O Bruxo Solitario - O Diario De Clark Adams

25 março

Acordei no dia seguinte me sentindo molhado, como se eu houvesse acabado de sair de uma piscina.

Fui para o banheiro, e em cima da pia eu achei um anel. O mesmo anel que a Mãe da vida usava.

Porem não havia nenhum bilhete.

Voltei pro quarto e vi Dan encima da minha cama usando o meu notebook.

- Clark chega aqui, olha só isso.

Fui até ela e vi um documentário escrito.

"foram encontrados três vitimas de uma suposta criatura que pode estar a solta pela Califórnia, pela descrição dita por uma das vitimas antes de morrer foi que era parecido com um humano, mas tinha grandes dentes e olhos vermelhos. Não encontramos nenhuma criatura com essa descrição até agora, e o caso parece ser um grande mistério".

- o que isso quer dizer?

Dan entrou em outra pagina de criaturas de lendas e folclores.

Lá estava escrito.

"Ghouls ou Carniçais como são chamadas as criaturas que vagam em cemitérios em busca de carne humana, e que também podem ser encontrados nas cidades. Essa criatura são parecidas com um humano mas tem olhos vermelhos e dentes afiados, esta criatura só pode morrer por uma faca batizada com o sangue de um Bruxo".

- você não acha familiar Clark?

- o que? Você acha que esse tal Ghoul existe? E está aqui na Califórnia?

Isso era loucura, mas de certo modo, fazia sentido.

- tá esquece isso e vamos nos preocupar com o feitiço, o que nós vamos precisar?

- daquilo que você já sabe!

- o que? A gente vai fazer aquele feitiço?

- sim nós vamos.

Não tinha outro jeito...

Dan foi atrás do Gato preto e eu preparei a faca.

Quando ela voltou então podemos começar.

Peguei a faca e cortei o pescoço do Gato... Ah como ele gritava, senti tanta pena dele.

Depois usei o sangue dele pra fazer o circulo com o pentagrama.

E por fim, corte a ponta de cinco dedos da minha mão e deixei cair uma gota de cada dedo em cima do gato.

...

Agora era só falar as palavras de invocação em latim para tudo funcionar.

- O daemonum, qui conturbas me.

Maledictum vehemens vocavique vos hodie reliquistis me damno qui frangeret.

In commercio cum hóstia occidit le hoc cat.

Vi mãos negras saírem de dentro do circulo, puxando o gato preto para baixo.

Uma grande sombra saiu de dentro daquele circulo, quando isso aconteceu o demônio que me perseguia ficou visível para qualquer um ver. Dan olhou diretamente para ele e ficou aterrorizada com ele. Aquele monstro usando a minha imagem.

A sombra esticou suas mãos até o demônio e o puxou para o buraco. Neste momento o demônio voltou a sua forma normal.

Mas ele não queria ir.

A mão o puxava, mas ele continuava parado pois não queria ir.

Ele começou a vir em minha direção.

A mão tentava e tentava puxa-lo mas de nada adiantava, apenas o deixava mais lento.

Ele chegou a minha frente.

Fiquei cara a cara com ele.

...

Ele tentou me tocar, mas antes que conseguisse.

Uma flecha veio voando de trás de mim.

Ela acertou bem no peito do demônio, ele chegou um pouco mais pra trás.

Olhei para ver quem havia atirado e tinha sido o Rei das florestas.

Ele não desistiu e continuou vindo em minha direção. Mas dessa vez.

Um cajado o acertou bem na perna, era Morte.

Logo depois uma onda o empurrou para perto do buraco. Era a Mãe da Vida.

Depois um homem com armadura veio do céu e encravou uma espada no peito do Demônio. Esse eu ainda não havia conhecido.

E quando o demônio estava bem perto da beira.

O Rei do Karma apareceu com seu tridente e os Onis vieram correndo. Os Onis empurraram o demônio para a beirada e O rei do Karma lançou seu tridente que acertou bem no pescoço do demônio, isso o fez cair.

Após que o demônio caiu, as entidades se reuniram, e depois desapareceram.

E o gato e o circulo e tudo havia desaparecido.

- será que finalmente acabou?

- acho que sim.

Fui dormir aquela noite sem usar o poder de sonhar acordado.

Normalmente deitei em minha cama e fechei os olhos até dormir.