Capítulo 4

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Meus dias de namoro com Cristy foram ótimos e confusos, sabe quando se é criança e tem um brinquedo que você quer muito, mas quando consegue acaba enjoando dele? Então, é quase isso, até pouco tempo eu não tinha noção do que era beijar na boca de uma garota, mas agora eu entendi oque todos falam, ela não é aquela garota, e mais importante, ela não é a Zoey, ainda mais agora que eu estou pronto, se ela aparecer eu saberei oque fazer, mas eu não vou ser o tipo de cara que larga ela para ficar com outra, espero que dure um pouco mais nosso lance.

Em um certo ponto do nosso relacionamento eu comecei a largar meus amigos, não que eu me orgulhe disso mas foi automático,  algo como eu estar com ela e não me importar com mais nada, na verdade, nem com ela, o relacionamento tomou um rumo mais superficial, eu saciar as vontades dela, ela as minhas, depois nos despedirmos e nos vermos no outro dia, sera que era para isso acontecer?

Amanhã é sexta e primeiro de abril, vou fazer uma surpresa para a Cristy, ainda não sei como essas coisas funcionam, eu apareço na porta dela com flores e os tios dela me expulsam? Vou tentar ser o mais educado possível, vou tentar não gaguejar quando falar meu nome, vou tentar, estava marcado que não teríamos aula no dia primeiro, então aproveitei para dormir até tarde. 

Acordei e olhei para meu relógio de mesa, ele marcava 11:00 horas em ponto, então me levantei e preparei um café, depois de toma-lo eu fui até a casa do Ted, a ultima vez que o vi, ele estava péssimo, espero que eu não tenha que lidar com isso de novo, não sou bom com pessoa chorando na minha frente. 

Respirei fundo e toquei a campainha, me surpreendeu a Sra. Ericksen ter atendido a porta.

- Oi D, procurando o Ted?

- Sim senhora, ele esta?

- Não, imaginei que ele tivesse o avisado - talvez ela não saiba a quanto tempo não nos falamos - ele foi morar por um tempo com a minha mãe, fora da cidade, depois do que aconteceu com o pai dele, ele achou melhor ficar isolado por uns tempos.

- Nossa, não imaginei que ele estivesse tão mal - eu disse, espantado - faz um mês e meio que não nos falamos, é difícil de acreditar que ele se mudou por conta própria.

- Se você esta imaginando que eu o mandei para lá...

- Não senhora, que isso, é só que ele e amava esse lugar entende, e ele não mencionou nada disso comigo no colégio.

- Eu entendo, imagino como esta difícil ele se acostumar com tudo isso, mas no final do ano ele volta, eu não tenho tempo para ir visita-lo, o trabalho esta puxando muito de mim, talvez você possa ir la, oque acha?

- Eu não sei - eu realmente não sabia, sair da cidade sozinho? - me passa o endereço dele por favor Sra. Ericksen.

E então ela me deu um papel com um endereço escrito, voltei para casa e procurei na internet onde ficava. Perto não era, mas não era tão longe quanto eu imaginei, preferi deixar para resolver isso depois de voltar da Cristy, que então eu resolveria com meus pais e chamaria o Kin, afinal, ele é amigo do Ted tanto quanto eu.

O tempo passou bem rápido, olhei para o relógio e já eram 19:00 horas então fui até o banheiro e tomei banho, depois bebi café, estava bem arrumado, estiloso, caminhei até uma floricultura na rua de trás e comprei um buque de rosas, elas eram lindas, sabia que ela gostaria. Eu tinha passado quase um vidro inteiro de perfume, o cabelo estava bem penteado, tinha um  buque de rosas nas mãos, não tinha como os tios dela não gostarem. Eu pretendia fumar enquanto estivesse indo, mas não quis ficar fedendo a cigarro então não fumei, a casa dela não era tão longe, na verdade parecia mais perto que nunca.

Quando cheguei em sua casa eu bati na campainha, a sua tia me atendeu.

- Ola, boa noite - disse ela com sorriso abobado no rosto.

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⏰ Última atualização: May 23, 2016 ⏰

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