Capítulo Quatro

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Eu estava me esforçando muito para não pensar mais nos meus sentimentos -que foram dilacerados a propósito-.  A Brianna estava totalmente certa. O que é muito fora do comum, já que ela nunca foi a voz da razão e tudo mais. 

Eu realmente acho que estou tomando a atitude certa em relação a tudo isso.

Mas mesmo que eu tenha decidido deixar a minha história com Prescott para trás e tomar uma atitude nobre para com o reino, algo que meu cérebro concorda total e absolutamente, o imbecil do meu coração ainda está se agarrado a cada lembrança e cada sentimento relacionado a ele. E isso é um saco.

Odeio me sentir assim, dividida. Odeio que toda maldita vez que eu pense , mesmo que só no seu nome, meu estômago pareça estar sendo atingido por um tornado de borboletas. Odeio isso.

Droga preciso parar de pensar nisso!

Acelero o passo enquanto cruzo o estacionamento do campus até o meu carro -que na verdade não é meu, mas isso não é importante-. As meninas já haviam ido para os seus respectivos afazeres, a mais ou menos uma hora, depois da nossa conversa. 

Eu podia sentir que algumas pessoas estavam me olhando, talvez esperando a monarca fazer alguma besteira ou fracassar miseravelmente, o que pra mim não era nenhuma surpresa, na verdade muito pelo contrario, eu tinha plena consciência de que as pessoas não eram muito minhas fãs e que na maioria me achavam mimada e imprudente . Elas ficavam preocupadas que se algo acontecesse com meu irmão quem assumiria o trono seria eu. 

Balancei a cabeça afastando o pensamento e me focando em chegar o mais rápido possível na minha vaga no estacionamento. Peguei as minhas chaves no bolso traseiro do meu jeans, e parei ao lado,  mas quando levanto a cabeça pra colocar a chave na tranca para abrir o carro, ele não está lá. Em vez do carro, encontro a vaga vazia, sem nenhum sinal dele.

Ué cadê meu carro? Mas que merda, não acredito que me roubaram!

Olho em volta desesperadamente e tiro o telefone, do bolso do casaco que eu estava usando, pronta para discar pra Lola pedindo socorro, mas um agente -do palácio- se aproxima de mim. 

Mas que merda ...eu to ferrada, muito ferrada mesmo! 

Hoje de manhã, quando pedi o carro a Zach, eu disse que ia pedir para alguns seguranças irem comigo, mas na verdade eu me livrei deles -fazer o que? sou boa em despistar- e eu estava rezando para que eles não me achassem, pelo menos até eu voltar pra casa.

-Alteza -ele faz uma reverência e logo depois cruzou as mãos na frente do corpo e fez um gesto com a cabeça, sinalizando a saída do estacionamento, antes de concluir- Preciso que venha conosco - disse. Assenti me dando por vencida e o acompanhando para longe da vaga. Discretamente ele disse a sua lapela -A safira esta sendo conduzida.- ouviu calmamente o que lhe era dito do outro lado, e então voltou a falar - lado oeste da área, a meia noite -e eu acho que isso foi a nossa localização.

 Paramos próximo ao prédio de biológicas, que era amplo e polido. Tudo nele se encontrava em branco e inox. As janelas e portas, e alguns detalhes arquitetônicos que davam um chame moderno a construção, todos em inox. O que me lembrava muito hospitais. Mas a semelhança era só essa , pois a área era extremamente arborizada, composta por colunas que terminavam em arcos abobadados, com bancos modernos dispostos por toda a extensão, e alguns até com mesinhas pra que fosse possível se estudar na parte externa do prédio também .

 Segundos depois seis homens uniformizados ,incluindo Prescott , vinham na nossa direção. Fazendo os alunos do campus ficarem alarmados e curiosos para a comoção que estava acontecendo bem no meio do estacionamento.

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