Final - Parte 1

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POV Eliza

Eu não era romântica quanto á maioria das mulheres ao meu redor. Eu era muito boa com meu jeito de não me importar com relacionamentos, mas eu tinha mudado e quase não reconhecia a Eliza Taylor, a qual não se importava com praticamente nada, além do trabalho.

Alycia tinha me enfeitiçado e com alguma amarra bem forte, tinha me pego e eu sabia que não seria fácil de me soltar. Nem se eu quisesse.

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Eu não havia caído no sono ainda, eu só conseguia olhar para as costas despidas ao meu lado, com linhas esculpidas a dedo. Não era real aquele corpo, era muita perfeição pra ser e naquelas horas, eu só pensava em poesia, apenas poesia quando eu a olhava. Então, enquanto Alycia dormia, eu me levantei e fui até a mesa, a qual havia um computador, alguns livros, algumas canetas e papeis; e havia eu, a qual precisava escrever o que estava gritando dentro de mim naquele momento.

Peguei a caneta e uma espécie de bloco de notas, maior que uma folha de papel sulfite e comecei a despir meus sentimentos junto com as palavras.

Eu sempre fugi das amarras do coração, nunca me preocupei mais do que no meu bem-estar pessoal e sexual. Claro, não sou uma pessoa má, mas não seria a melhor opção de parceira pra um relacionamento estável e feliz para sempre.

Tudo era inseguro e instável ao meu lado porque era o que eu achava da vida; Insegura e instável. E quando você me disse sobre o amor e amizade, eu não pude entender muito bem porque eu já sabia o que eu estava sentindo por você e de algum modo meu subconsciente não me deixava ter total certeza, porque ele não queria isso pra você; insegurança e instabilidade.

É tão precipitado dizer isso, mas eu tenho tanta segurança agora que estou aqui com você e isso parecia inalcançável pra mim, até ontem e tudo que eu quero é te fazer sentir da mesma maneira. Na verdade, eu não sei muito bem o que eu estou sentindo, mas sei que é bom e queria transformar em algo, então, eu resolvi te escrever, porque agora, eu só consigo pensar em coisas lindas enquanto eu a observo dormir.

Por favor, eu sei que ficara horrível e eu não sou muito boa com esse tipo de coisa, então, só leia com carinho.

''Minha mente está cheia e o quarto quase vira um dia ensolarado enquanto eu a observo. Sua respiração esta serena e leve, e quase não acredito no que tínhamos acabado de fazer. Você parece um anjo e eu me sinto um pouco mal por tê-la tocado daquela maneira, mas foi inevitável. E agora me encontro em uma guerra constante entre escrever ou te olhar e até persisto em desviar o olhar de você, mas eles voltam como se seu corpo fosse um imã que os atrai. Seu sono é calmo como dias de sol no parque.

Enquanto eu sou pura tempestade, perigosa e cheia de energia, você é como uma biblioteca de bairro, cheia de coisas para aprender, e a única coisa que tenho certeza nesse momento, é que somos o oposto uma da outra. Como direita é da esquerda e como ing é do ang.

Seu sono é leve e o meu conturbado.

Isso soa tão clichê, mas é que eu só consigo pensar em coisas clichês com você. Só consigo pensar no quão seria maravilhoso eu e você, em um parque, comendo algumas frutas e eu observando seus olhos refletindo o sol no qual seria verde refletido por eles. Eu nunca irei entender o que eu estou sentindo, mas, é tão bom, que penso que é melhor nem entender.

Eu continuo a observo daqui para que não falte palavras bonitas ou inspiração para essa carta. Você é tudo que esta nela, ou tudo que eu tentei descrever, mas a certeza, é que você me faz querer ser melhor.

Eu só queria poder te acordar agora e te encher de beijos pelo corpo inteiro e dizer pra você escutar dos meus lábios tudo que eu estou escrevendo, mas a paz do seu sono não me deixa, seria muita crueldade acorda-la, e também, eu quero poder observar você até quando o sol estiver com os últimos raios solares do dia.

Never Let Me GoOnde histórias criam vida. Descubra agora