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"Com qual eu vou?" Pergunto animada para Vanessa que já está  com seu vestido colado no corpo. Levanto duas opções de vestidos na sua frente. Ela pensa, pensa de novo e pensa mais uma vez.

"Acho que você não deveria ir de vestido" Ela fala de um jeito que me afeta. O que tem de mais nos meus vestidos?

"Por que?" Pergunto a ela. Se não for esses vestidos, com qual roupa eu vou? Começo a me desanimar.

"Acho que você deveria ir com o macaquinho bege" Ela encolhe os ombros. Que macaquinho bege?

"Não tenho denhum macaquinho bege, Vanessa!" Ela finalmente enlouqueceu de vez.

"Sim você tem" ela fala calma "um que você usou na praia de noite quando eu fiquei com o Pedro" ri de sua resposta

"Branco" ela fez uma cara confusa " ele é branco" digo e ela solta um tanto faz e continua sua maquiagem. Saio do seu quarto e vou em direção ao meu.

Procuro o macaquinho que é feito de tecido leve e o visto. Sento na penteadeira e começo a me maquiar. Depois ajeito meus cachos que estão um pouco rebeldes hoje.

Pronta.

Volto no quarto da Vanessa e a mesma está pronta sentada na cama falando no celular, aposto que com o Pedro. Ugh, casais.

Ela nota minha presença e se apressa em deligar. Vamos até a garagem, hoje decidimos sair com o carro dela. E enfim partimos em direção a Calourada.

[...]
 
Já dispensei uns cinco bêbados e estou nesse exato momento fugindo de um e indo em direção a piscina da festa. Lá parece ter menos gente louca.

Tiro minhas rasteirinhas,coloco meus pés dentro e me sento na borda da piscina enquanto vejo várias pessoas dançarem. Fico por um bom tempo em paz, amo festas, mas amo festas sentada. Riu com meus pensamentos e relaxo por mais 3 minutinhos até sentir uma grande dor nos meus dedos da mão. Ouch! Olho para o lado e vejo um bêbado se agaichando em minha direção. Oh não!

"Dexcupa prinxe-za" um louco com bafo de cachaça pura fala. Ele está agora sentado do meu lado tentando passar suas mãos pelos meus ombros. Acho que para me aproximar. Mas eu evito seu gesto e tiro sua mão de meu redor. "Gostei de vo-cê" ele fala soluçando, o cheiro da cachaça parece ficar cada vez mais forte. "Me beixa, beiza, be-i-ja" riu da dificuldade que ele tem de falar beija e me desviu da sua tentativa de colar nossos lábios.

Ele fica tentando me beijar por mais tempo até que um garoto aparece do seu lado "te achei, cara" ele se aproxima e puxa o bêbado pra cima e só então posso ver o quão bonito os dois são. Dois morenos, um de cabelo cacheado e o outro de cabelo loiro pintado e barba.

"Eu tô namorando, parce-ro, não atreapalhie" o cacheado fala enrolado e eu começo a rir envergonhada.

"Desculpa, acho que ele bebeu demais" o moreno de barba fala. "Acho que seu dedo está sangrando" ele fala apontando pra minha mão. Droga. O idiota do amigo dele fez isso comigo quando pisou na minha mão.

"Seu amigo pisou sem querer na minha mão" digo levantando.

"Sinto muito, ele passou dos limites por hoje" ele diz envergonhado pela ação do amigo. Ele fica batendo a mão no bolso procurando algo e quando acha estende a mão em minha direção. Um band-aid. Eu aceito e enrolo sobre a ponta do meu dedo indicador.

"Obrigada" digo já caminhando na sua direção oposta até que sou enterrompida por sua mão que rodeia meu braço.

"Qual seu nome?" Ele pergunta.

"Vitória" respondo.

"Ok Vitória, será que você se importaria de me ajudar a levá-lo para o meu carro?" ele pergunta passando a palma da mão na parte de tras do seu pescoço.
 
"Claro" respondo de imediato o ajudando a pegar seu amigo bêbado que agora resolveu calar sua boca, ainda bem.

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