A Fuga

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Já faz 2 anos que sou prisioneira de Stryker, pensei muitas vezes em fugir desse lugar escuro e frio, mas para onde eu iria? As únicas coisas de que me recordo é uma mulher com lindos olhos lilases e um nome... Logan. 

O que aquilo teria haver comigo?

John Stryker me diz que eu fui criada para matar, que não possuo nada além de um codinome.
"X-23".

Fui treinada para me tornar a arma perfeita, minhas habilidades incluíam regeneração e garras de Adamantium retráteis nas mãos e pés. Desde que me lembro, venho aprendendo inúmeras artes marciais, sempre tendo de me superar a cada dia.

Em meio aquele inferno havia uma pessoa que me dava amor, alguém que via algo além da arma. O nome dela era Sarah Kinney, uma Geneticista que fazia parte da equipe medica que acompanhava meu desenvolvimento. Dra. Kinney se esforçava ao máximo para manter minha humanidade, porém não sei se era possível, parecia ser algo que eu nunca tive.

Em uma noite acordei com um barulho ensurdecedor de alarme tocando, ao que parece o sistema teve um pane elétrico e todas as jaulas foram abertas. Vi a minha chance de liberdade, sem pensar duas vezes fugi da minha jaula, dei de cara com dois soldados que dispararam contra mim. Corri ao encontro dos dois, desarmei o mais alto e cravei minhas garras em sua jugular, assustado o outro dispara mais balas contra mim, uma acerta minha perna me fazendo cair, quando ele se aproxima para terminar o que começou, o corte de baixo a cima o dividindo ao meio.

Continuei a correr até encontrar o que parecia ser a saída, foi então que ouvi um grito familiar, voltando para averiguar o que estava acontecendo me deparei com Dra. Kinney inconsciente no chão com um ferimento na cabeça. Stryker segurava uma barra de ferro enquanto exibia um sorriso nefasto, eu sabia que não conseguiria derrotar John sem deixar a situação de Sarah ainda pior. Então causei uma distração e a tirei de lá sem que aquele demônio nos visse, foi o que pensei.

Assim que saímos do prédio a doutora começou a acordar.

–Você... Não deveria estar aqui – Ela disse um pouco fraca – Você tinha que ter fugido.

–Agora estou com você. – De repente fui ao chão, senti impulsos elétricos percorrerem meu corpo. Sarah me chamava incessantemente.

Stryker apertava o gatilho do taser, dois soldados aproximaram-se da Dra. e a arrastaram de volta para o prédio. Quando finalmente consegui tirar os dardos, avancei até os soldados, porém Sarah me impediu.

– Fuja para longe! – Ela gritava em desespero – Fuja, Laura!

Com um enorme peso em meu peito eu fugi, deixando a única pessoa que me amou para trás. Não importava pra onde eu estava indo, eu só precisava fugir.

...

Cansada paro próxima a um pinheiro, estava agora em uma floresta o sol brilhava entre as arvores. Uma voz feminina aparece em meio ao som de pássaros.

-Por favor, me ajude. – a voz fica mais alta a cada passo que dou – Eu imploro, não quero mais ficar a mercê daquele velho.

Procuro a garota por todos os lados, começo a farejar tentando encontra-la. Assim que detecto seu cheiro olho para a arvore, lá estava à garota agarrada a um galho, ela parecia ser um pouco mais nova que eu. Seus cabelos pretos caiam sobre seus olhos mesmo que incessantemente ela tentasse mantê-los na touca cinza que estava usando.

–Por favor, me ajude. – Ela choraminga.

– Para começar preciso saber quem é você.

– Meu nome é Raven. – Ela sorri timidamente.

– Você poderia descer, Raven? – digo em um tom hostil – ou prefere que eu te desça?

– Calma, não precisa se exaltar... – Raven salta do galho e cai de pé na grama, sua aparência mudara totalmente. Agora era uma menina loira, seus olhos cinzentos eram hipnotizantes.

– Você, é uma arma assim como eu? – a fito da cabeça aos pés. – Isso é impressionante.

– Eu não sou nenhuma arma! – Ela aparenta ter ficado aborrecida com a pergunta. – Eu sou uma mutante, posso mudar minha forma como e quando eu quiser. E você o que tem de especial?

A olho com um sorriso sarcástico e mostro minha garras.

– Uau – Diz ela impressionada – Faz um bom tempo que não vejo garras assim. Da ultima vez não foi nada legal...

– Como? Onde você as viu? – pego ela pelos braços e a coloco contra a arvore. – Me leve até a pessoa que as possui, agora!

– Impossível, não sei onde ele está. Já faz muito tempo desde que o vi.

– Então você é inútil pra mim.

– Eu disse que não sei onde ele está – ela sorri como uma criança travessa. – Não que não poderíamos encontra-lo.

– Se você estiver mentindo pra mim eu juro que suas lembranças com essas garras serão piores que as anteriores.

– Não se preocupe, nunca pensaria em te enganar. – Ela volta a forma anterior.

Continua... 

A Filha De Wolverine || Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora