Capítulo 24

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Elsa - 2 dias depois

Pronto. Essa foi a última pilha de papéis a assinar por hoje. Minhas mãos doem e minhas costas estão me matando de tanto tempo sentada aqui.

Bom, assinar documentos foi uma maneira que arranjei para esquecer um pouco do que aconteceu essa semana. O acidente de Kristoff, a volta da minha tia e a carta que recebi dos rebeldes. Além do mais, farei 5 meses em poucos dias e deixei os afazeres do nenêm um pouco de lado.

Um pouco? Nem um nome eu e Jack havíamos pensado ainda!

Tudo bem, posso ter um desconto por tudo que está acontecendo nesses dias. Ora, tenho de ser rainha, esposa, irmã, cunhada e mulher em tempo integral.

Já fazem 2 dias desde que Asla apareceu e ela vem nos dizendo muita coisa sobre os rebeldes. Claro, sua localização e o porquê de estarem fazendo isso ela não quer revelar. Nem por nada nesse mundo. Mas acredito que ainda conseguiremos tirar isso dela.

É quando Jack entra pela porta.

--- Elsa! Está ai. --- vem em minha direção e para na minha frente, descansando uma das mãos no bolso e outra apoiada na mesa -- Mal temos nos falado essa semana.

--- Eu sei, Jack. --- digo e começo a me levantar da cadeira. Porém, uma forte dor de cabeça me vem de repente e torno a sentar --- Au!

--- Está tudo bem, amor? --- Jack pega minha mão e coloca meu cabelo para trás da orelha, acariciando minha bochecha depois. Sorrio.

--- Sim, sim, estou bem. Foi só uma dor de cabeça. Da gravidez. --- me levanto.

--- Que bom. E quanto a isso, como estamos? --- pergunta, depositando a mão esquerda sobre minha barriga que já aparece.

--- Acho que bem. --- coloco a minha mão por cima da dele --- Tenho dado mais atenção a outras coisas do que ao bebê. --- o abraço --- Sou uma mãe horrível.

--- Não é nada. --- ri --- Olha só, qualquer coisa, eu já tenho um nome para nosso filho.

Volto meu olhar para ele e levanto uma sombrancelha.

--- Tem? --- rio.

--- Sim. Pensa só: Jackson Junior de Arendelle.

Começo a gargalhar e apoio minha cabeça em seu ombro.

--- Jackson? Seu nome é Jackson?

--- Não. Mas o menino precisa de um nome. E como não podemos colocar o seu nome, colocamos o meu. Só um pouco mais requintado.

Então um pensamento me ocorre e olho pra Jack, sorrindo.

--- E se colocarmos o nome de meu pai?

--- Richard? --- pergunta.

--- Sim. Richard Frost de Arendelle. O que me diz? --- sorrio.

Ele sorri e me beija. Logo depois, ele fala:

--- Qualquer coisa pelo seu sorriso e sua felicidade, meu amor. --- sorrio ainda mais.

Jackson segura meus rosto com as mãos e gruda seus lábios aos meus. Seguro sua nuca e nosso beijo se intensifica. Só paramos quando o ar se faz necessário, mas, no final, acabamos matando a saudade um do outro.

Anna

--- Tem certeza? --- me certifico. Talvez, pela décima vez.

--- Sim, princesa. Ele acordou ontem à noite, quando a senhorita estava no palácio.

--- E como ele está?

--- Está totalmente lúcido. E perguntando por você.

Começo a pular de alegria. Meu coração bate rápido demais e sem pensar, dou um abraço no doutor.

--- Obrigada, obrigada e obrigada. Mesmo. --- olho em seus olhos, desfazendo o abraço.

--- Pelo que, princesa? --- pergunta.

--- O senhor o salvou. Serei eternamente grata por isso.

--- Por favor, me chame de Celso. E quanto a salvá-lo, não fiz mais do que minha obrigação.

--- Mesmo assim. Obrigada, doutor.... Celso! --- rimos --- Mas, me dê licença, porque eu preciso ver Kristoff agora.

--- Certo. Até, princesa. --- dou um abraço nele e saio em disparada para o quarto de Kris.

Logo chego e meu coração está batendo em total descompasso. Não consigo acreditar que ele está acordado e lúcido. Paro um pouco antes da porta e suspiro profundamente. Então abro a porta.

--- Anna!

Não consigo falar nada. Somente vou até ele e o abraço como se não o visse há anos. Um abraço forte e sentimental. Sinto seu cheiro e sinto seu coração batendo contra o peito. Sinto algumas lágrimas descerem de minha bochecha.

--- Kris. --- soluço --- Que saudade.

Encontro meu olhar com o seu e sorrio. Encostamos nossos narizes e roçamos um no outro. Até que, finalmente, nossos lábios se juntam num beijo. Seus lábios quentes sobre os meus, um beijo sentimental.

Assim que nosso beijo termina eu levo minha mão à sua bochecha e dou um beijo em sua testa.

--- Eu senti... --- soluço ---... tanto sua falta. E eu senti tanto medo, Kristoff.

As lágrimas descem e nem tenho vontade de secá-las. Apenas deixo-as correrem livremente.

Coloco minha cabeça sobre seu peito e soluço. Até que as mãos de Kris vêm em meu rosto, fazendo-me encará-lo. Seus olhos vermelhos e molhados como os meus.

--- Não precisa mais sentir, minha linda. Estou aqui. --- acaricia minha bochecha com seu polegar --- Estamos aqui.

Olho para ele e junto nossos lábios novamente, dessa vez, o beijo é lento e calmo. Depois que nos separamos, deito minha cabeça em seu peito e dou um grande suspiro.

--- Eu te amo. --- digo somente.

--- Também te amo demais, Anna. --- sorrio.

É quando um pensamento me ocorre e penso em como pude não pensar nessa possibilidade antes.

--- Kris, me dê licença em instante, preciso ligar para Elsa. Já volto.

Ele assente e saio do quarto. Pego meu celular e aperto no número de Elsa. Ela logo me atende.

--- Oi irmã.

--- Elsa, eu tenho uma ideia na cabeça e preciso de sua ajuda.

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Sim, eu sei, demorei. E muito.

Me desculpem mesmo mas obrigada a vocês que esperam por capítulo novo e ficam felizes com ele.

O que estão achando?

É isso por enquanto, bye e até o próximo capítulo!

Um amor congelanteOnde histórias criam vida. Descubra agora