volteeeei. cap 4/2

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Era exatamente o que os moradores do vilarejo haviam dito de mim por toda a minha vida, mas achei que as palavras nao soavam mais verdadeiras.
A revelaçao da madre superiora havia alterado algo profundamente em meu interior, despertando uma esperança que permanecera oculta e esquecida por todos aqueles anos. De repente tive muita vontade de convercer a garota de que ela estava errada, assim como a madre superiora havia me convencido. Eu me sentei no lugar de ficar deitada. E as maos dela cairam sobre meus cabelos.
-O seu senhor pai esta errado.- Meu sussurro foi tao violento que aranhou minja garganta.- Nos fomos geradas por Mortain. Escolhidas por ele para fazer sua vontade. Seu pai, a igreja, todos eles mentiram. - Enquanto olhava para seu rosto abatido e amedrontado, fiquei desesperada para convence-la, para fazer aquela pequena chama de promessa em meu peito, se acender no dela.
Uma sentelha de interesse reluziu nos olhos dela, entao foi apagada tao rapidamente quando apareceu. Ela apontou com a cabeça na direçao da porta.
-Estao fazendo as rondas. Ate logo.- Ela pulou de pe, e foi saltando pela fileira de leitos.
-Pare!- Exclamou a irma Serafina da porta. O tom de comando congelou meu sangue em minhas veias, mas a garota de quer, hesitou.
Ela saltava com graça de uma jovem gazela, dirigindo- se para a janela aberta com um brilho alegre no olhar.
Duas fileiras surgiram atras da irma Serafina, concentradas na garota que fugia.
-Pare, Sybella!- exclamou a mais alta delas. Sua voz era baixa e musical, conforme eu imaginava que deveria ser a caricia de uma mae. Com esforço, ela saltou a cama seguinte, mas seus movimentos estavam mais lentos e desajeitados.
-Se voce ficar- prosseguiu a voz agradave-, nos podemos descobrir um meio de lhe devolver a sua vida.
A garota virou com os olhos queimando de raiva.
-Mentira!!-Ela saltou as tres ultimas camas e chagou ate a janela. Tinja certeza de que, se ela pulasse sua loucura iria consumi-la como uma chama, sem deixar nada alem de cinzas amargas.
-Espere!- juntei minja voz as outras. Ela parou, e as freiras ficavam imoveis, todas prendiam a respiraçao, e nao sabiam o que fazer em relaçao a menina enlouquecida. Entao ela desceu da janela, e caminhou em minha direçao.
-Voce nao quer matar todos aqueles que fizeram mau a voce?-perguntei. E vi un brilho feroz se acender em seu rosto.
-O que voce disse?- respondeu a menina cujo o odio brilhava nos olhos.

Perdao MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora