Prólogo/ CAP.1 The beginning

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Flashback on:

As chamas ocuparam toda a visão, o fumo invadiu as minhas narinas eu não conseguia respirar. A sala era consumida pelo lençol vermelho e laranja que se continuava a alastrar impedindo a nossa saída. Os moveis de madeira castanha clara, estavam agora pretos e as bonitas cortinhas brancas, a enfeitarem as pequenas 4 janelas da divisão, estavam em chamas tornando um cenário macabro, parecia uma gaiola a arder, com duas pombas nela. A minha visão estava turva, a minha cabeça latejava e eu só cria gritar: gritar de dor, gritar por ajuda, gritar por salvação. Quando os meus olhos estavam prestes a fechar vi o que me pareceu ser uma sombra preta, mas nesse momento só me consegui concentrar no que a rapariga loira me disse:

" Não importa onde ou quando eu vou estar sempre contigo " ela disse e fechou as portas das suas iris azuis. Não pude não conter uma gota de água cair antes de desmaiar. Eu estava pronta para morrer. Parece que o destino quis que morrêssemos juntas...ou não.

Inimaginavelmente acordei 16 horas depois, com a minha mãe agarrada a mim a chorar. Abri os meus olhos e vi. Estava num hospital, tinha um tubo, dividido em 2 mais finos, um em cada narina, ligados a uma maquina, cuja função era dar me oxigénio. Havia uma grande janela do lado direito, e o que mais me estranhou foi o que vi. Estava um dia radiante de sol, uma coisa que em Seattle acontece uma vez por ano talvez.  

"O que é que aconteceu?" Perguntei com um tom de voz baixo e calmo mas com um pouco de nervosismo. A minha mãe levantou a cabeça e pude ver os seus olhos cor de amêndoa molhados e mais escuros que o costume e o seu cabelo castanho apanhado num pucho. Ela não perdeu tempo em abraçar me e dizer umas palavras que não entendi.

"Graças a deus que acordaste! Estava tao preocupada! Estás bem? Dói te alguma coisa? Como é que está o teu braço? É melhor ir chamar o médico!"

Olhei para o meu braço e vi uma grande ligadura em volta dele. Não conseguia perceber o que é que estava a acontecer, nem como vim aqui parar, até pequenos fragmentos de memória invadirem a minha cabeça como relâmpagos. Imagens de uma casa que não conheço a arder, sons de algo a partir, a Made a cair á minha frente e de repente nada. uma escuridão formou-se no meu cérebro.

" A Made mãe, onde é que ela está? " a minha mãe volta a chorar e a gaguejar .

" Ela...ela..essta... ela esta morta "

Não! Não ela não podia estar morta ela tem apenas 16 anos! Não pode. NÃO NÃO NÃO, ela não pode deixar me! Não pode, ela é o meu porto seguro, o meu escudo, a minha melhor amiga á três anos. Ela ainda tem tanto para viver! Não ,ela é alegria, a esperança em pessoa não pode morrer assim. Não pode morrer!Porque? Porque? É mentira, só pode ser mentira!

" Eu lamento muito querida, eu sei o que ela significava para ti, mas não há nada que possas fazer"

"Onde é que ela esta?" as minhas palavras saíram como um soluço doloroso e as lágrimas escorriam dos meus olhos desesperados por informação.

"Os restos mortais foram levados para a morgue, o corpo esta irreconhecível por causa do incêndio"

"Como é que eu estou aqui? Porque é que eu estou aqui e ela não? PORQUE?"

" O teu corpo foi encontrado fora da casa em chamas, um vizinho ligou para os bombeiros que te  foram socorrer-te, infelizmente já era tarde de mais para a Made"

Não! Isto não faz sentido!  Eu estava la dentro com ela, eu desmaiei lá dentro! Acho eu... a minha cabeça está numa montanha russa . Acontecimentos aparecem trocados e confusos, não sei como vim parar aqui! A única certeza que tenho é que a Madison Parks , a melhor pessoa que conheci, está morta e que eu não sei como lidar com isso...

Flashback off

6 meses depois

Algumas noites, eu desejava puder ir ao passado, apenas para sentir algumas coisas de novo. Dizem que a vida são 3 dias: nascer, amar, morrer. Bem ,na minha opinião, essa ordem está errada. Existem pessoas que morrem mesmo antes de amarem ou até mesmo nascerem. Dizem que o nascimento é quando vens ao mundo, e se for mais que isso? E se o verdadeiro significado de nascer seja a auto descoberta de ti mesmo? E se o verdadeiro significado de amar não seja encontrares a tua alma gémea, mas encontrares o amor por ti e pela vida? Existem pessoas que nunca vão puder descobrir, pois partiram antes de desvendarem o segredo que é a vida.

O meu nome é Macy Holmes e tenho 17 anos, e esta, não é uma história de final feliz! Esta é a minha história!  A história de sobreviventes! A história de viver a vida até aos limites , sem limites .

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Obrigada..

Pluviophile |H.S|Onde histórias criam vida. Descubra agora