'Entenda'

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Era a semana patriota da escola. O grêmio estava enlouquecido indo de cima a baixo para fazer com que aquele ano fosse perfeito. A diretora Ângela dava todo apoio para os estudantes naquele momento, não havia testes ou provas aquela semana, mas tudo na escola teria que ser voltado ao país, ao Brasil: cultura, história, política, ideologias, religiões, economia... Uma das metas da Buggard é fazer com que os alunos saibam e entendam seu país e a situação que ele está, de maneira imparcial explicam sobre esses assuntos e ensinam a dar valor a cultura e tradições regionais.

— Está linda essa escola verde e amarela! — Comentou Lia entrando no colégio com as amigas.

— Isso é só a entrada — falava Mel, que participava do comitê de cultura — cada Ala da escola é uma região e a gente tentou dividir em estados, a Ala 3 que fica o pátio, quadras e tudo mais, ficou com o nordeste, afinal, são muitos estados.

— E tem comidas típicas? — Lia perguntou ansiosa querendo correr para lá se tivesse acarajé.

— Nos horários das refeições que nos foi permitido. — respondeu a representante.

— Quem vai aproveitar mais são as crianças que ficam aqui o dia todo! — disse Anne.

— Eu estou amando tudo isso! Minha escola está linda representando meu país! — Jess, patriota que só, se maravilhava — E ainda é segunda-feira!

— Terá toda uma festividade durante a semana sobre as 5 regiões do Brasil, mostrando a história, heróis, comidas, culturas, tudo um pouco. — Mel explicava mais — hoje é o Sul!

— Meu Deus, que incrível!— Jess pulava de alegria. No ano anterior, com a direção antiga, não tinham feito muita coisa, foi apenas o hino sendo cantado, um cardápio diferente na hora das refeições e trabalhos nas salas. Esse ano ela vê a oportunidade de compartilhar as histórias dos índios que o avô dela sempre contava.

— Ainda tem o fechamento que é no sábado. De verdade, gente, Abril nunca mais na minha vida! — Mel desabafou e com pena, Jasmine lhe deu um abraço.

— Fica assim não... — consolava e Mel se aconchegava no abraço — a semana já está acabando.

— Mas parou o drama, que ainda tem muita coisa para acontecer nessa escola! — Anne animou as meninas e entraram na escola.


— Tudo bem... tudo bem... — Sophia tinha suas ideias pipocando na cabeça e estava pronta para contar a Kelly. — o grande auge de tudo vai ser no sábado, que vai ter as apresentações de banda, de dança, competições e o fechamento.

— E vai ser nesse dia que vamos agir. Tenho ideias... se a gente fizesse deixar cair comida em cima dela no horário do almoço?

— É bom, mas tem que ser algo grande, e que a gente saia ilesa. E se a gente colocar alguém nisso essas pessoas também devem escapar. Ela tem que achar que é o pior dia da vida dela.

— Pense em algumas coisas junto comigo, e maneiras da gente escapar, é claro! Vou falar com Jane! — Kelly pega o celular para chamar a amiga, mas Sophia a impediu.

— Vai fazer isso nada! Jane 'ta estranha... O namorado dela tem conversado muito com ela. Ele brigou com ela da outra vez, lembra?

— O Edu é um chato, isso sim! Tantos garotos...

— E é por isso que a gente vai deixar ela fora. Eles só podem atrapalhar mais. Temos que resolver nós por nós mesmas.


As aulas aquela semana haviam diminuído para que os alunos apreciassem as festividades na escola e que houvesse a interação proposta para eles sobre o Brasil. Os alunos do 3° ano apresentavam trabalhos para os alunos e professores. Na hora do almoço comidas típicas da região estavam sendo servidas para os alunos da escola. Lia e suas amigas se esbaldaram no churrasco, arroz carreteiro e outras comidas e doces comuns na região sul do país.

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