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Acordo no outro dia confusa, com medo, e também feliz. Ouvir Quatro dizer que me ama foi... Confortante.
A porta se abre e Quatro entra.
Bom dia-Ele diz e bota bandeja encima da cama
Bom-Falo e começo a comer
Precisa de aprontar-Ele diz
Calma, a morte pode esperar um pouco-Falo e ele sorri com os olhos.
Conversamos durante o café, boto a bandeja encima do armarinho e pego as roupas.
Era um vestido rodado vermelho, tomara-que-caia, que ia até um pouco abaixo do joelho, lindo. O sapato, um salto melhor dizendo, era vermelho também em um tom mate. Tinha também umas budegas pra botar no cabelo.
Começo a me despir, não me importei com a presença de Quatro.
Quando estava completamente nua, olho pra Quatro, que olhava fixamente pra mim com um olhar... Senti um negocio... Deixa pra lá.
Boto o vestido, e arrumo meu cabelo. Ponho os sapatos, estou pronta.
Nossa... Eu tô indo morrer mesmo?-Falo e ele sorri com os olhos
Você não vai morrer...-Ele se aproxima-Eu tenho um plano.
Quatro...
Confia em mim-Ele diz-Escute, preciso que você corra.
Correr pra quê?-Fico confusa
Só corra Lilly-Ele diz
Okay...-Vou até ele, e retiro seu pano do rosto, me dando visão ao seu belo rosto. O beijo e ele corresponde, foi um beijo calmo e carinhoso.
Olho pra ele.
Você é a garota mais linda que eu já vi-Ele diz, sorrio tímida, não sei reagir a elogios.-E está ainda mais linda com essa roupa-Ele diz e me beija, me tirando um pouco do chão.
Espero que tudo dê certo-Falo o olhando
Eu também-Ele diz e bota novamente o pano no rosto. Nesse momento a porta se abre, e o carinha de olhos azuis entra
Está na hora-Ele diz e abre mais ainda a porta.
Tive visão a um grande corredor escuro, que no final tinha uma forte luz branca
Saio do quarto, primeira vez que saio, chega a ser estranho.
O corredor era estreito, o cara ia na frente, Quatro ia atrás, e eu logo em seguida.
Andamos pelo enorme corredor, até chegar na luz branca que ficava cada vez mais forte.
Quando chegamos perto, já não podia ficar com os olhos abertos, Quatro pega na minha mão e me guia enquanto estou com olhos fechados...

(...)

Abra os olhos Lilly-Ouço alguém falar
Abro os olhos, estou em um salão.
Estou parada no meio de um circulo, feito com um monte de gente, que se vestiam como Quatro. Todos olhavam fixamente pra mim, como se fossem me devorar.
Olho pro chão, e tinham uns desenhos esquisitos, olho pra cima, tinha um negocio, que eu não sei oque era exatamente, parecia um animal morto empalhado, tipo um bode, sei lá que porra era aquela. Olho pra trás, e aquele moço negro dos olhos vermelhos estava atrás de mim, segurando um livro, sua fumaça estava mais intensa. Ele me olha, eu olho pra ele quase fazendo o xixi que eu não faço a meses no vestido.
Vire-se-Ele diz, me viro instantaneamente pra minha antiga posição. Olho ao redor e não vejo Quatro, o procuro mais, mas não o vejo. Começo a ficar com medo.
Ficamos assim por uns minutos, até um cara entrar por uma porta. No salão só existiam duas, e direita e a esquerda. O cara entrou pela direita, ele era como o negão, só que seus olhos eram amarelos.
Ele para atrás de mim também.
O negão começa a dizer palavras estranhas, negocio de Diabo lá. Começo a ficar com mais medo.
Depois de uns minutos, do nada, todos no salão, olham para a porta direita. Não entendo nada, depois todos correm para a mesma.
Fica só eu, o negão e o outro cara no salão.
Eles me olham, depois saem correndo que nem os outros.
Fico sozinha.
Depois Quatro aparece na porta esquerda, ele vem correndo na minha direção, pega na minha mão
Corre Lilly-Ele me puxa e saímos correndo pra porta esquerda.
A gente corre, corre, corre, corre, e corre mais por vários corredores escuros.
Cheguei a pensar que Quatro não sabia aonde estava indo, mas ele parecia ter certeza do que fazia, então não contestei.
Tem uma hora que eu canso, e meus pés começam a doer por causa do salto.
Quatro-Paro e tiro o salto, e aproveito pra respirar
Não podemos parar-Ele diz
Eu tô cansada Quatro-Falo
Escutamos uns barulhos de passos, então continuamos a correr.
Depois de uns minutos correndo, chegamos em um corredor, que no final tinha uma janela.
Sabe nadar?-Ele pergunta
Não-Falo
Pois então aprenda-Ele diz e me pega no colo, me joga em direção a janela. Caio em um rio, começo a me desesperar, ou seja, me afogar, sinto algo me puxar pra cima. Olho pra Quatro.
Tá maluco?-Falo alto
Vamos Lilly-Subo nas costas dele, e vamos até a margem.
Me sento exausta.
Precisamos ir-Ele diz, olho feio pra ele
Você não cansa mais eu canso-Falo
Vamos Lilly...-Ele pega na minha não e me levanta.
Estamos correndo a uns dez minutos nessa floresta. É escura, e todas as árvores, flores, etc, estão mortas. Parece uma floresta fantasma, tipo isso.
Do nada, paramos na frente de uma enorme árvore, que era diferente das outras, pois esta estava viva.
Quatro põe a mão no bolso, e tira um saquinho preto
Se afaste-Ele diz e eu chego um pouco pra trás. Ele diz umas palavras estranhas, e joga o saquinho na árvore.
Nesse momento se abre uma espécie e portal, tipo portal de desenho.
Agora que eu fico mais confusa ainda.
Quatro me olha por um momento.
Se aproxima e acaricia meu rosto
Você precisa ir-Ele diz, olho pro portal-Vá pra casa Lilly-Ele diz, olho pra ele
E você? Não posso deixar você aqui. Vem comigo-Essa ideia passa pela minha cabeça, e não é uma má ideia
Não é permitido pra eles sair desse mundo.
É não é permitido pra mim te deixar aqui-Falo-Eu te amo Quatro. Vem comigo-Falo, ele me olha, ele parece pensar-Por favor...
Pare ai Quatro-Olhamos pro lado, tinha um exército ao nosso redor-Não ouse entrar nesse portal-O negão diz
Quatro pega na minha mão, pulamos no portal.
Era tudo escuro, não via nada, mas sabia que estava caindo, assim como Alice caía no país das maravilhas
Depois de algums segundos caindo, acabo caindo encima de Quatro
Estávamos em uma espécie de sala, que tinha vários ossos de pessoas espalhados e tinha uma porta preta com alguns símbolos na frente.
Levantamos e fomos em direção a porta.
Acabamos caindo mais uma vez, assim como Alice

(...)

Abro meus olhos lentamente, me acostumando com a luz.
Quando vejo, estou sentada na minha cama. Em casa. Não consigo conter o sorriso, me levanto.
Em casa...-Penso feliz.
Olho pra Quatro, que está sentado, olhando fixamente pro nada. Me joelho na sua frente.
Oque houve Quatro?-Falo
Eu não sei nada sobre seu mundo-Ele diz e abaixa o olhar
Não precisa saber... Só viva comigo-Falo e ele me olha.
Retiro o pano de seu rosto, e o beijo, como de costume, calmo e carinhoso.
Eu te amo Lilly-Ele me olha
Eu te amo Quatro-Falo e volto a beijá-lo"

QuatroOnde histórias criam vida. Descubra agora