capítulo 7

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NARRADO POR RAFAEL:

Ao chegar no local onde seria a entrevista, a primeira pessoal que entra em meu campo de visão me surpreendeu, não conseguia acreditar que encontraria ela ali.

— Mas aquela é? — falei me aproximando mais — Alice? — perguntei e ela sorriu.

— Vejo que ainda se lembra de mim Rafael — respondeu ela com um sorriso animado — Você não mudou nada desde a última vez que nos vimos.

— Você também não, mas se me der licença tenho uma entrevista — falei tentando sair o mais rápido de perto dela, estar ao seu lado me lembra do dia em que eu traí Tomas essa lembrança me causa repulsa de mim mesmo por fazer isso com o meu pequeno, ela sorriu alto — Por que está rindo?.

— Sua entrevista é comigo — respondeu ela ainda sorrindo.

— Com você? — perguntei surpreso.

— O que? Pensou que aquela que você deixou sozinha em um quarto de hotel em Nova York, não fazia nada da vida? — questionou ela arqueando uma sobrancelha

— Não foi isso que eu.... — Tentei me defender, mas ela me interrompeu.

— Não quero saber vamos começar logo isso — falou ela eu acabei ficando em silencio para não gerar uma discussão, fomos em direção a uma ala mais reservada do hall de entrada do hotel onde havia uma equipe nos esperando começamos a entrevista, ela poderia ter algo contra mim, mas ela era muito profissional fez todas as perguntas que respondi, quando terminamos.

— Bom se era só isso já vou indo — falei levantando do sofá em que estávamos sentados.

— Espera — falou ela pensativa — Tenho que algo para te conta

— O que? — perguntei curioso.

— Sobre aquela noite eu. — Começou ela, mas a interrompi.

— Alice por favor — ela me interrompeu.

— Cala a boca e me escuta, aquela noite que tivemos em Nova York, bom eu, quero dizer nós. — Ela estava nervosa.

— Fala o que tem aquela noite? — perguntei sem paciência.

— Nós tivemos um filho — falou ela.

— O QUEE? — perguntei surpreso e assustado com o que ela acabara de me revelar.

— Isso que você escutou nós temos um filho o nome dele é Lucas e ele tem dois anos de idade — falou ela, eu estava e choque com a notícia que ela havia acabado de me revelar.

— E quem me garante que ele é meu filho - falei sem pensar recebendo como reposta um tapa em minha face

— Você foi o único que eu dormi até hoje se você não sabe seu imbecil — falou ela com raiva — E se você quiser fazer exame de DNA tudo bem.

— É claro que eu vou fazer — respondi.

— Qualquer coisa me procure nesta editora — falou ela me entregando um cartão da editora de onde ela trabalhava, saindo me deixando lá eu não estava acreditando no que eu acabara de escutar dela, como eu poderia ser pai? E como eu iria contar isso para Helena?.

— E agora? — falei comigo mesmo saindo em direção ao meu carro eu não sabia o que eu iria fazer em relação a isso.

NARRADO POR TOMAS:

Após saber toda a verdade sobre O PAI de Lucas eu não tive animo para continuar a trabalhar fui para casa meu tio que estava no restaurante Lucas estava na escolinha entrei em meu quarto deitei em minha cama eu parecia estar no automático minhas ações, a dor novamente se fez presente em meu peito onde nesse momento eu me permiti chorar, deixar as lagrimas lavarem minha alma novamente porque tinha que ter sido assim? Peguei uma foto que tinha de Rafael.

— Por que você fez isso? — falei chorando — Eu te amava muito — rasquei a foto em pedacinhos, deixei a dor tomar conta do meu corpo as lagrimas caiam em abundancia em minha face — Porque você tinha que voltar? Logo agora que eu estava bem — sendo consumido pelo choro acabo pegando no sono acordo quando Alice bate na porta de meu quarto me chamando.

— Tomas abre tenho que falar com você — ela estava com uma voz meio triste, levantei me arrastando da cama, ao abrir a porta ela estava com seus olhos marejados.

— O que foi Alice? — perguntei assim que ela entrou.

— Contei para o Rafael que ele era pai do Lucas — falou ela, eu fiquei surpreso.

— E o que ele disse? — perguntei curioso sentindo meu peito se apertar

— Bom ele desconfiou e disse que vai fazer teste de DNA, mas eu tenho quase certeza que é dele — falou ela.

— Quase? — perguntei confuso.

— É que eu falei para ele que ele foi o único, mas na verdade — ela parou.

— Na verdade o que? — perguntei.

— Na verdade depois dele eu fiquei com outra pessoa e... — Eu a interrompi.

— Nossa que piranha você em — falei levantando de minha cama onde havíamos sentado assim que ela entrou em meu quarto

— Aí Tomas — falou ela.

— Não tem aí Tomas, eu também estava mal naquela época e nem por isso fui até a esquina pegar o primeiro que passasse — falei e ela sorriu triste — Mas não estou aqui para te julgar em sim para te apoiar

— Você tem razão — respondeu ela.

— Mas e agora quando vocês vão fazer este teste? — perguntei.

— Eu não sei deixei por conta dele dei o endereço da editora para ele — ao escutar suas palavras meu coração parecia que iria sair pela boca

— Por que você fez isso? — perguntei quase gritando.

— Ei calma não sei por que você não gosta dele, mas eu tenho que descobrir se ele é o pai de meu filho — falou ela.

— Desculpa — falei sentando novamente ao seu lado.

NARRADO POR RAFAEL:

Eu ainda não estava acreditando no que eu acabei de descobrir apenas em uma tarde, resolvi marcar o exame para tirar essa pergunta que me atormentou a tarde toda o exame foi marcado para o outro dia eu liguei para a editora onde ela disse que trabalhava, mas ela não estava, já havia saído para casa então ao invés de pedir o telefone de sua casa pedi o endereço dela se eu fosse o pai do menino eu queria conhece-lo, chegando no local indicado no papel não era estranho o lugar toquei a campainha e quando atenderam não acreditei.

— Manuel? — perguntei surpreso ele me olhou assustado.

— Rafael? o que você quer aqui? — perguntou ele.

— Eu quero falar com Alice, acho que me deram o endereço errado — falei olhando para o papel.

— Não, ela mora aqui só espera um minuto, pode entrar — falou ele com a cara parecia que estava vendo um fantasma.

— Tudo bem — entrei ele me levou até a sala da casa

— Espere aqui eu vou chamar ela — ele subiu para chamar Alice eu fiquei ali olhando para o ambiente até meu olhar cair em cima da mesinha de centro e lá havia uma foto de Tomas sorrindo ele parecia um pouco diferente de quando nós estávamos juntos ele parecia mais maduro, mas estava lindo seu sorriso era o mesmo que alegrava meus dias não aguentei peguei a foto e sorri comigo mesmo vendo ele novamente 

Second Chance To Love DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora