Capítulo 5

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_Acorda Clarice! - gritava minha mãe
_Oque foi mãe?
_Você não ia sair com seus amigos? Já são 16:30.

Então era tudo um sonho? Tudo não passou de um sonho?

_Claro mãe, já estou indo me arrumar

Levanto e vou até o banheiro tomo o meu banho e fico pensando no sonho estranho que acabara de ter.

Saio enrolo uma toalha no cabelo e outra no meu corpo. Escolhi uma calça jeans rasgada, uma blusa curtinha, uma blusa xadrez amarrada na cintura e uma sapatilha nude.

Me troco e volto para o banheiro para passar uma maquiagem básica. Passo um pouco de rímel e um batom cor cereja. Passo um creme para deixar meus cachos mais definidos e pronto.

Olho as horas e já são 17:50

Vou até a cozinha que é onde minha mãe se encontra e falo que já estou indo e deixo um beijo em sua testa.

A pista ficava perto de casa por isso cheguei rápido ao lugar de encontro.

Eu não via a hora de chegar logo na pista de skate, estava com um ótimo pressentimento sobre o encontro de hoje.

Chego no endereço onde Eloísa havia me falado e entro, o pessoal estava todo reunido perto da lanchonete. Fui até lá comprimentei todos e fui até o Nicolas

_Oiee moço bonito - digo tirando o fone de ouvido dele e dando um sorriso
_Oiee Clari - diz Nico com o sorriso mais lindo do mundo e jogando seu cabelo liso e loiro para o lado - Quer uma bebida?
_Água, por favor
_Não bebe refrigerante? - pergunta ele como se eu fosse um alienígena
_Bebo sim, já que você está insistindo tanto então dá esse que está na sua mão - digo já tomando a latinha da sua mão
_Folgada, você sabia que isto está cheio de baba minha?! - ele fala com uma cara de brincadeira
_Eu não ligo de trocar salivas com você - digo rindo e tentando fazer uma cara sexy, que aliás acho que não funcionou
_Não fala isso menina que eu vou pensar outras coisas - disse ele tentando ser sério
_É isso mesmo que eu quis dizer - dou uma piscadela
_É só pedir - e depois disso nós dois caímos na gargalhada. Todos começaram a olhar curiosos para a gente e fingimos que nem percebemos

Olhei no celular e vi que já eram 20:00 horas, o tempo tinha passado muito rápido e eu nem tinha percebido.

_Nico você pode me levar para a casa? - pergunto meio sem graça
_Já vou ir conhecer a sogra? - fala ele brincalhão
_Seu bobo - dou outra gargalhada, só que agora mais baixa
_Então vamos, vou avisar que estou indo embora e daí já te levo.

Levanto junto com o Nico e vou me despedir de todo mundo. Saímos lá fora e eu estava com um pouco de frio e acho que ele percebeu por que colocou seu braço em volta do meu corpo. Ele cheirava muito bem, era um cheiro marcante e impossível de esquecer

_Você quer ir direto ou dá tempo de parar ali na pracinha? - ele fixou seus olhos castanhos brilhantes em mim, como se não fosse um pedido e sim uma súplica
_Podemos sim - dou um sorriso tímido - Só não vai abusar de mim hein - dou outra risada e ele também

Chegamos na pracinha e ficamos sentados olhando as estrelas sem falar nada. Aquele silêncio era tão bom quanto o perfume dele, eu gostava da companhia dele mesmo ele em silêncio.

_Você gostou de se mudar? - ele pergunta mais sem me olhar
_Para falar a verdade, não sei. Minha vizinha é a nossa diretora, o filho dela é um saco. Sinto saudades dos meus amigos, da minha vida, de tudo. Mas aqui eu também estou fazendo amigos e bom... Também tem você - olho para ele nessa hora - então, não é tão mal quanto parece
_Acho que você está em dúvida ainda né?! - agora ele me olhou nos olhos - as pessoas daqui são bem gente boa, com o tempo você acostuma e se precisar de qualquer coisa, você pode contar comigo inclusive se vingar de um tal de Gabriel - ele solta um risada e eu dou um tapinha nele
_Belas palavras - e dou um gargalhada também

Sem Limites Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora