Capítulo I

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         ***10 anos antes***

Entender os problemas e as dificuldades vividas pela família é o primeiro passo para repensar em determinadas atitudes antes de expressar violentamente suas emoções em um indivíduo.  
Durante anos, eu sempre controlei os meus instintos nervosos,  principalmente em situações críticas, como é o caso  do  alcoolismo que vem afetando drasticamente a minha família.
Agora são dez horas e quinze minutos e meu pai ainda não chegou em casa como de costume, e como sempre sei  o que vai acontecer  nas próximas horas  que ele estiver em casa.
As coisas que esse homem produz são atitudes tão irracionais e irritantes que me deixa fora do sério.

-Felipe venha jantar , eu e seu irmão só estamos a sua espera querido, dizia dona Luiza uma dona de casa de cabelos pretos, magra, estatura média e mãe de dois garotos o Fernando, irmão mais velho de Felipe, com quatorze anos de idade e Felipe com doze anos de idade.
Com muito cuidado e ainda olhando o diário no qual o garoto escreve um pouco todos os dias na qual expressa suas emoções desde os onze anos de idade diz para si mesmo:
-Meu precioso diário, hora de te quardar. Sabe não sei o que seria da minha vida sem você.
-Falando sozinho de novo Felipe. Fala sério, você está com sérios problemas maninho- dizia Felipe, um jovem de cabelos meio castanhos um pouco alto pra sua idade e olhos negros como uma jabuticaba.
Uma das poucas coisas que eu acho desagradável em meu irmão e seu tom irritante  herdado do próprio pai, ao qual me  deixa completamente estressado. Então perdendo  a calma acabo respondendo-o mal e digo:
-Larga de ser intrometido, o que eu  deixo de fazer ou faço não desrespeito à você e a ninguém.  E se me der licença tenho mais o que fazer- então pego o meu diário o guardo dentro da gaveta do guarda roupa e ao sair do quarto, bato  a porta como se não houvesse mais alguém ao quarto e sigo rumo à cozinha sem sequer olhar para trás.
-Felipe pensei que não iria vir jantar e cadê o seu irmão?
Indagava a mãe dos garotos já nervosa pela demora dos filhos para jantarem.E ao terminar de dizer  Fernando entra na cozinha e começa a se servir antes mesmo do irmão  e então dona Luiza continua dizendo:
-Sem proproblemas filho . Agora vá jantar antes que seu pai chegue .
Obedecendo  o pedido da mãe tento o mais rápido possível terminar o meu jantar e em seguida agradeço minha mãe pela refeição e descido voltar para meu quarto.
Ao deixar a cozinha noto que meu irmão já tinha saído sem mesmo agradecer pela refeição .
Chegando em meu quarto deparo com Fernando lendo o meu diário e pela sua reação percebe-se que ele ficou envergonhado por mexer em coisas que nem mesmo o pertence e então começa a me elogiar pela boa forma que escrevo.
Mas mesmo diante dos  elogios me sinto muito irritado, pois detesto que mexam em meus pertences e então começamos a discutir quando subitamente ouço a porta da sala ser aberta com muita agressividade e só assim paramos de discutir e observamos nosso pai chegar e então digo:
-Fernando precisamos fazer alguma coisa.
Fernando tentando me conter segura-me pelo braço para que eu não possa ir ao destino em que se encontra meus pais.
Do quarto eu podia escutar todas as palavras ditas pelo papai e pelo soar da voz estava drogado novamente.
-Fernando não podemos ficar parados enquanto mamãe e agredida pelo papai dessa forma, digo já desesperado antes que ocorra o pior.
Com muito custo Fernando decide que devemos ir da uma olhada no que está acontecendo, pois pessoas quando estão alteradas nao sabem o que fazem.
Eu e meu irmão  muito curiosos e preocupados com a nossa mãe seguimos lentamente em direção à cozinha. E ao chegarmos ficamos observando da sala tudo o que estava passando.
-Luiza, eu cansei de você se intrometendo em meu jeito de viver. Você nunca me tratou bem, nem você e nem estes dois filhos ingratos tudo por causa de um segredo que venho guardando a todo esse tempo, dizia Antônio um homem alto, cabelos cortados bem baixo, olhos castanhos e um nariz um pouco comprido, que no momento estava fora de si.
-Antônio tenha calma, não precisa se alterar eu escondi isso esses anos todos e não vou trair a confiança do meu próprio esposo- ofegante a mãe dos garotos tentava controlar o marido que desta vez estava incontrolável.
-Mas meus dias de sofrimento tem que acabar custe o que custar,  desenrolava o assunto o pai dos garotos que já estava chegando à uma terrível conclusão.
E tirando uma arma do bolso o pai das crianças a direciona para sua cabeça  e a esposa desesperada avança sobre o marido para tentar conte-lo, porém o pior acaba acontecendo.
Muito apavorada a mãe dos garotos tenta retirar a arma da mão do marido que a direcionando a esposa acaba acertando-a com a bala perdida.
Eu  muito triste e apavorado acaba escapando da segurança do irmão mais velho e seguindo rumo onde encontra a sua mãe caída no chão da cozinha com muito sangue ao seu redor.
Ajoelho ao lado da minha mãe e alisando seu rosto o garoto muito furioso
-Seu desgraçado, olha o que você fez arruinou a minha vida e destruiu toda a nossa família.
Antônio ainda com a arma na mão e imóvel em um canto próximo a pia da cozinha deixa a arma se soltar de sua mão e antes de escapar pela porta dos fundos a única coisa que diz a mim antes de se retirar é:
-Você vai pagar pelo que diz garoto desprezível, e cuspindo sobre o corpo da esposa  e do filho corre pela porta dos fundos. Meu irmão que estava  na sala ainda muito abalado liga para os polícias constatando todo o ocorrido.
Instantes depois a casa esta toda rodeada de oficiais que chegam para inspecionar o caso.
Vigiando todo o perímetro eles começam a  adentrar a casa e se deparam comigo ajoelhado diante do corpo da minha mãe que já havia perdido muito sangue até chegarem.
Muito desesperado começo a perguntar aos para médicos se o estado da minha mãe é grave, e sem contorcer qualquer ocorrido eles imediatamente inspecionam o corpo e nos dizem:
-Infelizmente crianças a mãe de vocês faleceram. O fato é que ela perdeu muito sangue e não resistiu. 
Em estado de choque começo a correr pela casa até chegar na entrada da casa e lamento  a perda de minha mãe.
Do lado de fora barrados pelos oficiais se encontram minha avó, uma senhora de uns cinquenta e oito anos de idade, baixa, cabelos finos e brancos e um pouco curtos ao lado de sua fiel empregada Alessandra, uma mulher negra com cabelos blackpower, alta e muito educada e alegre, mas neste triste momento até ela se emociona ao ver nossos rostos abatidos chegando até elas e abraçando-as a espera de um conforto.

Comentem o que estão achando e votem gente por favor  :). Quarta feira dia 08/06 lanço o segundo capítulo.

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