Sweet White | Harry Styles |

Prólogo

Ontem – Casa de inverno da família Young
03:00 A.M

A chuva estava forte, as imensas árvores estavam a balançar seus poucos galhos constantemente por causa da grande ventania. Não era um dos melhores dias para sair para 'correr', mas vamos dizer que não irei ficar parada com um assassino logo atrás de mim. Sim, havia um assassino correndo atrás de minha pessoa. Nunca saberia se era por diversão, ou por algum motivo como vingança, naquele momento, mas o instinto humano, é tentar se proteger ao máximo.
Pulo alguns galhos, tropeçando em falso em um deles e acabo por cair, machucando meu pulso e um de meus joelhos. Olho para trás por um espaço de tempo e vejo aquele estranho obsessivo andar devagar entre as árvores, enquanto segura uma faca e aparentava olhar diretamente para mim. Levanto rapidamente e continuo a correr. Observo que logo ao meu lado direito, ainda um pouco longe, havia um grande edifício com pequenas janelas no canto. Viro a direita logo em seguida, com pensamento de entrar e me esconder ali. Aquele 'prédio' era muito grande, porém parecia estar abandonado, pois suas janelas do segundo, terceiro e quarto andar estavam sem o vidro apesar de a sua estrutura por fora estar razoável. Subo as escadas rapidamente e vejo a grande porta de madeira toda desgastada, coloco meu corpo sobre ela para tentar abrir, mas estava muito difícil. Vejo que o estranho estava chegando perto e coloco muito mais força. Ouço seus passos enquanto sobe as escadas e as lagrimas começam a cair. Pressiono a porta novamente e a vejo abrir facilmente, fico confusa mas ignoro. Preciso me esconder. A primeira coisa que olho é para uma escada totalmente desgastada e cheia de poeira. Corro para a mesma já não enxergando muito, pois ouço a porta se fechar em um grande estrondo e a luz que vinha de fora, foi cessada.
Chego ao segundo andar e observo um grande corredor que não parecia ter fim. Corro para o lado esquerdo e fico observando todas aquelas portas totalmente estranhas. Olho para trás e não vejo ninguém, aproveito e abro uma daquelas portas que pareciam ser uma 'cela'. Estranho, não? Sumir assim, em um piscar de olhos. Entro devagar e fecho a mesma, viro-me para frente e ando sem fazer muito barulho. A parede estava com a tinta toda desgastada e arranhada. Havia um pequeno bidê que antes era branco, mas agora estava amarelo. Abro devagar a primeira gaveta e vejo um pote, resolvo abrir e vejo vários cacos de vidros, um mais afiado que o outro. Fecho devagar esse pote e sinto algo encostar em meu pé. Solto um grito e logo coloco a mão em minha boca, me arrependendo, pois era apenas uma foto. Observo a foto atentamente e arregalo os olhos ao ver que era uma foto minha com meus pais, mas havia uma pessoa cortada, eu. Por que justamente eu estaria cortada? Nunca fiz nada a nenhuma pessoa que prejudicasse assim, pelo menos, não que eu me lembre. Sempre estivera maior parte de minha vida em um hospital, para tomar minhas vitaminas e fazer exames diários. Nasci com faltas de vitamina que daria cor as meus 'pelos', então eram todos brancos, mas acabo pintando minhas sobrancelhas, para não parecer uma garota mais estranha.
Ouço um barulho que aparentava vir do corredor e dou um pulo. Seguro mais forte a foto em minhas mãos enquanto ouço seu assobio tranquilo e seus passos lentos. Olho para o pequeno vidro que havia para olhar aqui dentro e vejo um capuz preto parar logo em frente. A maçaneta gira constantemente. Ele sabia que eu estava aqui... como fugir? Encosto na parede mais longe da porta e olho para as suas tentativas falhas de entrar nesse quarto. Logo ele para e o olho confusa, mais ainda tremendo e com algumas lágrimas saindo sem minha permissão.
Um 'clic' é ouvido e a porta se abre. Olho para aquele estranho, ele era muito alto, e seu corpo não era muito definido, mas algo me dizia que não precisava disso para ser forte. O estranho anda até perto de mim e fico paralisada. Fecho meus olhos com força ao ver que ele havia movimentado sua mão, e me assusto com seu toque. Seu toque era gélido como a neve. Ele retira o cabelo que caiu um pouco em meu rosto e parece estar acariciando minha bochecha. Engulo em seco e abro os olhos que estavam embaçados pelo meu choro silencioso.
- Calma anjo... – ouço sua voz pela primeira vez e me arrepio um pouco. A outra mão que estava segurando a faca, é colocada perto de meu pescoço, e a outra que estava em minha bochecha, já estava posicionada em seu capuz, e ele o retira, revelando longos cachos e seus olhos verdes destacavam em sua pele totalmente pálida. Abaixo de seus olhos haviam olheiras profundas e tento desviar o olhar, mas ele me obriga a olhar para ele. – Eu não vou te machucar, - um sorriso de lado aparece – Não ainda. – Como percebo que iria morrer ali de qualquer jeito, apenas tomo coragem e levanto a foto perto de seu rosto e vejo seu rosto mudar totalmente, parecendo estar com raiva. Sinto a faca ser apertada mais contra meu pescoço e uma pequena dor se instala no local. – Sabia que é feio mexer nas coisas dos outros? – sua voz parecia irritada mas havia um pouco de divertimento pelo meu medo, talvez.
- E-Eu só quero sab-ber do porque você tem uma f-foto de minha família – o olho com um pouco de dificuldade. – Antes de morrer não temos um ultimo pedido? – pergunto e olho para sua mão com a faca em meu pescoço e ouço sua risada. Olho para ele confusa pelos seus sentimentos quanto a esse acontecimento
- Para você... – sinto a faca ficar um pouco mais solta e me alivio. – Não. – Seu sorriso doentio aumenta e ele retira faca daquele local e levanta minha cabeça, e logo sinto uma dor insuportável em meu pescoço e o garoto me joga no chão enquanto me olha. Coloco as mãos sobre meu pescoço sentindo o ar se esvair rapidamente por estar muito nervosa e minhas mãos estavam cheias de sangue. Meu corpo pesa junto com meus olhos e a última coisa que vejo são os pés do assassino e mais um logo atrás dele... quem?

***

Olá amoras!
Tomara que tenham gostado do começo da fic!
E gostaria de agradecer demais a EllenDrew- que me ajudou com o nome
<3

Até o próximo capítulo!

- Kat