4. "We are friends"

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(Ponham a musica "Couple Of Kids" e boa leitura!)

Tento-me voltar para cima para ver quem era mas uma voz interrompe a minha ação. - Eu ajudo-te.. - sinto duas mãos a rodearem calmamente o meu corpo e a rodarem-me e começo a abrir os meus olhos encontrando um rapaz de pele morena preocupado.

- Leandro? - as minhas lágrimas começam a escorrer pela minha cara. O que será que vai pensar de mim ao me ver neste estado? - Sou tão irresponsável, por favor não me leves á enfermaria - observo a minha perna que se encontrava com uma marca onde escorria sangue e depois encaro o olhar do rapaz á minha frente mas logo desvio. Porque é que isto consegue ser tão constrangedor? Leandro trata de por-me no seu colo e depois levanta-se a segurar-me num estilo "à noiva". Encosto a minha cabeça no seu peito e conseguia ouvir o bater rápido do seu coração e isso era a única coisa que me conseguia acalmar naquele momento e que impedia de gritar devido à dor que sentia. Vejo todo o trajecto que percorríamos e algo me dizia que estávamos a ir em direcção ao quarto dos rapazes. Mexo-me um bocado no seu colo o que o faz segurar-me mais firme.

- Estou te a magoar? - ele pergunta abrandando o passo e este olha para mim enquanto aceno com a cabeça para um lado e para o outro. De repente entramos num pavilhão e sinto Leandro a correr e por momentos a minha perna começa a doer mais. Sinto uma porta a ser aberta com força, fecho os olhos por um bocado devido á luminosidade presente no quarto e sinto o meu corpo sobre um colchão. - Por pouco não nos apanharam! - este confessa com a voz já cansada. Mantenho-me estática por breves momentos até que o vejo a pegar em mim e desta vez de uma forma demasiado íntima, pondo as suas mãos nas minhas pernas a rodear a sua cintura. Oiço uma torneira e logo me apercebo que este me levava para a casa de banho. Esta posição dava-me uma grande visibilidade e conseguia ver os seus olhos a encararem-me.

- O que é que tu estás a fazer? - pergunto observando cada movimento que ele realiza e uma visão da sua t-shirt colada aos seus abdominais faz-me não conseguir descolar os meus olhos dos dele.

- Estou a cuidar de ti. - Este responde-me enquanto me coloca no lavatório e sinto algo frio em contacto com a minha pele. Vejo ele a sair da casa de banho por uns segundos e logo o vejo a pegar numa toalha branca. Vejo-o a passar-la na banheira por água fria e a torcê-la, até esta não se encontrar a pingar. Vejo ele a aproximar-se de mim e o medo invade todo o meu ser.

- Não ponhas isso por favor. - peço sentindo a minha voz a falhar e este volta a encarar-me atento por uns segundos e este perde-se mas depois responde como se nada tivesse acontecido.

- O quê? Chloe, isto vai te fazer bem tens que por. - ele arqueia as sobrancelhas enquanto fala descontraído e aproxima a toalha mais de mim.

- Não, vai doer. - eu respondo-lhe tentando mudar lhe as voltas mas não resultou. Este abaixa-se e pega na minha perna levemente.

- Não vai. Por favor acredita em mim. Se começar a doer diz que eu paro. - por breves momentos confio nele e sinto a água gelada em contacto com a minha pele. Suspiro profundamente enquanto Leandro trata de limpar a minha ferida e fecho levemente os olhos e sinto o olhar dele em mim. - Está-te a doer? - respondo-lhe abanando a cabeça repetidamente para cima e para baixo. Este para por uns segundos e examina com muita atenção a minha perna. Vejo ele a aplicar cuidadosamente Betadine aos poucos na minha ferida de modo a cobrir-la toda e logo trata de colocar um penso por cima. Como é que ele consegue ser tão cuidadoso e ágil? Perco-me nos meus pensamentos por uns momentos e sinto os lábios dele a beijarem a minha ferida, agora coberta por um penso e estremeço. Este levanta-se e põem-se á minha frente encarando-me de uma forma intensa e o meu pensamento só pensava na ação que este tinha realizado á poucos segundos atrás, ganhando assim, as minhas bochechas um tom rosado. - Vais ficar muito melhor, vais ver.

- Obrigada, nem sei como te ei de agradecer. - falo tentando afastar os meus pensamentos da minha mente.

- Não tens que agradecer, Chloe. Afinal somos amigos e os amigos ajudam-se uns aos outro. - este diz e o silêncio instala-se de seguida.

- Eu estraguei tudo! Podíamos estar neste momento a falar e a rir, se não tivesse caído. - baixo a cabeça enquanto falo envergonhada tentando quebrar o silêncio.

- A falar já estamos, só falta fazer-te rir. - o moreno aproxima-se de mim com um sorriso perverso no rosto e discretamente ataca a minha barriga e encaminha-me até a uma cama onde me deito a rir á gargalhada e este trata-se de sentar igualmente nela e começa a espalhar cócegas pelo meu corpo. Conseguia sentir a sua pele suave em contacto com as minhas pernas secas, transmitindo calor. Não podia-me movimentar muito devido á dor que me fazia sentir fraca e sem armas para poder atacar igualmente o rapaz.

- Alguém está aí? - ouvimos uma voz alta por trás da porta a interromper o nosso momento e o moreno para de me fazer cócegas e ambos olhamos um para o outro espantados. As nossas respirações encontravam-se a um ritmo bastante acelerado. Rapidamente, Leandro pega em mim sem pedir permissão, como das outras vezes em que me pegou ao colo e põem- nos debaixo da cama. Ouvimos a porta do quarto a ser aberta e passos a aproximarem-se da cama do rapaz que se encontrava ao meu lado debaixo desta. - Não está aqui ninguém? - Ouvimos a cama a ranger o que nos dava impressão de que ele nos iria descobrir aqui, e iríamos ser ambos castigados. Tentamos acalmar as nossas respirações até que sentimos passos a afastarem-se da cama e ouve-se a porta a ser fechada logo de seguida. Logo suspiramos de alívio e começamos-nos a rir das nossas figuras estúpidas debaixo de uma cama.

- Foi-se embora, e agora também temos que ir, se não queremos ser apanhados outra vez. - o rapaz dirige-se a mim com um sorriso estampado no seu rosto e eu abro os meus braços e dirijo-me a ele dando-lhe um forte abraço enquanto ponho o meu rosto no seu ombro fazendo com que a minha respiração bata na sua nuca e este acaba por por as suas mãos nas minhas costas dando leves carícias.

- Sabes, adorei a manhã passada contigo, menos a parte em que eu caí. - digo desfazendo o nosso abraço em leves gargalhadas e unindo as nossas mãos.

- Concordo plenamente, e acho que temos que combinar outra coisa. - este diz-me enquanto nos dirigimos para a porta do pavilhão que se encontrava aberta e a minha expressão facial muda completamente quando o moreno acaba a frase. Este apercebe-se e tenta emendar-se - quer dizer... eu sei que não podemos arriscar muito, mas é que eu adorei conhecer-te, e isto não pode acabar aqui.

- Isto não é o fim, de todo! - digo e a expressão facial do rapaz muda para uma mais alegre e serena - Isto ainda é só o começo! -pisco-lhe o olho e sinto as nossas mãos a afastarem-se lentamente, á medida que os nossos braços atingem o limite de contacto e os nossos dedos acabam por se escaparem um do outro.

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Olá a todos! Já disse que vos adoro? BEM!!! 1289 palavras! Esforcei-me!

Eu gostei muito mesmo de escrever este capítulo maravilhoso, e quanto a vocês? Gostaram de o ler? Digam o que acharam. Vou tentar escrever mais um capítulo amanhã e ... quem sabe se este capítulo tiver muitos VOTOS um double update, vinha mesmo a calhar ;)

Pergunta: Gostam de capítulos pequenos mas mais frequentes ou grandes mas menos frequentes?

Adoro-vos! Bye! :3

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Daddy» l.h.Onde histórias criam vida. Descubra agora