Ainda assim, ele não conseguia afastar esse medo. Uma sensação, bem no fundo de seu coração revestido de metal, de que algo imensamente terrível estava prestes a acontecer.
Outra luz piscou. Happy Hogan, seu motorista.
- Bom dia, Hap.
- Sr. Stark, deseja que eu lhe pegue em algum lugar?
Um vulto surgiu à sua frente, refletindo na água agitada, pouco visível através da camada de nuvens. Tony observou, um pouco distraído.
- Sr. Stark?
- Uh, está manhã não, Happy. Acho que não conseguiria trazer o carro para onde estou agora.
- Outro quarto de hotel? Quem é ela desta vez?
Tony mergulhou nas nuvens, inclinou para o lado, fazendo um arco - e viu um barco pesqueiro de 24 pés. Provavelmente português, muito longe do porto de origem. Estava declinando, a água do mar revolto entrando. A tripulação trabalhava no deque, tentando tirar a água com baldes, mas estavam perdendo terreno.
- Ligo mais tarde, Hap.
Tony mergulhou na direção do barco. Uma onda enorme avolumou-se em baixo dele, fazendo-o balançar. A tripulação se agarrou freneticamente ao mastro, buscando suporte. Mas a onda era impiedosa. O navio estava prestes a embarcar.
Enquanto mergulhava, Tony pediu uma pesquisa sobre barcos de 24 pés. O peso seria algo entre 1.500 e 1.900 quilos, sem contar a tripulação e a carga. Bem pesado, mas com os novos microcontroladores intensificadores de força muscular em seus ombros, seria possível. A popa do barco se levantou diante dele, agora apontando para cima. Segurou a popa, acionou os microcontroladores com um comando mental e empurrou.
Para sua surpresa, o peso do barco continuava a pressioná-lo, forçando-o para baixo, na direção do mar. Percebeu que sua armadura apagara e os controladores não estavam ligando. Dois mil quilos do barco pesqueiro caíam sobre os músculos humanos, normais, de Tony.
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Guerra Civil
AdventureUma história do universo marvel. Adaptado dos quadrinhos de Mark Millar e Steve McNiven. STUART MOORE