HOLLYWOOD→changkyun

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Olá, esse é oficialmente o primeiro capitulo

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CAPÍTULO

UM

Prestar atenção naquilo que o professor de geografia nos explicava estava se tornando uma tarefa difícil, por culpa do casal tirado das telas de cinema. Não que eles estivessem fazendo algo de errado, mas, por apenas estarem juntos fingindo ser o que não são, me causa ânsia de vomito em demasia.

Hyemin, aquela que encostava a lateral de seu rosto contra o ombro largo do garoto que dizia ser seu namorado, é uma das pessoas que menos gostam de mim, sendo o desgosto dela sobre mim, maior que qualquer coisa e matéria. Sabe, ela é a típica garotinha mimada e popular que se pode encontrar em qualquer escola, acha que só porque o pai possui grandes ações, ela é a dona do mundo. Mal sabe o quão corrupto o pai é, e que o luxo pode acabar em qualquer momento, caso ocorra de denunciarem a ele, ou se a polícia não fosse tão corrupta quanto ele.

A aula estava tão tediosa que meu cérebro começava a buscar por meios de distração, mesmo que o que estava sendo dito fosse de extrema importância, meu corpo e alma exaustos pediam por uma salvação, ser levada para bem longe daquele auditório e daqueles slides que só me davam sono. Caro, um ambiente com o ar condicionado no mínimo, as cadeiras confortáveis, o som da voz mansa e aguda do professor, que mesmo falando alto no microfone, saía como um tranquilizante, obviamente o sono viria.

Você só precisa aguentar mais alguns minutos... Esperava que surgisse efeito e fizesse meus olhos focarem no que quer que fosse as imagens na tela, mas meu coração estava a doer a cada minuto que se perdia ao tempo, afinal, Hoseok estava ali, junto a Hyemin, atuando como se fossem o casal perfeito, mas, sabemos que o amor deles não passa de plástico. É falso, dura pouco porque qualquer faísca pode derrete-lo.

Quando finalmente Deus ouviu as minhas orações, o sinal tocou para dar início ao intervalo, intercalando minha visão com o casal que ainda prestavam atenção no moreno a frente deles e juntei meus pertences para fugir de qualquer que fosse meu medo.

No final, o professor deu dois prazos para o trabalho, a única parte que eu compreendi, sendo um para a entrega e outro para a apresentação em grupo ou sozinho - o que eu agradeci muito, porque trabalhos em grupo me estressam –, pediria a matéria o meu irmão antes do treino dele, já que Minhyuk também se encontrava presente no auditório, e mais atento que eu.

Com a respiração desregulada por andar rapidamente pelos corredores, sento-me no banco de madeira que há próximo as árvores espalhadas por todo o território do colégio particular, tendo a visão – quase que – completa do pátio principal. O pátio principal é composto por várias mesas retangulares cinzas e as cadeiras na cor vermelha assim como o prédio escolar – vermelho, cinza e branco –, junto ao nosso uniforme, que segue nesse mesmo padrão, há também a cantina que com alguns minutos passados desde do sinal ter tocado, tem uma fila quilométrica e – quase – não tem lugar para se sentar no pátio.

Procuro em minha bolsa o meu celular e os fones. Coloco na minha playlist no aleatório, apenas precisava distrair a minha mente ou deixar que os meus pensamentos sejam limpos, ter ficado tanto tempo naquele auditório havia me deixado irritada e com medo. E mais uma vez a insegurança me atacava naquela mesma semana.

Sigo distraída com a voz que ecoa pelos meus fones que nem percebo quando a garota de longos cabelos loiros com algumas mechas coloridas num tom rosado e bastante alta se acomoda ao meu lado tirando um dos meus fones e colocando-o em seu ouvido e entregando-me as maravilhosas batatinhas – que comprou para mim – e o seu sorriso, um sorriso extremamente largo que faz seus olhos fecharem.