Part 1

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Ainda assim, ele não conseguia afastar esse medo. Uma sensação, bem no fundo de seu coração revestido de metal, de que algo imensamente terrível estava prestes a acontecer.

Outra luz piscou. Happy Hogan, seu motorista.

- Bom dia, Hap.

- Sr. Stark, deseja que eu lhe pegue em algum lugar?

Um vulto surgiu à sua frente, refletindo na água agitada, pouco visível através da camada de nuvens. Tony observou, um pouco distraído.

- Sr. Stark?

- Uh, está manhã não, Happy. Acho que não conseguiria trazer o carro para onde estou agora.

- Outro quarto de hotel? Quem é ela desta vez?

Tony mergulhou nas nuvens, inclinou para o lado, fazendo um arco - e viu um barco pesqueiro de 24 pés. Provavelmente português, muito longe do porto de origem. Estava declinando, a água do mar revolto entrando. A tripulação trabalhava no deque, tentando tirar a água com baldes, mas estavam perdendo terreno.

- Ligo mais tarde, Hap.

Tony mergulhou na direção do barco. Uma onda enorme avolumou-se em baixo dele, fazendo-o balançar. A tripulação se agarrou freneticamente ao mastro, buscando suporte. Mas a onda era impiedosa. O navio estava prestes a embarcar.

Enquanto mergulhava, Tony pediu uma pesquisa sobre barcos de 24 pés. O peso seria algo entre 1.500 e 1.900 quilos, sem contar a tripulação e a carga. Bem pesado, mas com os novos microcontroladores intensificadores de força muscular em seus ombros, seria possível. A popa do barco se levantou diante dele, agora apontando para cima. Segurou a popa, acionou os microcontroladores com um comando mental e empurrou.

Para sua surpresa, o peso do barco continuava a pressioná-lo, forçando-o para baixo, na direção do mar. Percebeu que sua armadura apagara e os controladores não estavam ligando. Dois mil quilos do barco pesqueiro caíam sobre os músculos humanos, normais, de Tony.

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