E agora?

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Acordei com uma imensa dor de cabeça, olhei em volta para descobrir onde estava. Um hospital. Um maldito hospital, nada de meu pai e nem mãe ao meu lado..
Pense Sofi, como foi parar aqui?
Como um filme em câmera lenta lembrei-me da escuridão, da polícia e do meu irmão.
-Aii!
Gritei ao sentir uma forte dor na lateral do meu corpo. Duas pessoas entraram correndo em meu "quarto", enfermeira e médico deduzi pela roupa.
E então mais uma vez a dor apareceu.
-Onde dói?
O médico me perguntou ao colocar suas luvas, mostrei para ele o local e vi a enfermeira com uma injeção.
Quando acordei ninguém estava comigo, céus, eu tenho que parar de apagar do nada..
-Sofi? Como está? Só vim dizer que sinto muito e que antes de, hmm, disso tudo; seus pais me mandaram entregar esta carta.
Minha vizinha entra e despeja essas palavras. sem saber o que dizer, estendi minha mão e peguei a carta.
Com um sorriso desajeitado vejo ela se retirar.
Respirei e coloquei a carta ao lado. Não conseguia me concentrar em nada.. acho que passei uns 10 minutos me lembrando e tentando entender o que havia acontecido.
Primeiro a proposta de emprego, até aí OK; depois um cara armado que meu pai grita dizendo que sou sua irmã, polícia, barulhos, e escuridão. Oh, como não pensei nisso antes? Óbvio que levei um tiro! Por isso a dor insuportável.
Olhei para o lado e respirei fundo, sabia que algo estava errado, mas como nem pai nem mãe vieram reclamar comigo, esse erro não era eu. Peguei a carta e comecei a ler. Não sei bem se foi nesse momento que minha vida virou de cabeça para baixo, mas foi nesse exato momento que a minha respiração falhou e que o mundo ficou menos colorido.

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