14.

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"Já conversamos e está tudo resolvido, nós dois queremos a mesma coisa" digo e ele guia sua atenção para a estrada e ri um pouco. Estou começando a odiar seus risos enquanto estamos discutindo.

"Não vou te forçar a se relacionar comigo, mas não quero que isso acabe" ele olha de relance para mim.

Não nego, também quero sentir seu corpo no meu ainda. E confesso que me apaixonei por sua foda, mas não é nada demais, me viciei em seu sexo e não nele.

"Não foi isso que você disse mais cedo" Eu sei que não estou ajudando, mas estou com raiva, então foda-se.

"Apenas concordei com o que você disse" ele diz e olha para mim novamente.

Não vou discutir com ele, já percebi que isso é perca de tempo.

"Ok" digo e encosto minha cabeça na janela do vidro para me acalmar vendo a estrada la fora.

"Não fica com raiva de mim, ok? Eu só costumo falar as coisas sem pensar" ele diz e eu viro minha atenção para ele.

Zayn parece arrependido, ele guia suas mãos para minha coxa e começa a alisar a mesma.

"Tudo bem, só não esqueça que eu costumo não esquecer das coisas que falam" digo e ele me encara.

"Vou anotar isso" ele diz brincalhão e arranca uma risada de mim.

O resto da viagem foi calmo, de vez em quando Zayn olhava para mim, acho que para verificar se estavamos bem ou não. Ficamos calados pelo resto do caminho até chegarmos em frente da minha casa, o convido para entrar mas não queria que o mesmo aceitasse, realmente não consegui esquecer o que ele me disse mais cedo. Ele não aceita o pedido pois ainda estava com a mesma roupa de ontem e que queria trocar de roupa, não contrario a sua decisão e então ele segue para sua casa, eu acho.

Estou muito chateada com tudo o que aconteceu hoje cedo, não queria que ele tivesse dito tais palavras que tanto me machucaram. Eu no fundo queria que ele dissesse que eu estava cometendo um erro e que ele não me machucaria, mas não, ele não fez isso. Ele simplesmente concordou comigo e continuou com seu nariz empinado como se nenhuma palavra minha o afetasse. Mas o que eu queria que acontecesse? Que ele corresse atrás de mim? Ás vezes queria que existisse uma máquina que fazem as pessoas trocarem de corpos e vidas quando já tivessem enjoado das delas, quem me dera acordar sendo Selena Gomez quando enjoasse de ser Vitória Holanda, ou talvez sendo Ariana Grande com sua beleza e voz cativantes. Infelizmente essa máquina não existe e eu sou obrigada a ter que me aturar, aturar minhas decisões erradas e meus ataques de trouxisses.

Passo feito um flash pela recepção e ignoro o Boa tarde que Dylan me deu quando passei por sua mesa. Entro no elevador e aperto o número do meu andar, rezo mentalmente para que mais ninguém entre, não quero conversar.

A música irritante do elevador começa a tocar e eu conto até dez para não sair quebrando tudo aqui dentro, não sei o que está acontecendo, mas tudo e todos resolveram me irritar hoje.

A porta do elevador abre e eu sigo pelo corredor até chegar no meu apartamento, olho a hora no meu celular que está na minha mão e vejo que já vai dar 16:30. Vanessa já deve ter chegado, espero que ela esteja dormindo, não quero receber perguntas.

Entro no apartamento e não vejo sinal da Vanessa aqui no andar de baixo, sigo silenciosamente para a escada e quando chego ao topo delas vou para o meu quarto. Evito o máximo de barulho possivel, para que se Vanessa esteja em seu quarto, que de lá não precise sair.

Destranco a porta do meu quarto e me jogo na cama. Depois de alguns minutos deitada sinto leves pontadas na minha barriga. Oh não!

Não, não, não, não.

Wrong Onde histórias criam vida. Descubra agora