Cap - 3: Fur kingdom

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- Príncipe William, eu aceito seu pedido, será uma grande honra unificar esses dois reinos e ter o príncipe de Arian como marido para futuramente governarmos os reinos lado a lado. - Usei minhas aulas de discursos, que sempre tive desde criança, para quando for rainha sempre saber o que dizer na hora certa, mas hoje, foi o discurso mais maquinado da minha vida. E eu sei que acabei de tomar a pior decisão da minha vida, mas a melhor decisão pelo reino. Minha única vontade era me trancar no meu quarto e chorar, porém eu tinha que permanecer aqui.
William me dá um sorriso -
Ele se ajoelha novamente e coloca o anel de noivado no meu dedo, e eu faço o mesmo.
Após isso, recebemos os parabéns das poucas pessoas que haviam no salão. William disse que ia tomar um ar, provavelmente foi ao jardim. Logo após isso o salão foi esvaziando-se pois todos estavam a ir embora.
Eu havia acabado de agradecer a presença do imperador, quando vejo William entrando no salão, ele foi ao encontro de nossos pais que estavam a conversar, o rei de Arian falou algo a ele, e agora ele está vindo em minha direção.

- Princesa Angeline - Ele se curvou levemente como forma de cumprimento.

- Príncipe William - Fiz o mesmo.
Ele estendeu a mão para eu dar-lhe a minha, assim o fiz, e depositou um beijo nas costas da minha mão.
Eu o olhava tentando decifrar o que ele poderia estar pensando, ou sentindo, mas era impossível, seu rosto não demonstrava nenhuma emoção, confesso que isso me intriga, mas ao mesmo tempo, me faz querer distância, como se um pressentimento ruim me rondasse toda vez que eu chegava perto dele.

- Princesa Angeline. - Era a voz do pai de William se aproximando juntamente com meu pai.

- Sim - Eu respondo ao chamado.

- Nós já vamos, temos uma longa viagem pela frente e temos que estar em Arian amanhã para resolvermos alguns documentos para o casamento - Ele disse e eu me espantei, mas já irian providenciar esses papeis tão cedo? Senti uma vontade enorme de chorar mas me controlei.

- Isso é maravilhoso, o quanto mais rápido resolvermos as papeladas melhor - Meu pai disse, antes mesmo de eu perguntar, por quê tanta pressa para resolver isso .

- Princesa, lhe prometo que na próxima semana, trarei William para passar uma semana com você, assim poderão se conhecer melhor - O pai de William me disse animado, eu lhe dei um sorriso, me esforcei bastante para conseguir sorrir.
Eles se despediram de meu pai e foram.

- Papai já vou me recolher ok? - Ele acentiu, eu já estava prestes a ir, mas antes de dormir eu tinha que perguntar algo.

- Papai! - Ele já estava indo se recolher mas voltou.

- Sim? - Ele respondeu com uma cara meio aflita, provavelmente já sabia o que eu ia perguntar, ele me conhecia muito bem.

- Quanto a esse... Casamento - Demorei um pouco para falar, estou nervosa.
- Quando vocês pretendem realizar? - Pergunto.

- Provavelmente daqui a três meses Angeline - Ele responde de uma vez, e eu gelo, o quê? Três meses é pouquíssimo tempo. Sinto vontade de chorar, de explodir em lágrimas, mais uma vez me contenho, e resolvo não o questionar, sei que não vai adiantar.

- Ok, com licença. - Eu digo e saio, o deixando lá rodiado de empregados que estavam a limpar o salão.

- Quando vejo que não estou mais na vista de meu pai, eu corro para o meu quarto. Mas ao chegar lá, vejo Dalva, eu não gosto de chorar na frente de ninguém, mesmo que seja Dalva, ela odeia me ver chorar e fica triste junto a mim.

- Angel, por que essa correria, você está ofegante menina. - Ela diz e eu forço um sorriso.

- Nada senhorita Lindalva - Ela odiava que eu a chamasse por seu nome inteiro, sorrio com a cara que ela faz, só Dalva pra conseguir me fazer sorrir em meio a essa situação.

- Angeline Vitória Romanov a senhorita sabe que eu odeio que me chamem de Lindalva - Ela diz fingindo uma cara de brava, pois sabe que estou a brincar com ela.

- Onw perdoe-me srta Dalva - Eu digo com um sorriso e ela faz uma cara de contentamento e depois começa a rir.

- Venha logo tirar esse vestido menina - Eu vou, preciso que ela vá logo se recolher, quero ficar um pouco sozinha. Enquanto ela afrouxa meu vestido por trás, eu resolvo lhe perguntar.

- Você já sabe a novidade? - Pergunto num sussurro e meu sorriso some.

- Que novidade? - Ela pergunta com um sorriso, porém quando vê minha cara seu sorriso se desfaz.

- Irei me casar Dalva, com um estranho - Digo e seu queixo cai.

- O quê? Mas como? E por quê com um estranho? - Ela me enche de perguntas.
Tiro o vestido e pego meu roupão, visto e me sento na cama, Dalva faz o mesmo, e eu lhe explico tudo detalhadamente. Quando termino ela diz:

- Onw minha menina, não fique assim, talvez possa surgir um amor entre vocês, simplesmente acredite, dê oportunidade pra ele te conhecer, e conheça-o também, tenho certeza que se ele lhe conhecer irá se apaixonar. - Ela me encoraja, e me abraça, estou quase a desmoronar.

- Dalva, obrigado pelos conselhos, só preciso ficar um pouco sozinha sim? - Ela acena em concordância.

- Boa noite pequena Angel. E sai.
Eu desmorono. Depois de alguns minutos a chorar, tomo um banho e visto meu pijama. Olho o relógio e já passa das 22:00 horas, a essa hora eu não posso sair do palácio mas eu preciso tomar um ar, vou escondida ao jardim de pijama mesmo.
Ao chegar lá, vou para perto do chafariz, esse lugar me acalma. É um dos meus lugares favoritos desse palácio. Era aqui que eu brinquei a maior parte da minha infância, me lembro de quando minha mãe vinha aqui comigo, ela amava flores, me dizia o nome de todas as que haviam no jardim. Ao lembrar dessa época algunas lágrimas escorrem dos meus olhos.

- Moça bonita, por que está chorando? -Uma voz maculina diz e eu pulo de susto, me viro e vejo um rapaz lindo que aparentava ter uns 18 anos de idade, vestia uma blusa social branca E uma uma calça com suspensórios.

- Perdão, não queria ter te assustado. - Ele diz

- Sem problemas. - Eu lhe digo e ele parece ficar aliviado.

- Mas o que fazes em plena noite no jardim do palácio? - Ele disse e pareceu se arrepender de perguntar, pois em seguida disse.

- Perdoe-me pela minha curiosidade excessiva senhorita. - Sorrio com isso, ele parece ser muito simpático.

- Não, tudo bem, eu estava apenas a tomar um ar. - Eu digo e ele acente.
- Mas e você? Já é tarde. E estão todos a se recolher. - Digo e ele sorri, ele tem um sorriso lindo.

- Sou o novo jardineiro, o antigo adoeceu e teve que se aposentar, bem, ele vinha faltando por estar doente, e as flores ficaram sem água e algumas acabaram murchando, essa semana toda estou trabalhando até tarde para conseguir deixar esse jardim perfeito para o casamento da princesa. - Por isso nunca tinha o visto por aqui, ele chegou a pouco tempo, mas ele não sabe que eu sou a princesa? Ele continua:

Não contive minha curiosidade e perguntei.
- Todos já sabem? - Como? Eu "aceitei" esse noivado agora a pouco.

- Ficamos sabendo que um príncipe iria pedir a mão dela hoje, ainda não foi confirmado, mas é praticamente impossível a princesa não aceitar, o líder dos criados está quase ficando maluco com as organizações do tal casamento que será em breve e ainda nem começaram. - Ele ri, e apesar do meu espanto também rio para disfarçar meu espanto.

- Bom mas qual o seu nome? - Ele pergunta. Não, se ele souber que sou Angeline, ele só irá ser mais uma pessoa que sentirá medo de apenas dirigir a palavra a mim.
Tive uma idéia, é meio maluca mas....

- Meu nome é Mariah. - Minto.
- E o seu? - Pergunto logo em seguida.

- Meu nome é Austin. -

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