Capítulo 14 - Necessário

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- Hey Luc... Acorda.

Por alguns instantes pensei ser parte do sonho quando escutei Rosalie me chamando, quando me dei conta abri os olhos ainda com a visão meio embaçada de sono e passo as mãos sobre os olhos.

- Luc?
- To acordado - respondi e sorri de canto ao ver Rosalie acordada.
- Como você está?
- Com sono, mas bem e você?
- Estou legal. Vem cá, chegue mais perto.

Me levantei e caminhei sentando na beira da cama sentindo as mãos De Rosalie tocar meu rosto em um puxão e murmurei.

- Ai!
- O que aprontou hein?
- Nada né? - Senti meu rosto ser virado de um lado ao outro, de um jeito meio forte.
- Calma.
- Por que está com o rosto machucado?
- Eu cai. - Levei um tapa na lateral da testa. - Por que me bateu?
- Por ter mentido.

Murmurei novamente um pouco baixo.

- Hum - um segundo tapa atinge minha cabeça.
- O que eu fiz dessa vez?
- Essa foi por me xingar mentalmente.
- Mas eu não xinguei.
- Ah é bom que não aprende a mentir. - Sorrio de leve olhando Rosalie, apesar de tudo ela continuava a mesma, com as mãos soltando meu rosto.
- O que fez para se machucar ?
- Cai de bicicleta.
- Melhor vender essa bicicleta ou ela vai acabar te matando - não aguentei e acabei rindo junto com Rosalie.
- Vou vender.
- Você não tem bicicleta, seu idiota!
- É, eu não tenho.
- Fala logo o que houve.

Respiro fundo tentando imaginar uma desculpa que funcionasse, mas Rosalie era difícil de ser enrolada, quando escuto a batida na porta, era Luke perguntando.

- Bom dia, atrapalho?
- Que nada, entra aí Luke - falei rápido para evitar a pergunta, o chamando com uma das mãos.
- Bom dia amor.

Me levantei e vi Luke dar um selinho em Rosalie, mesmo sendo algo simples, soltava um sorriso de Rose.

- Que horas tem?
- São 8:46.
- Droga! To atrasado para o trabalho. - Dei um beijo na cabeça de Rosalie com certa pressa.
- Volto mais tarde para te ver maninha, cuida dela Luke.

Dei um tapinha nas costas de Luke e abri a porta dando de cara com Darpheny, fechando a porta em seguida.

- Sabia que ia te encontrar aqui.
- Acabei pegando no sono.
- Por que sumiu?
- Estava resolvendo umas coisas...
- Que coisas?
- Dinheiro para pagar o tratamento da Rosalie.
- E para isso você está ficando assim?

Conversávamos com calma e baixo no corredor do hospital.

- Assim como?
- Olha seu rosto, você está distante.
- Podemos conversar com calma mais tarde?
- Já ouvi isso antes Lucas.
- Hoje, sem falta, lá em casa.
- Vou estar lá.
- Eu sei.

Selo meus lábios aos dela em um selinho breve e em seguida caminho para a saída do hospital, estava atrasado para o trabalho. Corri, ainda chegando atrasado, aquele dia ia ser tenso, fora a bronca do patrão e o restaurante cheio. Assim foi quase o dia todo, ao sair de lá tratei logo de resolver as questões do tratamento e remédios de Rosalie, foi um dia corrido e ao passar em uma lanchonete por acaso encontro ninguém menos que Joel que sinalizou assim que me viu entrando na lanchonete.

- Lucas!! Você por Aqui!
- Pois é Joel. - Caminhei até ele após o mesmo sinalizar com a mão, puxei a cadeira, me sentando na mesma mesa que ele e o vendo devorar uma pilha de panquecas de chocolate e então perguntei.
- O que quer?
- Conversar um pouco oras, para que mais seria?
- Sei lá.
- Enfim, como está sua irmã?

Pedi um café à garçonete com um gesto básico, não era a primeira vez que ia ali.

- Ta animada, ainda bem.
- Isso é bom, vai dar para bancar tudo com o que a Morgana te deu?
- Só por enquanto, mas já deu uma calma.
- Vai voltar para seu emprego no restaurante?
- Nunca saí.
- Devia se dedicar mais a lutar, o que você mostrou contra a Morgana, não é qualquer um que consegue.

Até o Fim Onde histórias criam vida. Descubra agora