Amazing Boys

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As vezes, as sociedades de toda a parte do mundo acham que todas as pessoas devem ser perfeitas. Só que, algumas vezes, essa teoria pode ficar errada. Na verdade, esta teoria é errada, pois Matheus era a parte diferente dessas pessoas. Ele era a imperfeição que todos falavam mal. Porém, eu acabei entrando na vida dele, e diz Matheus, que eu fui uma, dentre os amigos dele que entendeu todo esse mal.

- então, quer dizer que todos acham você diferente? - perguntei estranhando. Ele assentiu - mas isso não é bom? Quer dizer, eu acho que ser diferente é ser... Diferente. Quero dizer, você é diferente dos outros, não tem os mesmos pensamentos, não tem as mesmas escolhas que todos. Você tem uma opinião própria, você não segue os acordos da sociedade.
- Ahn, eu não sei explicar de outra forma, Juliane. Não é isso como você pensa. Eles acham que eu sou um estranho, um idiota que não sabe fazer as coisas do jeito certo, do jeito certo deles.

Ele estava realmente confuso, acho que esse assunto o deixa um tanto estressado.

Ficamos em silêncio, olhando para a TV que não passava nada que nos interessava. Parecíamos dois zumbis, sem dizer uma palavra sequer.

- sua mãe está dormindo, certo? - Matheus perguntou do nada.
- Bom, se ela não veio aqui se perguntando por ter um garoto no meu quarto, acho que está - falei o óbvio. Ele riu - bobo.
- amanhã vou irei te levar para ver eu e os meninos ensaiando - ele sorria, parecia que ele gostava mesmo do que fazia - aceita o meu contive, Juliane? - enfatizou meu nome.
- é claro que eu aceito, Matheus.

Ficamos conversando mais um pouco e Matheus disse que teria que ir embora. Justo, já eram duas da manhã e eu já estava com sono. Nos despedimos e ele se foi, agora, indo pela porta da frente.

Já eram 9 da manhã. Desliguei o despertador do celular e fui até o banheiro fazer minha higiene matinal. Saí do banheiro, já de banho tomado e ouço um toque do meu celular, e quando desbloqueei, era Matheus.

"
Matheuzito:

Bom dia, flor do dia! Você está linda só de toalha." - Não acredito no que estou lendo.

Olhei para a janela da sacada e Matheus estava acenando e sorrindo para mim. Surpresa, acabei rindo da situação e mandando um dedo para ele. Ele riu.

Fui até o celular e mandei mensagem:

"- Você é um pervertido!
- Hmm, obrigado pelo elogio, moça. Mas, será que poderia vir agora para ver eu e os meninos ensaiando?
- Ok, vou por uma roupa e já vou.
- Deixe a janela aberta, tá um vento bom hoje ;)
- Idiota. Kkk"

Bloqueei o celular e fui até a janela e Matheus continuava ali, olhando e rindo para mim. Mostrei a língua para ele e vejo seus lábios formarem a frase "quem da língua tá pedindo beijo", dei uma risada e mostrei o dedo para ele, fechando a janela com a cortina logo em seguida.

Peguei um short preto, minha regata roxa preferida e um chinelo preto. Nada tão chamativo, mas também nada tão feio.
Fui até a cozinha e peguei uma maçã, dei adeus pra minha mãe e saí de casa. Dei alguns passos para chegar até a casa do Neves e toquei a campainha. E eis que abre a porta.
- oi, entra - deu espaço para me deixar entrar - hmm, maçã. Deixa eu morder um pedaço.
- é um fruto proibido - dei uma mordida - proibido para você. To morrendo de fome, deixa eu tomar meu café!
- ai, tá bom, moça - brincou - me siga - fez uma voz engraçada, como se estivesse imitando um garçom, ou algo do tipo.

A casa de Matheus era linda. As cores eram brancas e o rodapé era azul. Tudo era bem arrumado, em seu devido lugar, e fotos do menino, bebê até criança estavam espalhadas pela casa. Ele era uma graça quando bebê.
- Matheus, você era um bebê tão fofo.
- eu sei. Eu fazia as mulheres se apaixonarem por mim - brincou.
- fazia né, porque agora...
- ah, Juliane. Eu ainda deixo as mulheres loucas - olhei para cara dele segurando o riso.
- sei.

Passamos pelo corredor, e Matheus abriu a porta para mim. Ela dava em uma garagem, e nela tinha duas guitarras, uma bateria e um baixo. Matheus pediu para sentar no sofá e esperar os meninos chegarem. Peguei meu celular e comecei a mexer nele.

- Juliane - Matheus chamou.
- sim? - Continuava a olhar o celular.
- tipo, será que você pode deixar isso em sigilo? Você é a primeira pessoa que vem ver nossos ensaios.. Apesar de que nossos vizinhos já tenham ouvido, e minha mãe visto. Enfim, você é a primeira.
- que isso, tudo bem - sorri - devo me sentir privilegiada quanto a isso?

Ele riu.

- deve.

Voltei minha atenção ao celular, mas os meninos tinham chego. Nos cumprimentamos e Matheus apresentou todos

- Então você é a famosa Juliane - Rafael comentou.
- Famosa? - Olhei para Matheus, e sorriamos.
- É, ele não parava de falar sobre você. - Thiago agora.
- Menina, você vai roubar meu homem - Lucas abraçou Matheus e o garoto de cabelos coloridos deu um soco no braço dele.
- Cala boca, Lucas - brincou.
- Então, vamos ensaiar? - Rafael pegou as baquetas e começou a tocar.

Eles começaram a tocar, e a música era Teenage Dream, da Katty Perry. Matheus não parava de olhar para mim, e sentir seu olhar sobre mim era estranho. Estranho do jeito bom.

Quando chegou a parte de Matheus, sua voz era rouca e forte, inexplicavelmente maravilhoso. Eu gostaria de ouvir a voz dele o dia inteiro.

Quando os meninos acabaram, eu aplaudi. Meio ridículo, mas foi incrível.

- Eu tenho orgulho de ser a primeira a ver o ensaio de vocês, sinceramente - sorri - sendo fã de vocês agora!
- E nós temos orgulho de você ser nossa fã. Fã número um - brincaram.

Agradeci a eles por aquele momento e que eu não esqueceria, mas logo disseram que eu era sempre bem-vinda para ouvir eles tocarem. Ser fã número um tem suas vantagens.

Abracei Matheus e me despedi dele, e fui embora para casa, ainda tendo os momentos que passei na casa dele em mente. Foi uma manhã barra tarde incrível.

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⏰ Última atualização: May 01, 2016 ⏰

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Meu amor psicopata || PK - Matheus NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora