Capítulo 9

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-Vamos para o quarto.-Diz ele me enforcando.

-Me solta, você está me deixando sem ar.-Ele continua a me segurar e me leva ao quarto e me joga na cama, eu me desespero procurando por ar.

-Acho melhor tomar cuidado, você achava que seu amigo ia te ajudar, mas agora, ele já não está mais aqui...-Ele dá um risada.-...ele morreu.-Ele sai da sala rindo.

-Carlos,mate ele...mate o enfermeiro Carlos, mate-o...

Diz as vozes em minha cabeça e eu às respondo:

-Eu vou matar aquele cara.

No dia seguinte...

-Hey.-Diz o enfermeiro ( Que me ajudou, e conversou comigo, ou seja, o bonzinho).

-O que foi?-Diz eu virado de costas para porta e enrolado nos cobertores.

-Seu café da manhã.-Ele põem uma bandeja com pão em um pratinho e leite.Eu me viro para ele e dou um sorriso, ele sorri de volta,eu pego na beirada da bandeja e a jogo no chão, o prato quebra:

-Meu Deus o meu pão.

- Meu Deus, não pega.-Desço da cama e pego um pedaço de vidro e coloco debaixo do cobertor, enquanto ele recolhe as coisas do chão.

-Me desculpe.

-Tudo bem...-Ele levanta a bandeja com as coisas.-Nossa você está encharcado de leite, vá tomar um banho.

Eu pego o vidro e entre as mãos, com cuidado para não me cortar, e para não aparecer e o enfermeiro acabar vendo, ele me acompanha até o banheiro, eu entro de roupa mesmo no banheiro, e coloco o caco de vidro na cintura, segurando com a cueca, eu encosto minha cabeça e repasso o que eu posso fazer, quando eu acabo meu banho, desligo o chuveiro, e o enfermeiro deixou mais um uniforme pra eu vestir , eu só tiro minha camisa e a coloco, e logo em seguida a calça:

-Nossa, até que você não é nada mal.

Eu ouço o enfermeiro que me espancava atrás de mim, eu ainda estava de cueca, sinto ele me puxar para perto dele, ele me deixa de costas e tenta tirar minha camisa e pega em minha bunda:

-ME LARGA...ME SOLTA.-Eu cravo minhas unhas em suas mãos e braços, ele solta um grito e me solta.-SEU NOJENTO.-Eu tiro caco de vidro da cueca e enfio em sua cabeça, ele cai no chão.

-Droga, Droga.-Eu me agacho e tiro a roupa dele, visto e vejo que na calça dele tem um cartão, com a foto dele.

-George, esse é o nome dele.-Eu pego e escondo na manga, eu saio do banheiro, e vou para os corredores, eu coloco uma máscara entre minha boca e meu nariz, ando pelo corredor perto da saída da clínica e dois guardas aparecem eu abaixo a cabeça:

-E aí George.-Eu não falo nada e continuo andando com a cabeça baixa.

-Eu em, o que será que deu nele?!

-Não sei, vamos logo almoçar estou com fome.

Conversa os guardas enquanto eu dobro o corredor, eu corro até a porta da clínica e uma "Casinha" onde ficam os guardas tem uma câmera, eu aperto o interfone:

-Identificação por favor.-Eu coloco o cartão com a foto na frente da câmera.-E aí George, pode ir.-Ele abre o portão e eu saio da clínica, quando eu saio da clínica eu lembro que eu não tenho pra onde ir.

Começo a ouvir um barulho ensurdecedor, completamente irritante, eu começo a gritar e me ajoelho no chão e fechando meus olhos com força, eu olho para rua e vejo Fábio, eu corro até ele na rua e o abraço, eu ouço uma buzina de caminhão, e continuo abraçando Fábio,ouço o barulho se aproximar, quando abro meus olhos vejo o caminhão quase me atropelando, quando sinto alguém me pegar e me empurrar para a calçada, eu me levanto e vejo o enfermeiro bom:

O EsquizofrênicoOnde histórias criam vida. Descubra agora