Capítulo 5 - Como se fosse uma noite qualquer

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Era umas oito horas da noite, eu estava indo visitar Carlo que agora tinha uma mercearia, mesmo com a mudança de emprego dele e eu já ter terminado os estudos, sempre mantinhamos contato e sempre que dava para praticar, a gente treinava. Entrei na mercearia indo direto até ele.

- Carlo! - Sorrio caminhando De encontro à ele com os braços abertos.
- Pequeno Luc! - O abraçou dando uns tapinhas nas costas, sorrindo.
- Como tem passado? - Se afastou um pouco para olhá-lo.
- To bem, acho que nunca estive assim e o senhor, como está?
- Estou bem também.
- Ah! Trouxe algo que você vai gostar - nem esperei uma resposta e abri a mochila, tirando um DVD dali e pondo sobre o balcão.
- Consegui esse filme sobre a luta do século no boxe. - Balançava a cabeça afirmando com um sorriso de "Éeeehh."
- Uau, com certeza vou assistir hoje ainda! Ah, achei algo que talvez, você pode gostar.
- O que?
- Um amigo meu, de Los Angeles, vai passar uns tempos aqui e ele tem muitos contatos com ramos de lutas. Então, se algum dia quiser aprender mais ou seguir carreira, já sabe quem procurar. - Carlo tirou o cartão do bolso e entregou a Lucas que guardou de imediato.
- Taywando poderia ajudar em relação a chutes e movimentos nas pernas.
- Se for fazer, vai ser mais pelo esporte mesmo, para aprender mais sobre.
- É exatamente isso que esperava. - Ambos sorriram olhando um para o outro.
- Ainda tem aquele suco natural de limão?
- Sempre tem, no final do corredor, você já sabia disso. Sempre vem aqui. - Rindo baixo, indicando onde ficava.
- Eu sei, mas é que hoje to morto de cansaço, aí pouparia minhas pernas de ir até lá. - Riu baixo, levando na brincadeira, enquanto caminhava até o refrigerador com o suco.
- Preguiçoso.

Um cara encapuzado entrou na loja, pegando uma barra de chocolate e indo ao caixa para pagar, enquanto Carlo colocava o chocolate na sacola disse.

- São dois dólares.

Assim que levantou o olhar, se viu na mira de um revólver, o rapaz estava aparentemente drogado e só disse.

- Passa a grana toda.

Carlo em um calafrio e ja suando, nunca havia passado por aquilo antes, então começou a por o dinheiro na sacola, apavorado sob a mira do revólver até se ouvir.

- Carlo, como é esse de laranja com acerola.. - Parei a fala ao ver a cena e a arma ser direcionada para à minha direção, jogando a latinha de suco no cara e me escondendo atrás da prateleira.

Escuto o disparo e uma garrafa de vidros estoura perto de mim, com o batimento acelerado, me escondi entre as prateleiras, com uma adrenalina no corpo junto a um medo de morrer.
- Anda logo! - Escutei a voz do assaltante, logo levei a crer que estava tentando sair com o dinheiro dali, então joguei a mochila pra um lado da prateleira e rezei para dar certo o que pensei. Assim que olho de relance, o vejo apontar a arma para onde joguei a mochila e saí de trás das prateleiras, dando um chute forte na lateral da perna dele, o fazendo cair de lado. Chuto a arma da mão dele, vendo a mesma deslizar até a ponta da loja, mas o próprio assaltante me acerta um chute, me jogando contra a prateleira.

Ao ouvir o alarme da loja disparando, foi Carlo, me levantei rápido, mas já era tarde e o assaltante já havia alcançado o revólver. Olhou direto nos meus olhos antes do "bang! " O som do tiro ecoou pela loja, o assaltante abriu a porta com urgência, saindo correndo pela rua, escapando do local.

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