12.

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- É uma longa história.

-Temos toda a manhã.

-Não temos não porque já tenho coisas planeadas para fazer-mos, não pensaste que iríamos só sair do hotel para trabalho pois não?

-Não mas pensei que hoje só iríamos sair por causa da reunião como é o primeiro dia.

-Temos que aproveitar logo desde o primeiro dia para conseguirmos ver o máximo.

-Tens razão e onde vamos?

-A um sítio que acho que vais gostar, e por falar nisso é melhor nos despachar-mos para irmos andando porque se não vamos estar lá muito pouco tempo. - avisou olhando para o relógio prateado que estava sempre no seu pulso

Acabamos de tomar o pequeno almoço numa grande rapidez e decidi não lhe perguntar mais nada sobre o que aconteceu na noite passada visto que já sabia que ele não me iria contar, toda a gente que diz "é uma longa história" é porque não quer falar sobre isso.

Apanhamos um táxi e fomos para um parque que se encontrava quase deserto, só se via meia dúzia de pessoas que levavam lá os filhos para brincarem ou então para passear os animais de estimação.

O verde predominava naquele lugar devido à relva e às arvores que faziam sombra para algumas mesas que se encontravam debaixo das mesmas.

-Chegamos.

-Isto é mesmo bonito, acertaste quando disseste que eu iría gostar.

-Suponho que não sabias da existência deste parque. - Thomas disse.

-Por acaso não. - admiti.

-É um dos parques mais populares aqui e também o maior de Canadá.

-Estou a ver que sabes muito sobre o Canadá.

-Apenas o essencial, já vim cá algumas vezes, vamos entrar ou vamos ficar aqui parados?

-Vamos entrar mal posso esperar por ver tudo.

Entramos e demos logo de caras com uma placa preta onde tinha escrito em letras brancas "Welcome Stanley Park" com os típicos símbolos em baixo com avisos.

Passamos cerca de uma hora a passear vendo todas as paisagens até que ficamos cansados e fomos sentar-nos na relva onde à nossa frente tinha um pequeno lago.

-Isto é mesmo giro faz-me lembrar imenso os passeios quando era mais nova.

-Sim é verdade deviam de existir parques assim onde vivemos.

-É verdade agora destroem tudo só para construir edifícios e as crianças perdem a oportunidade de ver estas coisas. - disse olhando para ele.

Levantei-me e foi em direção ao lago onde coloquei uma mão de forma a medir a temperatura da mesma que se encontrava morna.

Quando ouvi passos a aproximarem-se.

Levantei-me e nesse instante ele ficou ao meu lado a olhar para mim.

Virei-me na sua direção para ver se ele precisava de alguma coisa e consegui me aperceber que ele estava muito mais perto do que eu pensava e o seu olhar não desviava dos meus lábios.

Será que ele ia fazer aquilo que eu penso?

Eu olhava para todos os detalhes da sua face até que o meu olhar encontrou os seus lábios e aí olhei em seus olhos que estavam vidrados nos meus.

Ele aproximou-se mais e colocou a sua mão na minha cara de modo a levantá-la mais para ser mais fácil de a alcançar e com isso eu perdi-me no tempo e só acordei quando senti algo macio a tocar nos meus lábios. Era ele, ele estava a beijar-me.

Retribuí sem pensar duas vezes, apesar de ele ser como era eu sentia algo por ele, por mais que quisesse negar eu não podia.

O beijo foi-se intensificando até que tivemos que parar porque estávamos a ficar já com falta de ar.

Quando nos separamos foi muito constrangedor pois não sabíamos o que fazer visto que tinha sido muito repentino.

-Bem acho que é melhor voltar-mos já está quase na hora do almoço. - disse ele.

-Sim tens razão vamos andando.

POV Thomas

Tenho que admitir que mais feliz não poderia estar tinha conseguido finalmente beijá-la ou seja um passo já estava completo.

Não sei se ela hoje tinha sido tão fácil por causa daquilo que tinha acontecido no outro dia e a ter ameaçado ou se era porque ela finalmente interiorizou que até gostava de mim, mas isso também pouco me interessava o que eu queria mesmo era tê-la apenas para mim e mais nada.

Fomos a um restaurante onde almoçamos para irmos logo para a reunião pois já não tínhamos muito tempo.

(...)

Finalmente chegamos ao seu escritório e sentei-me junto a todos os outros.

Enquanto esperava juntamente com os outros que Dylan chegasse podia ver que Mia estava stressada pela maneira que pegava o seu bloco de notas. Não sei se ela estava assim pelo acontecimento de manhã ou por ser a primeira vez que faz isto ou então ambas as coisas.

A porta abriu de repente e vi Dylan a entrar apressado e cansado por provavelmente ter vindo a correr até aqui.

Sem demoras começamos e enquanto ele falava de vez em quando ia olhando para ela e muitas vezes a apanhava a olhar também mas desviava logo o olhar para o seu bloco fingindo estar a apontar algo lá.

Se o clima estava estranho? Muito mas eu até que estava a gostar.

POV Mia

Estava super nervosa pois não sabia ao certo o que ele queria que eu apontasse por isso quase que escrevia tudo o que era dito.

Para não me facilitar o trabalho ficava muitas vezes vidrada nele e quando ele me apanhava tentava ao máximo disfarçar apesar de não ser bem sucedida nisso.

Estávamos no final e eu tinha preenchido cerca de 5 páginas o que até era bastante mas mesmo assim não conseguia descontrair visto que não sabia se aquilo era útil e se algo me tinha escapado.

Todos saíram menos Thomas e Dylan e como era assistente dele permaneci também mas entratanto ele disse-me para esperar lá fora por alguma razão que para mim era desconhecida mas devia ser algo insignificante sobre o negócio visto que pelo o que eu tinha percebido consistia em investir muito dinheiro.














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