Prólogo

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ei amoras... como vai? como estão nessa quinta-feira marabilhosa? 

yeah, está é mais uma história, eu estou provavelmente tentando me matar, mas fazer o que, não é mesmo? são muitas ideias...  essa vai ser uma mini fic bem curta de no mínimo uns quinze capítulos e essa é só uma amostra de como a história vai ser... que é diferentes de todas as histórias que eu já escrevi na vida. 

eu realmente espero que vocês gostem dessa história de cá, que estou fazendo com todo o carinho... ela é bem importante para mim e extremamente pessoal também. 

ah, os créditos da capa vão totalmente para a kid Letícia, vulgo que eu esqueci o user, ela é uma das pessoas que mais me ajudou a construir essa história. 

bom, prontos...?

enjoy it ^^

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"Há um pássaro azul em meu peito

que quer sair

mas sou duro demais com ele,

eu digo, fique aí, não deixarei que ninguém o veja."

(O Pássaro Azul – Charles Bukowski).

Todos pareciam formigas – sob seus pés, vulneráveis a simples sola do seu sapato. Eram tão pequenos e insignificantes, não faziam diferença. Seus lábios se torceram em um sorriso enquanto se molhavam com o sabor puro de seu whisky, o gosto de álcool impregnando sua alma. Era amargo e por mais que fosse ruim ao primeiro gole, já estava misturado ao seu sangue.

Camila suspirou, deixando seu copo sobre a mesa de vidro ao seu lado, continuando a olhar pela parede de vidro de seu apartamento para aquela que seria a cidade que nunca dorme. Gloriosamente nua e também completamente bêbada.

Ela sabia que havia um corpo quente no lado direito de sua cama, com o cabelo bagunçado e um coração batendo. Um corpo de mais alguém que seria só mais uma estranha pela manhã porque não havia sentimentos naquilo, não havia sentimentos nela. E ela sorriu outra vez, caminhando em direção ao seu quarto e sentindo seu coração bater também contra seu peito.

Oh, havia sim um coração ali. Por mais que fosse frio e escondido, estava ali o tempo inteiro. Um coração.

Eles só não podiam saber que ele estava ali.

***

Era um amontoado de cores. Vida.

E então também era um amontoado de palavras. Sentimento.

E então era um amontoado seu.

Seus dedos pequenos passaram cuidadosamente por todos os detalhes e as histórias que montavam a simples parede de seu quarto. Aquele era um lugar só seu e tão mágico... Sim, ela amava o que tudo aquilo representava. Amava porque só observando atentamente cada detalhe daquela única parede, descobririam sua vida inteira.

Lauren suspirou, subindo em sua cama, ficando na pontinha de seus pés para arrumar o papel de parede naquele lugar, justo nessa tal parede, lentamente cobrindo toda aquela bagunça – era do que ela chamava em sua mente – para que ninguém nunca fosse capaz de vê-la.

Sua cabeça encostou-se contra a parede recém-coberta pelo papel de parede e ela deixou mais um suspiro escapar por seus lábios. Pelo canto dos seus olhos era capaz ainda de ver o papel de parede florido que sua mãe havia insistido tanto para colocar, assim como havia insistido tanto para outras coisas.

Há um Pássaro Em Meu PeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora