-Ei, senta aí. Ainda temos tempo. -Jane olhou seu relógio de pulso e viu que o professor tinha razão.-Então jovem, o que faz aqui? -O professor deu outro gole no café.
-Não é meio óbvio? -Disse sentando-se.
-Se fosse eu não teria perguntado.
Os olhos de Jane se reviraram
-Estava comendo, esperando o tempo passar. O que não é da sua conta.
-Se você acabou de contar, deve ser.
-Mas foi você que insistiu... Seu infeliz, você joga sujo.
"E eu gosto."
-O que você quer, professor? -Continuou a menina, espantando aquele pensamento.
Ouve um silêncio e ambos apenas se encaravam.
-É errado querer seu seu amigo Srta. Smith?
-Talvez -Um ar de deboche foi ouvido, mas Jane se tocou que por mais interessante que era brincar com ele, o homem não deixava de ser seu professor. -Será que o senhor esqueceu o que falamos em alguns minutos? O seriado. Não se esqueça.
-Não me esquecerei da conversa constrangedora com uma aluna.
-Ótimo. -Jane falou sorrindo, pegando o café do professor e dando um gole. -Mas e aí, qual o problema?
-Problema? Nenhum. É que, cheguei na cidade em menos de uma semana e esperava ter pelo menos uma nova amizade, nem que seja apenas no trabalho. O que não aconteceu...
Quando o homem percebeu que já estava falando de mais para uma conversa com a aula e que não percebia isso pois estava hipnotizado por seus lábios, quis retirar-se.
-Mas de qualquer forma, já vou me retirando. Desculpe se não pareci profissional.
O homem pegou seu café e se saiu, porém, não bravo, mas nem tão satisfeito como queria. A campainha tocou mostrando que o homem havia ido embora.
Os sete minutos restantes foram de pura meditação a respeito do que acabara de acontecer. Quando seu tempo passou, Jane saiu caminhando para sua escola. Não deixando de pensar no homem, de um jeito certo é claro. Mas se bem que, pensar no professor nunca é certo.
A aula de Química parecia ser infinita, já que a jovem queria se desculpar. O que era estranho, ela nunca se desculpava. Tinha a chance de falar com a professora sobre a tal massa molecular que havia falado para Josh, mas a desculpa devia estar de pé até sexta, no baile.
Pegou um post it rosa e escreveu "desculpe", para colocar na porta da casa dele. Mas não naquele momento, iria na casa de Martina depois da aula, falar sobre qualquer coisa.
O sol já estava deixando as montanhas da cidade quando Jane avistou a enorme mansão. A casa de Martina estava perto, fazendo Jane suspirar de alegria.
Depois de falarem as novidades da escola -as quais Jane dormia ao escutar - resolveram ir ao cinema. O que garotas de fanfictions fazem normalmente.
Star Wars era o que brilhava na tela enorme do cinema, Jane revirava os olhos ao ver Martina roncando a seu lado.
-Martina nós discutimos antes de entrar na droga do cinema. Se fosse dormir iríamos pra casa. -Jane xingava na volta. A garota também não curtia, mas jamais dormiria.
-Jane deixa de ser chata. Aquela poltrona estava ótima para dormir.
-Martina só cale a boca e vamos. Idiota.
Ao chegar em casa, a grande casa de Martina as meninas subiram para comer uma pizza feita pela mãe quarentona de cabelos loiros de Marte. Pois diferente de Jane a menina ainda morava com seus pais.
Quando o relógio bateu 22h Jane foi embora indo pelo caminho de sempre. Ao dobrar na esquina com a rua dezoito, dois homens parados em uma parede encararam a menina.
-Onde você tá indo gatinha?
Jane passa quieta e quando pensa que eles não podem mais ouvir sua voz ela diz: IDIOTAS.
-O que você disse amorzinho?
-Bem o que você escutou querido -Jane respondera rapidamente pensando estar longe o suficiente de ambos. Mas se enganara.
Nessa hora que um dos homens a puxou pelo cabelo solto e a fez cair no chão. Um grito preencheu aquela rua. Seu joelho bateu no solo duro e rasgou sua calça preta, depois de uns segundos algumas partes começaram a sangrar. O outro homem se aproximou e levantou a menina com um puxão forte, segurando seu pulso.
Latidos eram escutados do outro lado da rua e de repente a mão que segurava a cintura da menina foi mordida. E passos foram escutados. Logo após isso, o segundo homem foi golpeado no rosto por um estranho. Um estranho com um cachorro.
Gritos eram ouvidos por mais que a rua quisesse permanecer em silêncio. Latidos e ruídos de dentes também teimavam com o silêncio. O soco no lado esquerdo do homem pareceu ter sido dolorido, já que Salatiel fizera anos de luta com seu pai.
Agora os homens gemiam de dor no chão. Salatiel colocou o braço de Jane em volta de seu pescoço e sua mão em volta da cintura da menina. A levantando do chão.
Por mais que tivesse machucado apenas seu joelho, ele ardia e escorria sangue.
Os dois começaram a andar em direção à casa do homem. E Spock logo atrás, com sua língua de fora.Tentou convencer o homem de que não deveria entrar em sua casa, mas fora ignorada. Ele levou a menina machucada para conhecer sua casa.
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