0.3- Promete?

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Meu corpo gelou, eu não conseguia falar nem esboçar nenhuma reação, a mãe de Taylor estava na nossa frente, a raiva em seu olhar era nítida.

-posso saber oque está acontecendo aqui?!- ela disse contendo a raiva.

- mãe...- Taylor respondeu com tédio na voz.

- não Taylor! Quantas vezes já conversamos sobre isso?!

- pra que tanto escândalo?- ele disse indo em direção a ela.

- pra que?! Você teve sorte de ter sido eu que peguei você nessa cena denovo! Você tem uma reputação caramba!

- vamos conversar lá dentro.- ele disse segurando o braço dela.- e você me espere aí, ainda não terminamos.- piscou e saiu em direção a um cômodo que provavelmente fosse a cozinha.

Me sentei no sofá bege que ficava encostado na parede, olhei pra cima e vi um quadro relativamente grande com uma pintura abstrata, fiquei a encarando e ri da minha própria cara por não saber nada sobre arte. Observei a pequena mesa que ficava no centro da sala com um porta retrato de duas crianças molhadas com sorrisos indescritíveis em seus rostos e ao fundo um homem que segurava uma mangueira.

- éramos felizes.- ouvi a voz de Taylor ao meu lado fazendo minha atenção se voltar pra ele.- eu tinha sete anos e minha irmã seis, e aquele...- sua voz falhou.

- não precisa me dizer.- levantei.- acho que já trouxe problemas demais.- ele me olhava fixamente esperando meu próximo passo.- melhor eu ir.- dei um passo em sua direção, depois outro, ficando a alguns centímetros do seu corpo.

- você não quer ir.- ele afirmou num sussurro olhando nos meus olhos.

-não, você quer que eu vá?- seus dedos rodearam meu pulso.

- não.- senti seus lábios se esfregarem nos meus rapidamente. Ele puxou meu corpo escada a cima até chegarmos num quarto grande, que também era bem decorado e arrumado.- vai ficar parado aí?- sua voz me tirou dos pensamentos e me fez perceber que ele já estava sentado na beira da cama bagunçada.

- licença - falei sorrindo, andei até o seu lado e também sentei.- como foi com sua mãe?

- relaxa.

-ela não sabia?

- oque?

- que você é gay.

- não sou gay.- o olhei confuso.- só gosto de me divertir.- porque todos tinham que ser assim? Perguntei para mim mesmo.

- enrustido.- pronunciei.- claro que é, afinal, não é a primeira vez que sua mãe te pega nessa situação.

- ela sabe que gosto de me divertir, só pede pra eu tomar cuidado e tal.

- então é só divertimento?- falei sarcástico.

-é sim!- ele disse não aguentando e rindo.

- acredito.- falei rindo de sua cara.

- é sério.- ele me puxou se deitando me fazendo deitar em seu colo, entre suas pernas, seus braços rodearam meu corpo enquanto nossos lábios se chocavam.- isso é só um divertimento.- ele disse quando parou o beijo.

- então tabom.- rolei para o seu lado colocando minha cabeça em cima do seu braço.- promete que não vai se apaixonar?- ele olhou nos meus olhos e sorriu.

- prometo.- ficamos fitando o teto por alguns minutos até eu sentir seu braço rodear minha barriga.- vai passar a tarde aqui?

-não.- me virei ficando de lado o encarando.

Meu vício é você! ( Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora