#AmyOn
Acordei passadas umas horas com uma dor de cabeça enorme, sentei-me na cama e senti uma tontura. O ar estava abafado, quente e pesado. Abri a janela mas o ar que entrava não era o suficiente... sentia uma enorme necessidade de ir lá fora. Abri a porta e desci, corri escadas a baixo e saí pela porta das traseiras. Fui até à orla do bosque e parei quando ouvi um uivo... tentei reconhecê-lo... não me era familiar mas também nenhum omega ousaria entrar no nosso território sem permissão do meu pai.
Fiquei à escuta, esperava ouvir outro uivo, esperava que alguma coisa mudasse... mas não, a única coisa diferente foi uma brisa vinda do interior da mata que trazia um cheiro a morangos com açúcar. Estava prestes a entrar no meio das árvores para seguir o cheiro quando o Simon me chamou.
Simon: Anda para dentro. O teu pai chamou-te à sua presença.
Quando voltei a virar a minha atenção para o bosque o cheiro já havia desaparecido, não havia nada no ar... virei costas às árvores e entrei em casa seguindo a voz do meu pai que estava quase aos berros com alguém que eu desconhecia. Aproximei-me da origem dos gritos e fiquei à porta da sala enquanto ele continuava ao telemóvel.
Pai: Amy, anda cá. – disse ele quando desligou a chamada – Como sabes, nestes próximos dias vamos receber convidados muito importantes. O Supremo alfa e a família vão ficar na antiga casa do Simon durante algum tempo e vêm mais alfas das alcateias vizinhas para algumas das casas que temos livres na aldeia. Espero que te comportes... e ninguém pode saber que não te transformas, isso seria a minha desonra. Percebeste?
Limitei-me a acenar que sim e ele continuou.
Pai: Hoje não quero que vás à festa. Arranja uma desculpa, não me interessa. Mas se o supremo te vir, provavelmente, vai querer ver a tua loba e isso correria mal. Hoje é uma festa de boas vindas, não quero stresses. Isso quer dizer também que não te quero ver a noite toda.
Assenti e dirigi-me para o quarto. Fechei a porta depois de entrar e fui tomar um longo banho. Depois vesti uns calções de pijama e um top e sentei-me à janela a olhar para o jardim. Algumas pessoas já haviam chegado.
#JamesOn
Cheguei a casa ao entardecer, faltavam apenas duas horas para a festa e eu tinha de me arranjar. Queria tomar banho e ainda tinha que escolher a roupa. Subi as escadas até ao meu quarto, pus a roupa que queria em cima da cama e fui para a casa de banho. Estava a tomar banho descontraído quando ouvi a porta a ser, lentamente, aberta.
Mel: Voltei... - disse ela enquanto abria ligeiramente a cortina do chuveiro para me dar um beijo – Vê se não demoras muito porque gostaria de tomar banho também, tenho que me arranjar.
Eu: Não te preocupes, dois minutos e podes vir... - ela gargalhou, ambos sabíamos que os meus dois minutos significavam pelo menos dez – Mas se quiseres podes vir já... - esbocei aquele sorriso malandro que ela tão bem conhecia.
Mel: Nem penses... aí, em vez de "dois" minutos, passas ai uma hora comigo. Despacha-te ou ligo a água fria. – ameaçou-me com um sorriso pouco convincente.
Passados quase cinco minutos saí do banho e fui para o quarto com a toalha enrolada na cintura. A Mel estava a "passear" com uma lingerie preta pelo quarto enquanto procurava o vestido que queria levar a festa. Não resisti, aproximei-me por trás e abracei-a. Tinha as minhas mãos na sua cintura e os lábios colados ao pescoço dela. Ela prendia um sorriso inocente nos lábios e gargalhava baixo e docemente. Depois de uns momentos de brincadeira ela beijou me e fugiu para o banho. Ainda tentei segui-la mas ela trancou a porta. Vesti-me, pus desodorizante e sai do quarto. Desci as escadas e fui até a sala onde meu pai me esperava. Passados uns minutos a Mel juntava-se a nós, peguei na mão dela e dirimo-nos até ao jardim das traseiras.
O jardim estava lindo, com mesas espalhadas, uma pista de dança e candeeiros espalhados de diversas cores leves como azul claro, verde, amarelo, laranja, entre outras. O Simon encontrava-se na orla do bosque a passear de mãos dadas com a Íris. Atravessei o jardim e fui ter com eles. Estivemos a conversar durante quase 20 minutos e só paramos com a chegada de alguns convidados.
Eu e a Melissa ficamos a receber os convidados com o meu pai. O Simon e a Íris estavam responsáveis pelas bebidas e o John e a Emily controlavam a música. Só no início da festa é que reparei que a Amy não estava presente, dei um beijo na bochecha da Mel e afastei-me à procura da minha irmã. Percorri o jardim todo à procura dela até que encontrei o nosso pai.
Eu: Sabes da Amy? Não a encontro em lago nenhum...
Pai: E ainda bem... - olhei-o confuso – Mandei-a para o quarto, ela não vem à festa.
Eu: Mas porquê? O que é que ela fez?
Pai: Eu mandei e a minha palavra basta, não quero confusões nem problemas. Hoje é uma noite de festa. – dito isto, virou-me costas e foi ter com o Simon.
Ele é tão injusto com a Amy, tão frio e insensível que me custa ver. Sem nada que pudesse fazer, regressei ao pé da minha companheira e continuei a receber convidados com ela. Não paravam de chegar alfas e lunas das alcateias vizinhas bem como familiares dos mesmos. Já deviam ter chegado quase 40 pessoas.
#MelOn
Quando James regressou à minha beira não parecia muito bem, parecia-me chateado com algo ou alguém. Queria perguntar-lhe o que se passava mas aquele não era nem o lugar nem o momento para isso. Teria de ficar para depois.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Into a wolf body
WerewolfAmy é uma rapariga de 16 anos e filha de um alfa. Ela é a vergonha do pai e o bem mais precioso do irmão. Sem loba e sem amigos ela vai ser completamente apanhada de surpresa. O Justin procura a sua companheira, sendo o futuro supremo falta lhe apen...