II.

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- Tem um bocado de sal a mais.

-Ao menos tentei, para a próxima cozinhas tu.

Soltei um sorriso que me foi correspondido imediatamente.
Peguei a faca com a outra mão e comecei a comer o almoço preparado pelo meu querido primo.

-Não vais faltar hoje às aulas pois não Colson?- Perguntou sem me olhar.

-Não sei quais são os planos da Nair.- respondo sem um pouco de interesse.

-Eu gosto dessa muida, ela ajudou te quando mais precisavas, mas tu sabes que não é correto ires pelos maus caminhos miúda.- Ele falava como se nunca me disse se aquilo.

-Sei.- respondi apenas para tentar fugir ao assunto.

-O que vais fazer amanhã?

-Ainda não decidi, estou sem imaginação.

- Já pensaste em deixar um dia desses em branco?

A sua pergunta foi me posta em mente mas logo encontrei a resposta.

-Vamos mudar de assunto.- respondi.

- É verdade, hoje não tens aquele tal encontro tão esperado pelo Daniel?- Perguntou enquanto se perdia no sabor da comida.

-O miúdo não me deixa em paz, se eu não aceita se ele era capaz de cortar os pulsos.- fiz movimentos com as mãos como se estivesse a fazê lo a mim mesma.

-Sempre tão dramática...- disse com um sorriso.

Continuamos a comer até que o meu telemóvel toca, não olhei para a tela mas atendi.

I.d.L

-Olá Baby.

-E então? Onde estás?

-Olha estive a passar por umas lojas aqui perto da cidade e gostei imenso de algumas roupas, o que achas de virmos cá dar uma volta?

-Acho uma excelente ideia!

-Queres que te vá buscar? Onde estás?

-Estou em casa do Ash, ele decidiu fazer um almoço especial de arroz e carne. Mas não é preciso eu apanho um autocarro para aí, beijos.

-Beijos.

F.d.L.

Apressei me a comer o resto da comida.

-Queres dinheiro?- Ele percebeu que ir às aulas não era dos meus planos.

-Não é preciso, eu não chego tarde a casa não te preocupes.

-E o jantar com o Daniel?

-Tens razão! Afinal não nos vemos tão cedo. Um beijo.

Aproximei me dele e dei lhe um beijo na bochecha e dirigi me para fora de casa.

(...)

As ruas perto da cidade eram envolvidas com centenas de folhas das árvores de vários tons. Tirei o meu maço do blusão preto e tirei um cigarro metendo-o em seguida nos lábios e tomando na chama do isqueiro sugando em seguida o fumo do tabaco.

Já havia passado 10 minutos desde que sai do autocarro e me pus a caminho do café onde estava a Nair.

As ruas são lindas cá em Portugal, cada detalhe é lindo, cada casa, fonte de água, esculturas, e até mesmo os passadiços.

-Estava a ver que nunca mais, Colson.-ela disse após me ter sentado à sua frente.

-O autocarro atrasou se.- Bem, foi verdade, o autocarro demorou cerca de 15 minutos a aparecer na paragem.

ColsonOnde histórias criam vida. Descubra agora