Seven, Motive?

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***

Por mais cansada que eu esteja esta noite, o sono não foi capaz de vencer minha mente que fervilhava e eu nem se quer sabia o motivo...

***

Acordo aquela manhã com uma indisposição inacreditável, me arrasto para o banheiro, olho no espelho e logo vejo que a situação não estava nada favorável.

Volto para cama e decido ligar para Olga, ela era a total responsável pela biblioteca.

- Sra. Karson?

- Olá. Natalie?

- Sim senhora. Liguei para lhe dizer que estou mal de saúde. Me afetará em que tanto minha ausência a biblioteca hoje?

- Oh querida, não se preocupe, ocuparei seu lugar até que melhore.

- Tudo bem, agradeço.

- Disponha, melhoras.

Me arrasto para debaixo dos edredons sentindo um frio anormal, me cubro até o pescoço e abraço meus joelhos, meus dentes batem uns nos outros, enviando ondas de choque pelo meu corpo.

Sinto algo escorrer da minha testa, cautelosamente levanto minha mão esquerda para passar em toda a extensão da minha testa, e então noto o quão frio estava suando.

Murmuro baixo, e abraço meu próprio corpo fortemente.

- M-mãe? - sussurro antes de ser engolida pela escuridão.

***

A claridade era insuportável, abro e fecho os olhos em uma forma de me acostumar com o clarão a minha frente.

- Vejo que está acordando. - a voz doce de Tamhara anúncia.

Viro meu rosto em direção a voz e vejo Tamhara sentada em uma poltrona de coro que não reconheço, meus olhos percorrem o local e então noto de que se tratava de um hospital.

- O-o que? - questiono e estranho minha voz que estava super áspera. - Ai! - digo pondo a mão na cabeça, quando tento me levantar e uma dor percorre toda extensão do local.

- Ei! Fique quieta! - diz ela me repreendendo. - Você teve uma queda de pressão seguido de um desmaio. E mais uma das crises de ansiedade. - ela diz e suspira. - E isso me preocupa.

- Onde está Robert e Lauren? Sala de espera?

- Eles não estão aqui.

- Como assim?

- Sinto muito. Mas eles tinham uma consulta, Lauren não se sentia bem.

- Oh, claro. Lauren! Como não imaginei antes?! - questiono ironicamente. - Não sei onde estava com a cabeça quando pensei que eles sequer poderiam estar aqui, sempre é ela e o bebê falso, sempre. - digo sincera. - Não aguento mais. - digo suspirando e tento bloquear o choro que ameaçava cair.

***

Recolho todos os livros que estavam espalhados nos cantos do quarto, e os coloco sobre a escrivaninha.

Sento sobre a cama macia, e enxugo algumas lágrimas que teimavam em cair.

Odeio chorar, odeio me sentir fraca, vulnerável, mal amada.

Mas era tudo o que eu tinha.

Não entendo o motivo de Harry fazer aquilo, não me importo, mal o conheço, mas ele não tinha o direito...

Não tinha!

Baby Girl H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora