Capítulo 7

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Sinto minha pálpebra ainda pesada, porém finalmente consigo abrir meus olhos totalmente, ainda sem entender o que estava acontecendo. Vejo o rosto de minha mãe aliviar a expressão e logo os ombros fazem o mesmo. Liam estava ao meu lado, tocando meu braço com delicadeza. Tento me levantar, mas Rose me segura no chão. Faço um pouco mais de força e ela me solta rapidamente.

- O que está acontecendo? - pergunto, olhando para todos que estavam com a mesma expressão de preocupados. Engulo em seco ao ver que havia algo na mão de Liam... era a echarpe. Ninguém havia mexido um dedo, nem a respiração aumentado, apenas estavam olhando para o meu pescoço. Levanto rapidamente e começo a correr até o quarto, não gostaria de ninguém comentando o que havia acontecido.

Sinto uma mão quente em meu braço e me viro rapidamente, vendo meu pai me segurar. Como dizer que não estava a ponto de conversar sobre algo que terei que mentir para eles? Fico aflita, por não conseguir pensar em nenhuma desculpa.

- Temos que conversar. - a ternura na voz de meu pai mostrava que não estava nada satisfeito com aquilo. Mordo meu lábio fortemente, tentando pensar em algo rápido. A única ideia que havia era de me soltar e correr para fora de casa, novamente.

Sento-me no sofá, pegando a pequeno pedaço de pano que Liam estava segurando e coloco em meu pescoço. Balanço meus dedos freneticamente em minhas coxas, nervosa. Todos estavam a olhar para mim, como se cada movimento que fizesse poderia indicar algo.

- Primeiro chega com a roupa totalmente suja e rasgada, fedendo a algo estranho e - ouço um suspiro. - Agora sua pele está gelada como nunca e seu... seu pescoço está com um corte que parece ser fundo. - Olho para o chão, notando no pequeno tapete branco, uma marca de calçado. Caso minha mãe percebesse, me mataria antes de tentar explicar. Como se fosse adiantar alguma coisa.

Ouço algumas batidas na porta, fazendo eu dar um pequeno pulo de susto. Imagino que todos aqui, não chamariam alguém para atrapalhar o momento de Liam mentir para agradar minha mãe. Daniel anda devagar até a porta, com seu rosto sem expressão. Nenhuma respiração estava mais alta que a outra, todos estavam esperando ouvir algo da porta.

- Adeen! - Rose me olha com o mesmo de quando se arrependeu de ter me tido. Dou de ombros e vou devagar, passando pela mesa que a pouco tempo estávamos. Paro no começo do corredor ao ver o garoto de olhos verdes brilhantes, com seu sorriso no rosto. Arregalo meus olhos ao ver que era aquele... Idiota e acabo ficando com raiva. Olho para meu pai e assinto que estava tudo bem, logo se afastando da porta e passando por mim.

- Anj... - seu dente branco é mostrado, junto com seu sorriso sedutor. Aperto um pouco meus olhos, segurando a maçaneta com força.

- O que você quer? - o corto sem me importar muito. Minha falta de paciência estava pequena, e pelo seu sorriso ainda maior vejo que já havia percebido. Sua mão que estava atrás de seu corpo, retira uma flor branca. Fico confusa no começo, até perceber que era uma rosa branca. Mas será que era a mesma que estava pensando?

- Filha, quem está na porta com você? - minha mãe aparece atrás de mim e logo sorri mais ainda ao ver que era um garoto. - E não me disse nada que iria trazer um garoto para almoçar? - ela me empurra mais para o canto do pequeno espaço. - Não quer entrar, é...?

- Harry. - percebo que minha mãe estava cada vez mais admirada pelo garoto. Talvez pelo seu sorriso, ou talvez pelos seus olhos ou simpatia além do normal. Me belisco para que acorde do transe e entro na frente dos dois antes que pudesse ter a oportunidade de entrar.

- Ele não pode, veio apenas para dar um oi. - pego a flor de sua mão rapidamente, tocando em um seu dedo sem querer, me arrependendo. Sua mão ainda continuava mais gelada que qualquer objeto que já havia tocado.

Sinto seu braço passar pelo meu quadril, me abraçando. Rose mostra cada vez mais seus dentes, satisfeita. Reviro os olhos e tento me soltar.

- Senhorita Young, poderia roubá-la por uns instantes? - seu sotaque inglês é ouvido e fico pedindo com minha expressão de ajuda para que não deixasse ou que percebesse que isso não é certo.

- Claro, mas volte logo. - solto um gemido de frustração e de raiva ao meu tempo, percebendo que nunca poderia contar com a ajuda de minha mãe para nada. Ela da um pequeno aceno e assim que fecha a porta, dou uma cotovelada em seu abdômen e sinto seu braços se afrouxarem um pouco e me solto.

- Anjo está forte agora? - seu sorriso debochador mostra que havia conseguido chegar ao ponto final de sua meta, ou seja, me irritar. O olho de lado e logo reviro os olhos. Começo a andar para fora de casa.

- O que deu em você? - observo sua expressão. - Me matou sem sentido algum, e agora vem até minha casa fingir que é uma pessoa normal, que não mata ninguém. - falo tudo de uma vez, sem me importar se iria ficar com raiva.

- Na verdade, tem um sentido sim. - espero que ele fale o por quê fez isso, mas logo muda de assunto. - Sua mãe me adorou. - ouço sua risada logo depois, e me seguro para não bater nele.

- Claro que ela te amou, não sabe ainda o que você fez com sua única filha. - um ponto para mim. Sorrio satisfeita ao ver que o mesmo não sabia o que falar.

- Como se ela se importasse com você. - abro a boca para responde logo, mas logo a fecho. Sinto meus rosto ficar vermelho por um momento, enquanto apertava meus lábios segurando o choro. O cabelo que estava em meu rosto, é retirado e logo ele se posiciona na minha frente. - Não chore anjo... - sua mão passa por uma de minhas bochechas e fico apenas sentindo o carinho.

Abro os olhos vendo que seu rosto estava cada vez mais perto e o empurro rapidamente, nos afastando. Levanto a flor branca para trocar de assunto.

- Onde achou? - pergunto, continuando a andar.

- Achei no quarto do Zayn... - ouço seus passos rápidos para me alcançar. - Eu vi o que fez e ainda estou cada vez mais curioso. De algum jeito é especial e diferente de todos que "apareceram" lá. - pelas suas aspas percebo que aparecer não era a palavra adequada, mas sim matar seria.

- Como... Como eu apareci para minha família? - pergunto com receio de sua resposta.

- Como eu disse, você é um mistério. - o garoto da de ombros e logo continuo a andar pela rua silenciosa. Observo as árvores da rua, contando quantos passos estaria longe de casa.

- Onde estamos indo? - olho para trás, vendo que Harry parar por um momento. Continuo a andar. - Bom, é porq... - sua mão tampa minha boca e instantaneamente começo a me debater querendo sair de seus braços.

- Infelizmente quer saber de mais, anjo. - arregalo os olhos com medo e percebo que nunca daria para confiar nesse assassino.

Sweet White | Harry Styles | Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin