por esse motivo,  tínhamos medo de pegarem você. Nos desculpe filha, sempre tentámos te proteger de tudo. - meu pai termina de falar todos estávamos chorando.

Mal tenho tempo de falar escutamos um barulho enorme na porta da frente,  em um piscar de olhos três homens estavam parados a nossa frente nos observando.

Olá Ton Roberts, quanto tempo. Muito aliás, ate pensei que estava morto. - Diz aquele homem - Vejo que construiu uma família, cheguei em uma má hora?

Não toque nelas Styles. - Meu pai gritou, ele tenta se levantar e pegar uma arma em cima do armário, mais aquele homem vem muito rápido em minha direção me pegando pelo pescoço.

Nem tente Roberts, ou sua querida filinha vai ser uma de nos. - Ele coloca os dentes a mostra e seus olhos ficam negros. - Vejo que seu ponto fraco são elas ne Roberts.

Não toque nelas por favor Styles, me leve e deixe elas. - Meu pai diz desesperado.

Acho melhor não Roberts, quero que me dê o que eu preciso. - Ele diz me segurando com mais força. - vou levar ela de garantia, quando conseguir o que eu quero te devolvo a garota.

Styles me arrasta em direção a porta, com muita facilidade,  ele tem uma força infinita. Começo a gritar e me debater.

Pai,  me ajuda... Pai. - Eu gritava e meu pai continuava parado me olhando ser levada por aquele ogro. - Paiii...

Sou jogada no porta malas de um carro, e sigo em direção ao desconhecido, não sei como reagir a isso, estou apavorada. Só consigo chorar naquele momento.

Continua...
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E aí,  gostaram do primeiro capítulo?? 

 Perseguição ImortalOnde histórias criam vida. Descubra agora