7 - Quem é Gisele?

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Na mesa haviam três pratos rasos de acrílico na cor vermelho sangue, três copos altos de vidro transparente, três pares de garfo e faca acompanhado de três guardanapos despojados embaixo dos talheres ao lado de seus pratos. Uma panela de arroz, uma forma de lasanha de presunto e queijo, um pote de queijo ralado e outra forma com frango assado.

- A roupa serviu certinho em você F...ábio?

- Fábio, isso. Serviu sim dona...?

- Oh não, não me chame de dona. - risos - Me chame de Ana.

- Tudo bem dona, quer dizer Ana. - coçou a cabeça.

- Certo, sirvam-se enquanto eu pego o refrigerante na geladeira.

- Eu faço isso. - disse me levantando e cortando um pedaço da lasanha e colocando no prato de Fábio, cortei outro e coloquei no prato da minha mãe. - Pode pegar o frango Fábio. - ri para ele que estava sem graça sentado encolhido na cadeira.

- Não... eu espero vocês pegarem.

- Sem essa querido! - minha mãe disse pondo a coca na mesa. - Amor ponha o frango para o seu amigo.

- Pode deixar mãe. Coxa ou sobre-coxa?

- Coxa. - disse sem jeito. Me adiantei e coloquei arroz no seu prato e entreguei para ele.

- Podem comer, imagino que deve estar morrendo de fome depois desse susto.

- Muito dona Ana.

- Só Ana... - ela piscou se juntando a nós na mesa.

- Esqueci, me desculpe...

- Magina... mas então Fábio, onde você mora?

- Eu moro numa chácara no bairro Colinas, é uns dois bairros daqui.

- Nossa eu amo chácaras! - minha mãe disse pondo arroz no seu prato.

Eu levantei uma sobrancelha para ela porque sabia que ela não era fã de chácara bolhufas nenhuma. O que ela quer afinal?

- Sério? Bom... vocês podem ir lá um dia....

- Amaria, imagino que sua família seja grande não é?

- Sim.... tenho três irmãos mais velhos, O Thiago, o Carlos e o Eduardo, depois eu e por último a Elisa. Fora os meus pais, meus tios e primos.

- Nossa que interessante, vocês devem ser bem unidos...

- Meu pai faz o possível para nos manter unidos.

- Isso sim é um pai!

- Mãe...

- Certo, desculpe querido.

Comemos a comida conversando sobre vários assuntos e em nenhum momento tocamos no "ataque" , depois de comermos Fábio se ofereceu para lavar a louça, eu neguei e lavei eu mesmo. Ele só a secou e minha mãe guardou a sobra e varreu a casa.

Entramos no carro e fizemos o caminho que Fábio ditava, não demorou muito e meu celular tocou, era a Lu:

- Oi Lu!

- Oi amigo, queria saber da festa...

- Festa? Que festa?

- Nada de festas! - minha mãe falou.

- A que eu te disse na escola, lembra?

- Eu lembro, do menino da outra sala né?

- Ele mesmo!

Meu Lobo (Livro 1)✔Completo e *Revisando*Onde histórias criam vida. Descubra agora