Pai

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Já era noite e eu não conseguia dormir, confesso que tinha medo de dormir e o avião cair, até parece que eu faria alguma coisa se ele fosse cair e eu tivesse acordada. Me levanto e vou ao banheiro, logo uma aeromoça vem atrás de mim pedindo que eu ande rápido pois o avião já ia pousar em poucos minutos. Me olho no reflexo do meu celular, estava com uma cara horrível e com umas olheiras monstruosas.

- Vamos senhorita! - Volta a dizer a aeromoça.
- Já vou.

Saiu e volto para meu acento, pego em minha bolsa minha base e começo a corrigir as olheiras.

- Assim está melhor. - Falo comigo mesma.

Vejo o rapaz que está sentado do meu lado rir e fico meio sem graça.

O piloto anuncia o pouso eu estava louca para olhar pela janela mais não conseguia por causa do rapaz do meu lado. O avião finalmente pousa e saiu o mais rápido possível, não queria ficar ali dentro mais nem um segundo, vou atrás de minhas malas e assim que as pego vejo de longe meu pai... Bom ele mudou um pouco mais sabia que era ele pelo jeito bagunçado de ser e pela plaquinha com meu nome que ele havia trago.

- Pai! - Grito correndo meio desajeitada até ele.
- Eduarda, meu Deus como você tá linda minha filha.
- Obrigada pai.
- Vamos pra casa. - Ele pega minhas malas e me abraça.

A palavra casa me fez ficar anciosa, torcia para que meu pai tivesse mudado o meu antigo quarto não queria dormir olhando para pôneis, Barbies e uns pôsteres de filmes da minha fase vampirica.
Caminhamos em silêncio até o carro, papai guarda minhas malas e eu entro no carro.

- Sua mãe aceitou sua decisão? - Ele diz entrando no carro.
- Bom, ela tentou me fazer mudar de  idéia algumas vezes.
- Você tem certeza que quer morar comigo Eduarda?
- Sim... Pai me chama de Duda, eu perdi o costume de ser chamada pelo meu nome.

Papai ri.

Eu tentava imaginar como foi que eles se conheceram, quando eu nasci minha mãe tinha apenas 19 anos e meu pai 29, minha mãe é meio perua, gosta de tudo do jeito dela, já meu pai é mais brincalhão gostava de vir para casa dele nas férias mais pela distância e algumas crises que minha mãe e eu enfrentávamos era meio raro eu vim ver ele.

Papai volta a quebrar o silêncio.

- Espero que goste da sua nova casa.

O Amigo do meu Pai Onde histórias criam vida. Descubra agora