11- Paixão?

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"Paixão é uma dança de sombra e cores que percorre pela beleza da pessoa que está formada no seu subconsciente. É como se você fosse envenenado com uma espécie de sedante que te leva a amar desde os detalhes aos defeitos.
Se resume a um sentimento de desejar, querer, a todo custo o calor do corpo de outro ser. Se cria uma necessidade, um vício que debilita a mente de forma em que ela só foque naquela pessoa."

P.O.V. Taylor

Horas se passaram e eu não conseguia entender oque havia acontecido, Jacob se encontrava numa cama de hospital, inconsciente, me aproximei vendo seu peito subir e descer calmamente, me ajoelhei enrolando  seu cabelo no meu dedo observando cada detalhe do seu rosto, desde os seus cílios que eram todos harmonicos aos seus lábios que mesmo pálidos continuavam lindos.

Queria não me importar, queria apenas me divertir e ir embora como sempre fiz com todos, mas quando ele sorri eu me derreto, quando sinto seus lábios nos meus não me controlo, só quero senti-lo cada vez mais e não sei como explicar isso, posso simplesmente me apaixonar por ele, não agora.

Seus olhos piscaram rapidamente por seis vezes seguidas, estava tentando se acostumar com a claridade do local.

- Oque aconteceu?- sua voz saiu trêmula e falha.

- Não se lembra?- seu olhar era confuso, tentou se levantar mas o impedi.

- Não... Quer dizer, me lembro de ter saído do seu carro e enquanto você ia alguma coisa acertou minha nuca.- seus olhos se fecharam ao lembrar da dor.- Não me lembro de mais nada.

- Me preocupei.- um sorriso seco apareceu no canto de seus lábios.

- Não preci...- sua voz falhou e seus olhos se arregalaram ao ver  a cicatriz em seu braço.- De novo não...- Seus olhos se encheram de lágrimas.

- Calma, você não pode se estressar.

- Ele nunca vai me deixar em paz.- lágrimas escorriam pelo seu rosto, me deixando sem reação.

- Nós vamos resolver isso, você vai ver. Mas agora calma, sua mãe está vindo.- senti seus dedos rodearam meu pulso.

- Ela não pode ver isso, me ajuda a tapar, por favor.- me olhou como um cachorro sem dono.

- Enfermeira!- gritei vendo uma bela moça de jaleco branco entrar no quarto, expliquei oque queria e depois de alguns minutos ela passava calmamente pomada em cima das letras que os rasgos em sua pele formavam, mas porque, porque aquela palavra? Oque que Dad tem de tão espantoso?

- Pronto.- a doce mulher disse logo após colocar curativos no lugar e saiu.

- Porque Dad?- perguntei puxando uma cadeira velha que ficava no canto do quarto, questionando-me se ela aguentaria o meu peso, coloquei ao lado de sua cama e me sentei, ouvindo-a ranger.

- Sempre foi assim.- sua voz ainda era trêmula e eu ainda me doía de o ver naquela situação, frágil e vencido pelo cansaço.- Quando eu era pequeno o chamava de Dad, por causa de uns desenhos que via, achava legal e acabamos nos acostumando.

- Então é como se fosse um aviso?

- Isso.

- Você sabe que posso cuidar disso pra você.- sorriu ao me ouvir.

- Não, não pode.- entrelaçou sua mão na minha a apertando.

- Você sabe que sou dessa área, não estou dizendo que vou o matar, embora ele mereça, posso conversar, da um susto.

- Você está me saindo muito ingênuo pra uma pessoa que trabalha nessa área.- limpou a garganta e olhou pro lado, pra única janela que havia no local.- Acha mesmo que pode chegar nele e conversar? A anos eu tento isso, a anos peço pra ele parar, mas nunca para, acha mesmo que ele te ouviria?

Meu vício é você! ( Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora