Aposta no Amor

Capítulo 3

If you're looking for trouble

You came to the right place

If you're looking for trouble

Just looking right in my face

- Elvis Presley, "Trouble."

Eu estava olhando para um peito muito largo e musculoso embaixo de uma camisa preta. Meu olhar caiu e minha respiração, tipo... Parou. Jeans pendurado baixo em seus quadris estreitos, encaixado perfeitamente em longas e musculosas pernas.

Forcei meu olhar para cima, acima e acima. O sr Parede de tijolos era muito alto! Quando meus olhos encontraram com os seus, meus pensamentos eram exatamente esse: "Meu Deus do céu!"

Nunca fiquei sem palavras em minha vida. Caso me perguntassem nesse exato momento o que era um buraco de minhoca ou um quasar, você teria ficado sem resposta.

Este é um homem cujo rosto poderia estampar capas de revistas. Seu cabelo era preto escuro que era um pouco longo demais e enrolado nas orelhas. Seus lábios grossos, com uma mandíbula bem definida. Era lindo. Mas eram seus olhos o que o distinguiam. Eram de um azul pálido, da cor do oceano quando as águas refletiam o céu azul.

O sr Parede de tijolos era de dar água na boca.

- Gosta do que vê? - lábios cheios, beijáveis, expressavam aborrecimento. Sua voz era profunda e firme. O tipo de voz acostumada a ouvir as pessoas e a ser obedecida sem questionar.

- Olá? - ele disse de novo enquanto me olhava com irritação. - É capaz de falar? Eu sei que sou tudo de bom, um colírio para os olhos, mas não precisa perder a voz por causa disso.

Eu respirei fundo, uma onda de vergonha aquecendo meu rosto, deixando minhas bochechas vermelhas. Eu percebi que ainda estava caída no chão.

- Ah... eu... - gaguejei.

- Olha, eu agradeceria se você saísse do meu caminho. - ele me interrompe apontando para porta do Mojo atrás de mim. - Eu realmente quero entrar aí e com você no meio não vai dar.

Desperto da nuvem de luxúria na qual eu estava e me levanto, pegando as minhas coisas do chão. Ainda bem que o copo do meu café eram daqueles modelos com tampa.

Até o momento que eu encontrei a minha voz, eu queria morrer.

- Eu teria feito isso antes se você tivesse me ajudado a levantar. - lancei-lhe um olhar.

Ele cruzou os braços e levantou uma sobrancelha com desdém, me olhando como se eu fosse uma idiota.

- E porque eu faria isso?

Sério? Esse cara era de verdade?

- Oh, eu não sei. Talvez seja porque foi você que me derrubou. - respondo com sarcasmo.

- Olhe pra mim gatinha, e me diga se eu pareço um cavalheiro. - ele rebateu abrindo um sorriso que provavelmente iria me assombrar pelo resto da minha vida. Era fácil e as suas covinhas só fizeram piorar.

O que eu estou pensando? O cara é um babaca, eu não tenho nada que achá-lo bonito. Foco Nelly. Foco!

Dei mais uma olhada nele. Com certeza ele não parecia um cavalheiro, estava mais para problemas embalado pra presente. Era por causa de caras como ele que os pais colocavam trancas nas portas de casa, afim de proteger a honra de suas filhas.