Prefácio:

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Alguns lugares e civilizações são simplesmente fascinantes e, mesmo que inconscientemente, acabamos hipnotizados por suas histórias e mistérios. É o que acontece, por exemplo, com os tão conhecidos gregos, com os romanos, os incas, maias e astecas. Quem não se fascina com seus deuses, arquitetura, estilo de vida...? Quando nós nos damos conta, parecemos em transe, levados pelas suas culturas repletas de riquezas.

Um autor com talento, boa pesquisa e imaginação encontra aí uma fonte inesgotável para suas histórias. Tanto é que a quantidade de filmes, livros, quadrinhos etc. do gênero é enorme, misturando fantasia com realidade de tal forma que perdemos a noção... o limite entre uma e outra.

Exatamente isso, é o que acontece com um povo que viveu entre o período de 3200 a.C. a 30 a.C., às margens do tão famoso e imensurável rio Nilo. Quem nunca se perguntou sobre as pirâmides, tão perfeitas... a Esfinge, tão enigmática... as múmias, tão intrigantes e sombrias... deuses, tão curiosos, e suas histórias, tão cheias de fascínios? Os egípcios antigos deixaram de existir há muitos e muitos anos, mas o impacto que conseguiram causar na História da humanidade foi tão grande que sempre serão lembrados como o incrível povo que, de fato, foram.

Desde crianças aos mais idosos, a magia do Egito Antigo nos captura, sem distinção. Ela nos traga involuntária ou voluntariamente e nos apresenta esse mundo deveras magnífico, criado por pessoas simples que mumificavam os seus mortos e que acreditavam em deuses com corpos que misturavam homens e animais. Afinal, o que seria lenda? O que realmente aconteceu? Essas perguntas ficarão para sempre... jamais serão respondidas, por mais que se esforcem os arqueólogos e egiptólogos modernos.

Diante de tamanha lacuna e tamanho esplendor, é claro que a arte não poderia deixar o Egito Antigo de fora. Como eu disse antes, um escritor com talento, boa pesquisa e imaginação encontra aí um poço infindável de influência; uma base firme, sólida e capaz de gerar uma história riquíssima. É exatamente o que acontece com Gustavo Drago e com este livro que está em suas mãos agora, Caro Leitor. O autor foi do Egito Antigo ao Egito Moderno, com uma trama verdadeiramente surpreendente, tensa, repleta de suspense e que prenderá você do início ao fim.

Sei disso, porque eu tive o privilégio de lê-lo bem antes de sua publicação. Confesso que sou muito crítico com o que se diz respeito a textos em prosa, talvez, por ser escritor também. Assim, são raros os livros para os quais eu tiro o chapéu... E o Relíquia conseguiu. Eu tiro o meu chapéu para esse livro!

Acompanhei alguns dos muitos e muitos anos de pesquisa e trabalho duro que o autor gastou para que, não só esse livro, mas o segundo livro também, atingissem merecido patamar. Note o texto bem feito em uma leitura que flui, os detalhes do enredo e a influência mais do que positiva de histórias como Tomb Raider, Indiana Jones e Relic Hunter (Caçadora de Relíquias). São inúmeras as obras baseadas no Egito, mas, a meu ver, sem dúvida alguma, a saga Relíquia merece destaque. Sei que, ao iniciar a leitura, Caro Leitor, você concordará comigo.

Conselho de amigo? Ao ler esses dois primeiros volumes, não hesite em mergulhar de cabeça... Eu lhe asseguro que será uma jornada inesquecível.

Boa viagem pelo Egito!


J. P. Balbino

(autor: A Seita do Caos)

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