Capítulo 1 - Orfanato

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Comentários de Leitores:

Uma grande amiga me comentou o seguinte e fiquei muito feliz, Obrigado, você foi e é muito importante em minhas criações:

"GOSTO COMO VC ENCARA OS FATOS, PQ NÃO UMA SEQUENCIA? VOU TE CONFESSAR O QUE VC JÁ SABE, O FINAL FOI MUITO BOM....REALMENTE, FIQUEI ME PERGUNTANDO DE ONDE TIROU TANTA COISA BOA, NOSSA! PENSEI - A MENTE DESSE SERUMANINHO É INCRÍVEL. DE VERDADE FICOU BOM, O LEGAL QUE É O MEU PONTO DE VISTA COMO LEITORA, EU NÃO SEI O QUE SENTE CADA PERSONAGEM, VC É O ÚNICO QUE SABE, MAIS EU GOSTEI O FATO DO PERSONAGEM MARCOS NÃO SER AQUELE CARINHA "BONZINHO" SABE? DE MUITOS LIVROS, TIPO TUDO SE RESUME A ISSO, ELE ERA REAL, E ISSO FOI INCRÍVEL. TAMBÉM GOSTEI DA AÇÃO ESPETACULAR SEM MEDO DE MATAR, OU FERIR UM PERSONAGEM..."


"O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento suficientemente deliberado para ser uma escolha pessoal. A ignorância afetada e o endurecimento do coração não diminuem, antes aumentam, o caráter voluntário do pecado." (CIC 1859)

Quando você é criança. As vezes todo mundo quer que você cresça pra se tornar alguém que seu pai foi ou sua mãe. Medico. Enfermeiro. Empresário. Engenheiro. Advogado. Só que eu não. Não sei o que era meu pai. Muito menos minha mãe. Garoto pequeno de olhos castanhos e um sorriso triste. Assim sou eu. Desde que comecei a raciocinar um pouco mais sobre a vida.
Estou aqui. Nesse orfanato. Pensando como fazer pra melhorar minha vida. Tenho apenas 9 anos. Me chamo Marcos. Não gosto do meu nome, mais só porque não lembro de quem me deu. A única história que sei sobre mim, é que meus pais me largaram aqui quando eu tinha 3 anos. Não sei o rosto deles e nem o nome. A dona Edite faz questão de me esconder isso. Ela é a diretora do orfanato. Eu não queria contar. Mas estou em escondido. Pois é eu quero fugir. Sair desse lugar horrendo e seguir minha vida. Não quero ser adotado por qualquer um. Se eu conseguir não sei o que vou achar lá fora. Mas sei que quero apenas ser feliz. Do meu jeito.
-Desce daí que não tem como fugir Marcos.
Grita dona Edite certa. Pois o muro tem 4 metros de altura, se pular já é pra outra vida.
Ela me arrasta pra dentro puxando pela orelha.
- Já disse mil vezes pra você parar com essa história de querer fugir menino. Vai ficar de joelho no milho.
E ali estava eu. Pensando em tudo chorando e ajoelhado no caroço de milho. Um dia eu sai daqui.
***
Como é engraçado olhar crianças aqui. Todas tem algo em comum. Sei lá. Acho que o sofrimento. E as freiras só dizem que um dia vamos encontrar uma família que vamos ser felizes. Não quero família. Se a minha me largou não tem porque eu ir atrás de outra. Quero seguir meus passos. Não tenho sobrenome. Aqui me chamam apenas de Marcos. Mas se eu pudesse escolher. Seria um chamativo. Esse é meu desejo. Ser lembrado pelo meu nome.
Tenho então a brilhante ideia de fugir quando dona Edite estiver ocupada fazendo o que faz de melhor. Comendo. Esqueci de dizer. Ela é uma freira gordinha. Tem um rosto bonito. Branca. Nunca Vi seus cabelos. Mas ela comia bastante. Ela estava lanchando pela segunda vez quando eu fui agachado passando por ela e ela não me viu. Consegui em muito tempo entrar na sala dela e agora alcancei a chave.
A chave da minha liberdade. Eu não gostava de ninguém ali então não iria levar ninguém.
Volto agachado e vejo uma outra freira vindo. Me escondo atrás da porta. Ela não me viu. Então saio rapidamente.
Chego finalmente na porta e abro ela feliz. Quando saio e sinto um cheiro de novo. Tudo ali era pra mim. Quero e vou descobrir um novo mundo. Uma nova missão em meu coração. Ser feliz.
Mas olho pra trás e vejo Edite com a outra freira me olhando pasma. E agora o que eu vou fazer?

Dona Edite resolve ter a péssima ideia de correr. Como pode uma pessoa daquele tamanho tentar correr. Logo penso e tranco a porta do lado de fora. O tempo que ela dá a volta - Se conseguir - é o tempo que eu sumo. Corri sem direção pelas ruas. Me afastando cada vez mais dos meus 9 anos passados.
O que fazer agora?
Pra onde ir?
Onde vou dormir?

Pecado MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora