2T: Capítulo 8

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-Não me diga que isso foi tão constrangedor pra você quanto foi para mim? -perguntou Mari tentando se desculpar.

-Não -ele respondeu com um sorriso nos lábios- foi bem pior. Mas tudo bem, sério, eu é quem não deveria estar aqui. Sou eu o intruso.

-Do que você tá falando Théo? Eu te convidei, lembra?

-Na verdade, eu meio que auto me convidei. - rebateu ele colocando as mãos dentro dos bolsos tentando esconder a vergonha junto às mãos.

-Ora Théo... sua presença é, e sempre será muito bem vinda na minha casa. Você devia saber disso, afinal, essa casa também era de meu pai, e eu sei bem que ele sempre o receberia de braços abertos. Aliás, eu avisei ao Hemmings que ele deveria me avisar quando viria... pra não ocorrer esse tipo de coisa...

-Seu pai foi sempre como um pai pra mim também- desabafou ele demonstrando sentimento de saudades pelo Sr. Nolasco- Mas e aí, Hemmings? Vocês estão se tratando pelo segundo nome?!

-Pois é, acredite ou não mas...As coisas foram bem sérias desta vez.

-Mari, veja bem, nós dois sabemos que vocês sempre se reencontrarão, não é? Afinal, amor verdadeiro é assim, né?

-Eu saberei - respondeu ela- saberei quando encontrar um, afinal, amor verdadeiro não tem traições, né?

-Ai, me desculpe, você quer contar o que aconteceu?

-Eu realmente não gostaria de falar disso, pelo menos não com Rose no quintal, temo que ela possa ouvir.

-Tudo bem então, que tal esquecermos?
-Parece uma ótima idéia pra mim.

Ela sorriu encarando seus olhos, claro que o mesmo retribuiu, e assim, os dois aproveitaram o resto da tarde que lhes sobraram, conversando, rindo e comendo, e por mais incrível que pareça, o tempo em que Theodore esteve presente, foi o suficiente para preencher o vazio que Luke Hemmings lhe causava.

-É uma pena que você tenha que ir. - assentiu ela chateada.

-É, eu lamento. Mas poderíamos repetir isso outras vezes, o que acha? - perguntou ele.

-Claro, poderíamos sim.

-Então...Eu vou nessa.

-Tá.

Ela sorriu e cautelosamente Théo aproximou seus lábios dos dela, porém a mesma não recebeu aquilo da melhor maneira possível, tudo que fez foi se esquivar e repreendê-lo:

-Théo eu...

-Desculpe, não sei o que deu em mim. Não vai acontecer de novo, eu prometo.

-Não, tá tudo bem. É que... eu só não estou com pressa, você entende?

-Claro...Você quer ir devagar?!Sem problemas. - disse ele aparentemente mais aliviado.

-Ótimo, obrigada.

Théo balançou a cabeça ainda meio constrangido, deu lhe um beijo na bochecha e saiu andando, porém,  antes que pudesse partir, Mariana o interrompeu:

-Théo? - chamou por ele - quer saber de uma coisa? Eu passei os últimos três anos da minha vida enrolando e veja só onde estou. Não quero mais esperar para fazer aquilo que eu tenho vontade.

Dito isto, ela segurou em sua nuca e o puxou para um beijo, um beijo que eles jamais tiveram a chance de dar, até hoje.

...

Mais a noite, com Rose provavelmente em seu vigésimo sono, Mariana pegou-se pensando em Théo, a garota tinha dúvidas dos seus sentimentos por ele, estava claro que aquilo não era nada, comparado ao que ela sentia pelo astro de Rock, mas ainda assim, ela estava de verdade, gostando dele, pela segunda vez.

Eu te amo seu Idiota >> L.HOnde histórias criam vida. Descubra agora