Pov. Izabella
− Eu espero que o Senhor Martins tenha um bom motivo para te chamar essa hora − reclamou Trice, logo depois que falei sobre a ligação do meu pai.
Ele me chamava em casa com urgência.− Eu também − concordo, indo ate meu carro.
− Como vou comprar os tecidos sem você?
− Você sabe todas as minhas medidas. − Sorrio pra ela, entrando no meu carro. − Você vai fazer o vestido, escolha o modelo do tecido. Já sabe a cor.
− Tudo bem. Mas você não mudou nem um pouquinho os tamanhos? − ela se debruça na janela aberta do carro.
− Não! − Rio, empurrando ela para fora. − A última vez que me mediu foi no meu aniversário, e não faz muito tempo. Agora tenho que ir.
− Tudo bem. Dê notícias! − Grita ela, pois já estou me distanciando.
Aceno com a mão pela janela do carro para mostrar que entendi.
****
Quando entro em casa e não vejo ninguém, começo a pensar que meu pai furou comigo.− Pai? Marina? − Chamo enquanto ando pela sala de estar.
− Acho que não tem ninguém − uma voz vinda na direção da escada diz, me fazendo virar assustada.
Minha surpresa não é ter alguém aqui além do meu pai ou da governanta. E sim por ser quem não esperava ver até o final do próximo mês.
− Mamãe?! − Grito, meio sorrindo, meio brava. Lógico que minha felicidade ganhou.
Saio correndo até ela, que vem descendo a escada com seu sorriso tão parecido com o meu.− Acho que sou bem vinda − ela começa a falar, porém quase a derrubo com o abraço enorme que dou.
− Não acredito que está mesmo aqui − guincho de alegria, a apertando.
Ela ri, nos mantendo equilibradas.
− Também senti saudades, ursinha − diz ela, me apertando.
A solto e olho seu rosto com mais atenção. Ela fez uma franja no cabelo, que está mais curto, porém ainda tem os olhos escuros e sorriso aberto que puxei.
− O que faz aqui tão cedo? − Balanço a cabeça, incrédula.
− Seu pai me disse que estava prestes a começar um novo CD. Você sabe que eu nunca deixaria de vir − ela responde com simplicidade, sentando na escada e me puxando junto.
− Ah. E ele também disse que quer me fazer cantar com um desconhecido? − sento ao seu lado. Sua expressão muda automaticamente.
− Um desconhecido? Como assim meu bebê vai cantar com um cara totalmente estranho? − interroga ela.
− Ele insistiu. Eu ainda tentei dizer que não era legal, mas ele está irredutível! Acha que é uma ótima jogada na mídia. − Dou de ombros.
− Ah, mas o Romano vai se ver comigo − garante ela, ficando de pé. − Ninguém diz à minha ursinha com quem deve cantar. − Ela marcha em direção a porta. − Fica tranquila, meu amor. Mamãe vai resolver isso. − Ela solta um beijo e sai de casa.
Fico estática, olhando a porta fechar. Se tem alguém que pode convencer (lê-se forçar) meu pai a fazer ou desfazer algo, esse alguém é Miranda Martins.
Sorrio comigo mesma, enquanto me levanto e subo pro meu quarto. Será que devo contar a Trice a novidade, ou esperar até amanhã, pra poder ver a cara dela? Debato comigo mesma, entrando no quarto, pego meu violão, e meu caderno de Letras.
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Cinderella Às Avessas
Dla nastolatkówQuando a filha do milionário dono da maior gravadora do país escuta a voz encantadora de um rapaz desconhecido, ela decide que quer ele em seu próximo disco (e talvez em sua própria vida). Mas o tio desse jovem quer a fama para o próprio filho e "ro...