Eu não sei ao certo como se começa um livro, mas eu acho que talvez seja com a minha apresentação formal. Chamo-me Mackenzie Rech, o Rech se pronuncia como se escreve mesmo. Ganhei esse livro em meu 17º aniversário há alguns dias, minha mãe o entregou para relatar aqui a minha vida, minhas histórias, algo interessante que algum dia, quando eu ler, me lembre de que eu tive uma vida que valeu a pena.Minha mãe se chama Katie, tem 42 anos, é bancária, ela é meu modelo ideal de mulher, embora ela seja irritante às vezes, mas creio que isso aconteça com todas as mães. Ela se casou de novo recentemente com o meu padrasto, Fred, ele é legal, não tanto quanto o meu pai, claro, gosto dele, embora ele tenha o nome de um cachorro que eu tinha aos 8 anos. Moro sozinha com a minha mãe, não tenho irmãos, infelizmente, sempre quis ter um. Meu pai, Alex, mora em uma cidade a uns 138 km daqui, é policial e é super protetor em 99,9% do tempo, mas amo ele também.
O que mudou na minha vida depois dos 17 anos? Bom, até agora nada, a não ser algumas espinhas a mais, alguns momentos de raiva excessiva que nós adolescentes temos. Mas o lado bom é crescer, mudar, deixar de ser aquela gordinha e baixinha que usava óculos e aparelho que era constantemente zoada por garotos e algumas que só dirigiam a palavra a mim para me chamar de quatro olhos e boca de cadeia, mas esse tipo de coisa acontece. E se você riu disso com certeza se identificou com a situação.
Estudo em um colégio particular que fica a poucas quadras da minha casa. Estou no último ano do colégio. E minha sala... Bom, eu amo todos eles, estudo com a maioria há anos, inclusive com a minha melhor amiga, Luna. Conheço-a nem mais nem menos que 12 anos, praticamente minha vida inteira, nela eu confio de olhos fechados.
E tem um garoto do último ano, o Theo. Eu sou apaixonada nesse menino faz no mínimo uns três anos, mas nunca tive uma conversa com ele que durasse mais que cinco minutos, era muito frustrante. Ele era aquele típico deus grego no colegial, participava do time de futebol, era inteligente, simpático e extremamente bonito, clichê, eu sei. Ele iluminava a escola com aquele cabelo loiro queimado de sol e seus olhos azuis da cor do mar. Não tinha como não se apaixonar.
O problema de tudo isso tinha nome, telefone e endereço. Chama-se Ashley, a típica menina de família rica que estava acostumada a ter tudo que queria e quando ela queria. De uns tempos para cá notei que ela tinha se aproximado bastante de Theo, e isso começou a me preocupar, porque quando ela colocava uma coisa na cabeça, não tinha um santo que a fazia mudar de ideia.
Era uma terça-feira, um pouco antes do almoço, estava da na aula de Literatura. Luna estava jogando em seu celular, como de costume.
- Psiu – disse olhando fixamente para Luna
- Hm? – respondeu ainda olhando para seu celular
- Impressão minha ou a Ashley anda bem amiguinha do Theo ultimamente – falei baixinho, mas dando ênfase na "amiguinha".
- Pensei a mesma coisa. Ouvi falar que a Jessie – uma das vadias babonas que andava atrás de Ashley – vai dar uma festa nessa sexta-feira e deixou bem claro que o Theo TINHA que ir - Luna tentava imitar o jeito de Ashley falar, tive que segurar o riso.
- Queria poder ir nessa festa. Sempre que a Jessie da uma festa, acaba virando o assunto mais comentado da escola por semanas – Luna concordou com a cabeça, ainda jogando aquele maldito Candy Crush
- E porque vocês não vão a tal festa? – disse uma voz avulsa na sala. Era Jake, um dos jogadores do time de futebol, ele era um amor de pessoa, um dos meus melhores amigos.
- Por que a Jessie nunca convidaria mera mortais como nós?! – disse Luna num tom sarcástico.
- Ela não precisa convidar – retrucou Jake.
- Hen? – fiz uma expressão de dúvida
- Simples, vocês vem comigo, como minhas acompanhantes.
- Por mim fechou – disse Luna esticando a mão para dar um tapinha no ombro de Alex.
- Vamos ver no que vai dar – disse quase para mim mesma.
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Capitão
Dla nastolatkówEles dizem que o amor de verão é passageiro. Mas algumas vezes o que começa como passageiro, pode levar até a coisa de verdade. Uma simples viagem à praia pode ser tudo o que precisamos para clarear nossas mentes e abrir nossas cabeças, e escrever u...