Cap 5 Decepção

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Clear decidiu seguir os conselhos da mãe e ir atras de Antony.

Foi com o motorista;a fazenda se chamava a "Paixão do Velho Oeste".
Chegou perto do meio dia,um dos empregados veio abrir o grande portão de madeira,Clear desceu do carro e mandou o motorista esperar,era só o tempo de convenser Antony a pegar suas coisas e voltar com ela.

Não suportava aquele lugar,mato pedra e lama,mosquito,bicho...fedor..

Argh

Dirigiu-se até o portão onde o peão lhe comprimentou com um aceno de cabeca.

-Onde tá Antony?-Perguntou matando um borrachudo que pousou no seu braço.

- Patrão tá tomando banho de cachoeira.-Respondeu o peão com um certo constrangimento.

-Ótimo eu vou até lá.-Mas foi impedida de passar,o empregado a segurou firme pelo braço.-Oxe,me solte...

-A senhora não deve ir até lá.-O empregado sussurrou com o seu bafo de capim mastigado,e o nariz tão vermelho que parecia ter levado um murro.

-Pronto,agora é que eu vou.-Clear se irritou,o que diabos o peão estava tentando esconder dela?

-Oxe vai nada!- retrucou arrochando mais o braco da ruiva.

-Me solta nojento.-Clear tentou recuperar o braço,mais foi inútil.-Me dê um motivo pra eu num ir.

-São ordens do patrão,ninguém deve incomodar.

-Eu sou mulher do patrão seu abusado,e se não deixar eu passar,eu grito,portanto solte meu braço agora.

O empregado teve medo e fez o que Clear pediu.

-Mas...

-Saia já da minha frente,não tente me impedir...-Ela retrucou indignada,ainda não havia conhecido aquele empregado,não gostou nem um pouco dele,ia mandar Antony demiti-lo.

-Olha oque eu sei fazer!-Ele exclamou improvisando uma salsa com movimentos de quadris bem moles de um lado para o outro,as pernas acompanhando,derrepente acendeu um cigarro enquanto ainda bailava e pois-se a baforar.

-Sai daqui.-Clear o empurrou e o empregado caiu de cara em um monte de escremento de vaca,apagando seu cigarro.

Clear deu a volta na grande casa da fazenda,com suas paredes brancas e telhado vermelho,a fumaça da chaminé itupindo o çeu azul celeste,a cachoeira ficava do lado esquerdo,passou por alguns empregados que cuidavam dos diversos animais.

Subiu e desceu um morro,chegando numa vala de caminho estreito e ingreme em zigue zague circundado por árvores e arbustos,ainda bem que estava de sandália baixa.
Ao longe mesclado com o barulho dos passáros,ouviu o ruído grave da cachoeira,e sobre o ruído das águas insessantes risos estridentes.

Isso a deixou com uma pulga enorme atrás da orelha,apressou o passo,e agora que estava mais próxima notou que eram risos femininos;oque diabos estaria acontecendo?
Sentiu o sangue fervendo nas véias,já imaginando oque estaria por vir,a poucos passos da cachoeira,esgueirou-se entre um arbusto e o tronco de uma árvore e viu uma cena depravante e inesperada;seu amado Antony tomando banho na cachoeira com duas belas mulheres,uma mais madura de cabelos compridos e negros,e a outra mais jovem e loira,as duas estavam de roupa e Antony também,mas isso não abrandava a culpa dele.Os três riam gostosamente como criaaças na hora do intervalo e jogavam água na cara um dos outros.

"Safado!"Clear exclamou possessa de raiva,as pernas trêmulas e o cgarção sagrando.Nunca imaginou uma cena dessas,Antony era burro,mal educado,sujo...rude...demente,sequelado,ignorante,fedido,lento,estupido,jumento,escroto...mas cafageste?Isso foi um choque terrível,ele não merecia perdão.
Sentiu lágrimas brotarem dos seus olhos,e um nó se formar em sua garganta,por isso o peão não queria que ela vinhesse até a cachoeira.Antony não queria ser incomodado.
Tava explicado porquê,tava explicado também o motivo de Antony não querer voltar pra casa,ele tinha uma loira e uma morena,cansou da ruiva.

Não ela não podia continuar alí ouvindo aqueles risos que lhe davam náuseas,também não tinha corajem de ir até lá,deu as costas aos três e refez o caminho de volta,destruída e soluçado de tanto chorar.Na sua cabeca passando um filme dos momentos bons que tiveram,e uma certeza,"Não iria perdoar ele nunca!"

Enquanto isso...

O pequeno jato aterrissou na ilha perto da praia,e Kevin correu radiante,saiu lá de dentro uma mulher de meia idade,rechonchuda e loira,um lenço colorido esvoaçante no pescoço e óculos escuros.

Falou algo que o vilão não compreendeu,pelo sotaque era italiana.

_Me leva embora daqui._Implorou segurando no braço da mulher que suspirou ao ver o corpinho do náufrago,e mesmo sem entender nada que ele falou também,o colocou no jato e o levou consigo rumo a Veneza,no seu apartamento cinco estrelas.
A velha era uma executiva muito rica que nas férias viaja o mundo com seu jatinho,adorava ser pilota nas horas vagas.E Kevin já sabia oque fazer com ela.


_Tais lascada coroa._Falou enquanto ela pilotava sorridente.


Quando chegaram no luxuoso apartamento,Kevin correu logo pra cozinha e abriu a geladeira,devorando com ferocidade tudo oque via pela frente.Queijo,pão,frango...leite,vinho.


_Madonna mia.

"Que fome insaciável,será que na cama também é assim?"Pensou a italiana sentindo um calor descomunal percorrer as entranhas.

Kevin fez cinco sanduíches e pegou uma garrafa de café,jogando-se no sofá ligando a tv na novela "Abismo de Paixão"fazia tempo que não assistia,desde seus meses perdido na ilha.

_"Amor que queima amor,que mata amor"..._Cantou bebendo café direto na garrafa.


A italiana delirou ao ver o corpo sexy de Kevin esparramado no sofá,desejando tirar sua tanga,correu e deu um pulo encima do náufrago que consegui se esquivar do assédio a tempo,caindo no chão,levantou as pressas e correu em direção ao banheiro com ela atrás,passou a chave na porta,suspirando aliviado.A coroa estava cheia de fogo,não estava nos seus planos dormir com a velha,mas se fosse o jeito,teria que fazer o sacrifício,pra quem já teve D.Dulce e Jaguarana,não seria tão terrível assim.

_Me abra questa porta,maledito._Berrou a mulher sedenta por afeto.

Meu Padrasto é Uma Peste 2 O Retorno Do MalditoOnde histórias criam vida. Descubra agora