18 março

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Acordei aquela manhã, já acostumado com a dor de cabeça e a tontura.

Olhei para o lado e vi aquele velho calendário.

É hoje... O dia em que eu vou embora.

Depois de umas horas, meu pai junto ao medico vieram e tiraram aquele soro em minhas veias e aquela faixa em meu pulso.

Quando me levantei, quase caí pro lado, fiquei tanto tempo deitado que já nem ficava em pé direito.

Fui andando por aquele corredor que eu já conhecia muito bem até chegar ao elevador.

...

Chegamos ao chão.

Meu pai me levou até o carro dele.

Era um carro novo, ele tinha comprado a pouco tempo.

Admito que é um carro bem legal.

Após entrarmos no carro, meu pai dirigiu até a estrada enquanto isso conversávamos.

- já levei suas coisas para a casa nova... Bem não é uma casa. Mas é como uma.

- como assim não é uma casa?

Perguntei curioso pra saber onde moraríamos.

- é um apartamento, bem espaçoso.

Me calei por uns minutos...

Comecei a pensar em minha vida como seria agora?

- e a escola?

- você vai estudar em uma escola bem perto do apartamento.

Enquanto ele falava aquilo, desviei meu olhar para o retrovisor e vi aquele demônio que me perseguia sentado no banco de trás.

- tudo bem com você?

Voltei a olhar para meu pai sem ter prestado muita atenção no que ele havia dito.

- o que?

- você está bem?

- sim...

Peguei meu celular que estava no meu bolço coloquei meu fone e comecei a escutar musica. Com o volume perigosamente alto.

Mas que adolescente ouve musica baixa né?

...

Minha musica foi interrompida pelo som de notificação. Dirigi meu olhar ao celular que estava em meu colo e vi uma mensagem de uma grande amiga minha. Chamada Danny.

Na mensagem estava escrito.

Dan- Clark cadê você cara? O que aconteceu contigo?

Pensei que ninguém tinha sentido minha falta. Estava errado.

Clark- tava no hospital.

Dan está digitando...

Dan- é eu soube.

Clark- eu vou me mudar.

...

Dan demorou um pouco para responder mais me senti aliviado quando o celular vibrou e ela finalmente respondeu.

Dan- nossa cara que droga hein. Amanhã eu vou ai te visitar, me passa seu endereço.

Eu nunca fui de entender a Danny, ela sempre foi cruel com as pessoas menos comigo. Às vezes é bom ter esse tipo de amizade por perto.

...

Finalmente chegamos em casa.

Desliguei meu celular e saí do carro.

O Bruxo Solitario - O Diario De Clark AdamsOnde histórias criam vida. Descubra agora