Christmas

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É Natal. Eu amo Natal e desde a minha infância é minha data comemorativa favorita. Nem mesmo meu próprio aniversário tem um valor tão simbólico como o Natal. Minha família estava esperando o restante dos convidados chegar e a May, seus irmãos e seu pai estavam inclusos

Eu relutei bastante, confesso, relutei muito para a May não deixar a vida em Manhattan e voltar pra Londres pra cuidar de mim. Mvas ela é Maysen singer e não importa o que eu fale ou o que eu diga ela somente insiste, como sempre. Eu já estou inválido, não totalmente inválido eu estou sem o movimento das pernas os braços ainda estão pegando, ufa, ao menos algo em mim ainda funciona. Odeio ser totalmente dependente de alguém principalmente se esse alguém for a May. Eu já atrapalhei demais a vida dela e não queria que ela perdesse tempo cuidando de mim, por motivos:

1) Eu vou morrer e ela vai estar dedicando sua vida a mim ao invés de estar buscando alguém com um prazo de vida mais longo.

2) Não quero magoar ela.

3) Não quero que ela perca tempo comigo sendo que pode estar fazendo algo realmente bom da vida ao invés de estar aqui.

Ela chegou com algum prato que não consegui decifrar bem o que era. Mike, Maxon e Chris estavam com um prato na mão também. Minha mãe insistiu dizendo que não precisava contribuir mas ela insistiu e insistiu tanto que  trouxe os pratos

- Oi - Ela sorriu pra mim e colocou o prato que  ainda mesmo de perto não identifico o que é na mesa

Eu ainda nem tinha me arrumado para a festa mas eu também não estava escorraçado, estava com uma roupa mais simples que os demais. A May insistiu que queria me ajudar a me arrumar mesmo eu negando e como eu estou em um processo pra não magoar ela e nem ninguém que eu amo resolvi deixar tudo numa boa e simplesmente aceitar. As vezes um sim é necessário

- Vou arrumar você, vamos? - Ela perguntou

- Vamos - Dei um sorriso breve e ela me ajudou a subir com a cadeira

Ela segurou a cadeira e me ajudou a entrar dentro do quarto. Meu quarto estava arrumado graças a ela também. Fiquei com a cadeira parada no meio do quarto a esperando

- Você já tem em mente o que quer vestir? - Ela perguntou e vasculhou meu guarda roupa

- Qualquer coisa simples, nada avantajado demais. Somente algo simples.

- Tudo bem - Ela tirou uma blusa xadrez e uma calça jeans e colocou na cama

Como eu estou com uma sonda na barriga eu preciso de todo cuidado para me trocar. Ela subiu minha blusa extremamente cuidadosa e tirou o restante das minhas roupas cuidadosamente

Assim que terminei de tomar banho ela ajudou a me vestir. Antes eu me sentia humilhado e totalmente fracassado mas hoje eu já enxergo isso com outro olhos. Com olhos de que uma pessoa está somente querendo me ajudar e eu não posso negar a ajuda dela. Não posso negar a ajuda de alguém que está fazendo tudo por amor a mim

Ela limpou a sonda e fez os curativos e só então vestiu minha blusa com bastante cuidado. Às vezes eu me sinto uma árvore que está perdendo as folhas só que no meu caso eu estou perdendo os dias e os anos. Eu estou morrendo e ao menos as árvores ganham folhas novas já eu, não vou ganhar uma vida nova

- Eu estou me sentindo um velho com essa barba - Passei a mão na barba e ela me olhou rindo

- Vem cá, eu tiro pra você. Velho você já é com barba ou não.

Que engraçada.

- Nossa May,  estou urrando de rir aqui - Forcei uma risada

Ela me sentou na cama com cuidado e foi até o banheiro e voltou com o creme de barbear nas mãos. Ela se sentou na minha frente e deitou minha cabeça no travesseiro com bastante cuidado, como sempre

Hey Angel -Liam PayneOnde histórias criam vida. Descubra agora