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Na mesa haviam três pratos rasos de acrílico na cor vermelho sangue, três copos altos de vidro transparente, três pares de garfo e faca acompanhado de três guardanapos despojados embaixo dos talheres ao lado de seus pratos. Uma panela de arroz, uma forma de lasanha de presunto e queijo, um pote de queijo ralado e outra forma com frango assado.
- A roupa serviu certinho em você F...ábio?
- Fábio, isso. Serviu sim dona...?
- Oh não, não me chame de dona. - risos - Me chame de Ana.
- Tudo bem dona, quer dizer Ana. - coçou a cabeça.
- Certo, sirvam-se enquanto eu pego o refrigerante na geladeira.
- Eu faço isso. - disse me levantando e cortando um pedaço da lasanha e colocando no prato de Fábio, cortei outro e coloquei no prato da minha mãe. - Pode pegar o frango Fábio. - ri para ele que estava sem graça sentado encolhido na cadeira.
- Não... eu espero vocês pegarem.
- Sem essa querido! - minha mãe disse pondo a coca na mesa. - Amor ponha o frango para o seu amigo.
- Pode deixar mãe. Coxa ou sobre-coxa?
- Coxa. - disse sem jeito. Me adiantei e coloquei arroz no seu prato e entreguei para ele.
- Podem comer, imagino que deve estar morrendo de fome depois desse susto.
- Muito dona Ana.
- Só Ana... - ela piscou se juntando a nós na mesa.
- Esqueci, me desculpe...
- Magina... mas então Fábio, onde você mora?
- Eu moro numa chácara no bairro Colinas, é uns dois bairros daqui.
- Nossa eu amo chácaras! - minha mãe disse pondo arroz no seu prato.
Eu levantei uma sobrancelha para ela porque sabia que ela não era fã de chácara bolhufas nenhuma. O que ela quer afinal?
- Sério? Bom... vocês podem ir lá um dia....
- Amaria, imagino que sua família seja grande não é?
- Sim.... tenho três irmãos mais velhos, O Thiago, o Carlos e o Eduardo, depois eu e por último a Elisa. Fora os meus pais, meus tios e primos.
- Nossa que interessante, vocês devem ser bem unidos...
- Meu pai faz o possível para nos manter unidos.
- Isso sim é um pai!
- Mãe...
- Certo, desculpe querido.
Comemos a comida conversando sobre vários assuntos e em nenhum momento tocamos no "ataque" , depois de comermos Fábio se ofereceu para lavar a louça, eu neguei e lavei eu mesmo. Ele só a secou e minha mãe guardou a sobra e varreu a casa.
Entramos no carro e fizemos o caminho que Fábio ditava, não demorou muito e meu celular tocou, era a Lu:
- Oi Lu!
- Oi amigo, queria saber da festa...
- Festa? Que festa?
- Nada de festas! - minha mãe falou.
- A que eu te disse na escola, lembra?
- Eu lembro, do menino da outra sala né?
- Ele mesmo!
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Meu Lobo (Livro 1)✔Completo e *Revisando*
WerewolfO amor segue uma direção só. Não importa raça, cor, gênero, religião e opção sexual, muito menos o sobrenatural sai desta lista. Fábio e Luis vão mostrar que o amor entre dois homens pode ser puro e verdadeiro, passarão pelo orgulho até então hétero...